Recursos para a Saúde  | 
                          
A Abrasco - Associação Brasileira de Saúde Coletiva publicou em sua página em 21/08/2013 uma súmula da apresentação feita pelo Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão em reunião de negociação interministerial com representantes do Movimento Saúde +10 para buscar soluções para o financiamento da saúde. 
Reproduzo o material abaixo para estimular ainda mais o debate. Quanto mais a sociedade opinar, mais rica será a discussão e  mais avançaremos nesta importante questão. 
Roberto Z. Esteves 
Administrador - Educação Médica 
 Governo e Sociedade entendem que é preciso melhorar a qualidade da prestação de serviços com saúde, por melhoria de gestão e Aumento de recursos. Regra Atual: Recursos para saúde no ano anterior corrigido pela variação do PIB nominal do ano anterior. 
![]() Nos últimos anos, os recursos efetivos têm sido superiores ao mínimo legal ![]() Pagamento de pessoal em 45 hospitais universitários federais não são computados como recurso para saúde: Estimativa de R$ 6 bilhões/ano quando os 45 hospitais da rede já tiverem feito as ampliações 9 hospitais já tiveram autorização para ampliação – R$ 727 milhões/ano: Piauí, Brasília, Maranhão, Triângulo Mineiro, Santa Maria, Espírito Santo, Amazonas, Rio Grande do Norte e Minas Gerais Orçamento da União 2013 – R$ 2,2 trilhões 46% destinados às despesas financeiras – juros e amortização 54% destinados às despesas primárias ![]() RIGIDEZ ORÇAMENTÁRIA Despesas primárias 2013 – R$ 1,2 trilhão Despesas obrigatórias – R$ 893 bilhões previdência, pessoal, abono, seguro-desemprego, LOAS, etc. Despesas Discricionárias – R$ 272 bilhões – 13% do orçamento Áreas protegidas – Educação, Saúde, Brasil Sem Miséria, PAC e Ciência, Tecnologia e Inovação – R$ 206 bilhões Demais obrigatórias – Benefícios dos servidores – R$ 8 bilhões Cortes Efetuados – R$ 22 bilhões Todas demais áreas – R$ 36 bilhões 
 Proposta de 10% de RCB para a saúde implicaria aumento de R$ 39 bilhões em 2013 
 Valor superior ao total das áreas não protegidas – R$ 36 bilhões 
 Logo, para ampliar os recursos para a Saúde é necessário discutir a fonte de financiamento 
 Por exemplo, CPMF financiava 0,7% do PIB para saúde – representaria R$ 34 bilhões em 2013 
 INADEQUAÇÃO DA RECEITA CORRENTE BRUTA (RCB) COMO PARÂMETRO DE REFERÊNCIA 
RCB inclui receitas que pertencem a outros entes ![]() 
 Não é bom parâmetro, pois RCB do ano corrente só é conhecida em janeiro do ano seguinte. 
 Dificuldade operacional em se apurar o valor mínimo. Outras vinculações usam resultados de anos anteriores: 
 reajuste do salário mínimo – variação do PIB real de 2 anos antes + INPC 
regra atual de recursos para saúde – variação PIB nominal do ano anterior 
 Dificuldade de planejar a despesa de saúde correspondente 
 O não cumprimento da regra é crime de responsabilidade 
 RESUMO 
Governo tem ampliado os recursos para saúde pública e entende a qualidade do serviço de saúde como prioridade. A qualidade do serviço de saúde passa pelo financiamento e pela melhoria da gestão 
 Dificuldades com a proposta de vinculação com a RCB: 
 Proposta, sem novas fontes para 2014, 
implicaria cortes de R$ 39 bilhões em outras áreas prioritárias. RCB não
 é receita exclusiva do Governo Federal, pois inclui as transferências 
aos demais entes. O parâmetro do mesmo exercício do gasto traz 
dificuldades para planejar e executar com qualidade os recursos da saúde 
 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão | Agosto de 2013 
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Blog do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá para a discussão de temas de Educação Médica, Educação das Profissões da Saúde e áreas correlatas. Blog of University of Maringá Medical School for the discussion of issues of Medical Education, Health Professions Education and related areas.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Recursos para a Saúde
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