domingo, 31 de dezembro de 2017

Teamwork



How can  groups make good decisions?




Segurança do paciente



6 metas internacionais de segurança do paciente

Conheça os princípios de uma assistência à saúde segura e de qualidade: as 6 metas internacionais


1
Identificação do paciente 
 
 
Evitar que procedimentos e administração de medicamentos sejam feitos em pacientes errados, garantindo a identificação correta do paciente. “A identificação do paciente é importante para prevenção de erros e complicações decorrentes da entrega de procedimentos, resultados de exames, medicação, dentre outros, ao paciente errado”, define Márcia Martins, diretora técnica da divisão de enfermagem do Hospital das Clínicas. “Além disso, norteia a equipe nos procedimentos a serem realizados para a conferência da identificação do paciente em todas as etapas do cuidado”, completa.
 
 
2
Comunicação efetiva
 
 
Evitar que informações sobre os cuidados do paciente sejam perdidas ou trocadas, melhorando a efetividade da comunicação entre os profissionais da saúde." O uso de códigos padronizados de diagnósticos, procedimentos, símbolos, abreviaturas e definições deve ser implementado e monitorado para evitar erros de comunicação e erros em potencial", diz Rima Farah é Enfermeira, mestre em Avaliação pela Fundação Cesgranrio, especialista em Administração e Organização Hospitalar pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e supervisora de Educação e Projetos do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA).
 
3
Uso de medicamentos
 
 
Evitar erros de prescrição e administração de medicação aos pacientes, fazendo o uso seguro de medicamentos. "A função do farmacêutico no ambiente hospitalar é fundamentalmente aumentar a segurança na utilização de medicamentos no cenário hospitalar, reduzindo a ocorrência de eventos adversos envolvendo o uso dos medicamentos. Além disso, um dos desafios é estabelecer cuidado centrado no paciente e ser referência para a equipe multiprofissional", diz Lívia Maria Gonçalves Barbosa, farmacêutica especialista em UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e coordenadora da Comissão Assessora de Farmácia Clínica no CRF SP.
 
4
Cirurgia Segura
 
 
Evitar erros antes, durante e depois de cirurgias, garantindo as condições de uma cirurgia segura. "Para minimizar o dano ao paciente em cirurgias, é importante que haja a garantia de que o check-list de Verificação de Segurança seja realizado, assegurando que as etapas pré, trans e pós-operatórias sejam cumpridas de maneira oportuna e eficiente", reforça Renata Barco, gerente do Bloco Operatório e Centro de Endoscopia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
 
5
Higiene das mãos
 
 
Evitar infecções hospitalares, promovendo uma corretar higiene das mãos pelos profissionais. A higienização das mãos é um procedimento básico essencial na prevenção das IRAS. "É uma medida simples que compreende a lavagem de mãos com agua e sabão ou higienização com formulação alcoólica", diz Dra. Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
 
6
Reduzir quedas e lesão por pressão
 
 
Evitar quedas e lesões por pressão nos ambientes hospitalares, garantindo uma assistência de qualidade. "O importante é evitar que a queda aconteça”, diz José Eduardo Pompeu, que é Fisioterapeuta pela USP e doutor e mestre em Neurociências pela Universidade de São Paulo. "O desenvolvimento de lesão por pressão é um indicador de qualidade da assistência, por isso, as instituições que controlam este indicador elaboram protocolos de prevenção”, diz Fernanda Marchiori, enfermeira estomaterapeuta e líder do grupo de prevenção de úlcera por pressão do Hospital São Camilo, de São Paulo



quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

The Revised Declaration of Geneva




Viewpoint
November 28, 2017

The Revised Declaration of Geneva 

A Modern-Day Physician’s Pledge


JAMA. 2017;318(20):1971-1972. doi:10.1001/jama.2017.16230
A newly revised version of the Declaration of Geneva was adopted by the World Medical Association (WMA) General Assembly on October 14, 2017, in Chicago.

As the contemporary successor to the 2500-year-old Hippocratic Oath, the Declaration of Geneva, which was adopted by the World Medical Association (WMA) at its second General Assembly in 1948,1 outlines in concise terms the professional duties of physicians and affirms the ethical principles of the global medical profession. The current version of the Declaration, which had to this point been amended only minimally in the nearly 70 years since its adoption, addresses a number of key ethical parameters relating to the patient-physician relationship, medical confidentiality, respect for teachers and colleagues, and other issues. A newly revised version adopted by the WMA General Assembly on October 14, 2017, includes several important changes and additions (Supplement).

World Medical Association Declaration of Geneva

  • The Physician’s Pledge
  • Adopted by the 2nd General Assembly of the World Medical Association, Geneva, Switzerland, September 1948
    and amended by the 22nd World Medical Assembly, Sydney, Australia, August 1968
    and the 35th World Medical Assembly, Venice, Italy, October 1983
    and the 46th WMA General Assembly, Stockholm, Sweden, September 1994
    and editorially revised by the 170th WMA Council Session, Divonne-les-Bains, France, May 2005
    and the 173rd WMA Council Session, Divonne-les-Bains, France, May 2006
    and the WMA General Assembly, Chicago, United States, October 2017
  • AS A MEMBER OF THE MEDICAL PROFESSION:
  • I SOLEMNLY PLEDGE to dedicate my life to the service of humanity;
  • THE HEALTH AND WELL-BEING OF MY PATIENT will be my first consideration;
  • I WILL RESPECT the autonomy and dignity of my patient;
  • I WILL MAINTAIN the utmost respect for human life;
  • I WILL NOT PERMIT considerations of age, disease or disability, creed, ethnic origin, gender, nationality, political affiliation, race, sexual orientation, social standing, or any other factor to intervene between my duty and my patient;
  • I WILL RESPECT the secrets that are confided in me, even after the patient has died;
  • I WILL PRACTISE my profession with conscience and dignity and in accordance with good medical practice;
  • I WILL FOSTER the honour and noble traditions of the medical profession;
  • I WILL GIVE to my teachers, colleagues, and students the respect and gratitude that is their due;
  • I WILL SHARE my medical knowledge for the benefit of the patient and the advancement of healthcare;
  • I WILL ATTEND TO my own health, well-being, and abilities in order to provide care of the highest standard;
  • I WILL NOT USE my medical knowledge to violate human rights and civil liberties, even under threat;
  • I MAKE THESE PROMISES solemnly, freely, and upon my honour.
     ©2017 World Medical Association Inc. All Rights Reserved. All intellectual property rights in the Declaration of Geneva are vested in the World Medical Association.


It is standard practice for the WMA to circulate its policy papers for review every 10 years to reevaluate the accuracy, essentiality, and relevance of the documents. The Declaration of Geneva is no exception. In 2016 (10 years following the most recent editorial revision of the Declaration), the WMA established an international workgroup to assess the Declaration of Geneva’s content, structure, audience, and implementation and to determine whether any amendments were necessary. Given the crucial nature of this document, the assigned workgroup charted a generous timeline of nearly 2 years to allow ample opportunity to gather feedback and suggestions not only from member national medical associations, but also from external experts. The goal in doing so was to ensure that the revision was as transparent and collaborative an effort as possible.

Chaired by the German Medical Association and composed of workgroup members of different cultural, religious, and racial backgrounds, the workgroup tasked with determining the need for a revision carefully considered the Declaration in light of modern developments in medicine and medical ethics, as well as in the context of other important WMA policies and respected international literature. The workgroup also based its recommendations on comments solicited from WMA members on several occasions (most recently in July and August 2017), as well as a 3-week public consultation carried out in May and June 2017, during which the draft version of the revised Declaration was published on the WMA website and distributed to an international network of experts and stakeholders for comment. Each comment received over the course of the revision process was carefully reviewed by workgroup members and considered for inclusion in the revised draft.

The most notable difference between the Declaration of Geneva and other key ethical documents, such as the WMA’s Declaration of Helsinki: Ethical Principles for Medical Research Involving Human Subjects2 and the Declaration of Taipei on Ethical Considerations Regarding Health Databases and Biobanks,3 was determined to be the lack of overt recognition of patient autonomy, despite references to the physician’s obligation to exercise respect, beneficence, and medical confidentiality toward his or her patient(s). To address this difference, the workgroup, informed by other WMA members, ethical advisors, and other experts, recommended adding the following clause: “I WILL RESPECT the autonomy and dignity of my patient.” In addition, to highlight the importance of patient self-determination as one of the key cornerstones of medical ethics, the workgroup also recommended shifting all new and existing paragraphs focused on patients’ rights to the beginning of the document, followed by clauses relating to other professional obligations.

To more explicitly invoke the standards of ethical and professional conduct expected of physicians by their patients and peers, the clause “I WILL PRACTISE my profession with conscience and dignity” was augmented to include the wording “and in accordance with good medical practice.”

A reevaluation of how the professional obligations of physicians are represented in the Declaration of Geneva would not be complete without considering increasing workload, occupational stress, and the potential adverse effects these factors can have on physicians, their health, and their ability to provide care of the highest standard. In light of feedback received in the survey of WMA members, along with the recommendations outlined in the recently adopted WMA Statement on Physician Well-Being,4 workgroup members incorporated the concept of physician well-being into the revised Declaration as follows: “I WILL ATTEND TO my own health, well-being, and abilities in order to provide care of the highest standard.” This clause reflects not only the humanity of physicians, but also the role physician self-care can play in improving patient care.

With regard to professional relationships, previous versions of the Declaration called for students to respect their teachers, but deviated from the Hippocratic Oath, which calls for mutual respect between teachers and students. The workgroup agreed to integrate this idea of reciprocity of respect and to add a reference to respect for colleagues—“I WILL GIVE to my teachers, colleagues, and students the respect and gratitude that is their due”—to replace the line “MY COLLEAGUES will be my sisters and brothers,” which has been removed in the current draft because the tone was considered outdated. To complement this principle, the workgroup also added a clause referring more explicitly to the obligation to teach and forward knowledge to the next generation of physicians.

These and other editorial amendments, including the addition of a subtitle identifying the Declaration as a “Physician’s Pledge,” have enabled this pivotal document to more accurately reflect the challenges and needs of the modern medical profession. It is the hope of the World Medical Association that this thorough revision process and follow-up advocacy efforts will lead to more widespread adoption of the Declaration of Geneva on a global scale.


Corresponding Author: Ramin Walter Parsa-Parsi, MD, MPH, German Medical Association, Herbert-Lewin-Platz 1, 10623 Berlin, Germany (rparsi@baek.de).
Published Online: October 14, 2017. doi:10.1001/jama.2017.16230
Conflict of Interest Disclosures: The author has completed and submitted the ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest and reported nonfinancial support from the World Medical Association.
Additional Contributions: I thank the Declaration of Geneva workgroup members, advisors, and observers for their commitment and valuable contributions throughout the revision process.



References
1.
World Medical Association Declaration of Geneva. https://www.wma.net/policies-post/wma-declaration-of-geneva/. Published May 2006. Accessed October 5, 2017.
2.
World Medical Association.  World Medical Association Declaration of Helsinki: ethical principles for medical research involving human subjects.  JAMA. 2013;310(20):2191-2194.PubMedGoogle ScholarCrossref
3.
World Medical Association Declaration of Taipei on Ethical Considerations Regarding Health Databases and Biobanks. https://www.wma.net/policies-post/wma-declaration-of-taipei-on-ethical-considerations-regarding-health-databases-and-biobanks/. Published October 2016. Accessed October 2, 2017.
4.
World Medical Association Statement on Physician Well-Being. https://www.wma.net/policies-post/wma-statement-on-physicians-well-being/. Published October 2015. Accessed October 5, 2017.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Hospital Universitário de Maringá



Apesar dos desafios, o empenho e o otimismo da comunidade hospitalar marcou o ano que termina

Ana Paula Machado Velho





A equipe do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM) está comemorando a chegada do fim de mais um ano de trabalho e, sob essa perspectiva, a instituição achou importante fazer um balanço dos acontecimentos que marcaram o ano de 2017. Foram conquistas e muitas tentativas de resolver os problemas que uma organização pública de saúde enfrenta no seu dia a dia. Essa luta, no entanto, é que garante o sorriso da comunidade hospitalar. A ideia é que o Hospital possa comemorar as vitórias e se preparar para enfrentar os desafios que virão em 2018 com otimismo e alegria.

Em 2017, foram contratados 32 médicos pelo HUM, em diversas especialidades.  Destes, 17 estão atuando no corpo médico e 15 não assumiram a vaga para a qual se candidataram (9 desistiram após a convocação e 6 pediram exoneração). Além disso, há 20 profissionais que estão aguardando autorização de contratação pelo Governo do Estado (patologia, ortopedia, triador/hemocentro, clínica médica, UTI-adulto, UTI-neo, pediatria, cirurgia pediátrica, infectologia, endoscopia, neurologia, neurocirurgia e cirurgia vascular). Esses processos estão suspensos em função da revogação do Decreto 1521/2015, do Governo do Paraná.

O ano também foi de luta por arrecadação de mais recursos. O total de verbas liberadas para a manutenção das atividades do Hospital Universitário, vindas da Secretaria de Estado da Saúde, por meio do Fundo Estadual de Saúde, cresceu, em relação a 2016. Ano passado, o Hospital recebeu R$ 10.756.464,00. Em 2017, esse total montante chegou a R$ 11.757.913,00. “Portanto, houve um incremento de cerca de 1 milhão de reais [R$ 1.001.449,00]. Parte significativa destes recursos [R$ 3.156.440,00] foi liberada na primeira semana de dezembro. Com isso, o hospital tem a oportunidade de se planejar para o início de 2018”, explicou o superintendente do HUM, Maurício Chaves Júnior.




O gestor do Hospital (foto acima) também destacou que um dos grandes desafios do HUM vem sendo encontrar formas para aquisição de equipamentos. Segundo ele, há muito tempo a instituição vem pleiteando a aquisição de um novo tomógrafo. Em 2015, o hospital encaminhou a solicitação de um equipamento à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para viabilizar um projeto junto ao Governo Federal, que não teve o desfecho desejado.

Por meio do Ofício nº 118/16-HUM, datado de 8 de agosto de 2016, mais uma vez, foi feito um pedido para o Governo do Estado. “No início de 2017, por iniciativa da 14ª Promotoria de Justiça da Comarca de Maringá – que tem como foco apoio à saúde pública, foi encaminhada uma solicitação de compra emergencial de um tomógrafo para o HUM, mas o pedido foi indeferido pela justiça. No entanto, o hospital não só continua empreendendo esforços para viabilizar a aquisição de um equipamento novo e mais moderno, como vem suprindo as necessidades da rotina do hospital.  Os pacientes estão sendo submetidos ao exame em outras unidades de saúde de Maringá que possuem serviços de radiodiagnóstico, por meio do setor de agendamento do hospital”, detalhou o superintendente.

No início do mês de outubro deste ano, o HUM efetivou um Termo de Comodato de um conjunto de videoendoscopia, que está instalado no Centro Cirúrgico, para dar o suporte necessário à rotina do hospital. Esse é outro equipamento que a instituição vem reivindicando há tempos. Além dessa cessão em comodato, o HUM conseguiu adquirir outro endoscópio com recursos próprios, que já foi encomendado e deve chegar em breve ao Hospital. “Encaminhamos duas solicitações, em 2015 e 2016, à Seti, que se responsabilizou em viabilizar o projeto junto ao Governo Federal. Porém, paralelo a isso, nos planejamos e conseguimos recursos para o comodato e para comprarmos um equipamento moderno, que atendesse aos nossos pacientes”, comemorou Chaves Júnior.  

O superintendente lembrou, ainda, que em 2017, o hospital também adquiriu com verba própria microcomputadores para diversos setores essenciais da instituição. Além disso, o Governo Federal liberou recursos para a compra de um desfibrilador; dois ventiladores pulmonares; três desfibriladores com marcapasso; 12 leitos hospitalares; e mais oito camas elétricas. Agora, em novembro, a instituição recebeu um aparelho de ultrassom, cedido da Secretaria Estadual de Saúde/Funsaúde, que foi entregue pelo secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, ao assessor de Planejamento do HUM, Edson Moribe (foto abaixo).



Um grande desafio que o HUM enfrenta e vai levar para 2018 é a limitação do seu atendimento às características da sua classificação como instituição de saúde de urgência e emergência, recém publicadas pelo Ministério da Saúde e regulamentadas pelo Governo do Estado.

Segundo o superintendente do HUM, a Portaria nº 1.288/2017, do Ministério da Saúde, aprovou o Plano de Ação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências. Esse documento criou uma categorização das instituições que atuam na área que ainda não existia. A partir dos parâmetros propostos pelo Plano, a Comissão Intergestores Bipartite do Paraná deliberou sobre o HUM, considerando-o: Porta de Entrada como Hospital Geral. Com isso, ficou estabelecido que o hospital deve possuir estrutura para realizações de média complexidade. E, na parte de recursos humanos, deve contar com equipe 24 horas composta por clínico geral, pediatra, cirurgião, anestesiologista, enfermeiros, técnicos e equipes para manejo de pacientes críticos. Para dar suporte a estas atividades, a instituição passou a receber um incentivo financeiro adicional de R$ 100 mil mensais.

“A questão é que, muitas vezes, recebemos pacientes que fogem do perfil da classificação que nos foi determinada. Por causa disso, encaminhamos ofícios à Secretaria Municipal de Saúde e à 15º Regional de Saúde, ambos datados do dia 30 de novembro, solicitando que sejam tomadas as providências para adequação das referências da Rede de Urgência e Emergências, o mais breve possível. Isso porque um encaminhamento não adequado causa sérios transtornos para a rotina da instituição e coloca em risco a vida dos pacientes. Uma pessoa pode estar sendo encaminhada para um hospital que não possui a estrutura de atendimento na especialidade médica que ela necessita; isto é, especialidades que não estão previstas no Plano Operativo, que é determinado pelas autoridades de saúde”, explicou o médico.



Segundo o superintendente, o HUM está dirigindo seus esforços para atender urgência e emergência de sua área de abrangência de acordo como a sua categorização como Hospital Geral, e a assistência se desenvolverá a partir da demanda encaminhada pela rede de saúde e pelos serviços móveis de urgência, nas especialidades credenciadas no HUM: ginecologia e obstetrícia, pediatria, clínica médica e cirúrgica. Além disso, “o hospital deve manter serviço de Pronto Socorro funcionando de segunda a domingo e feriados 24 horas, com rotina formalmente estabelecida, nas especialidades de traumato-ortopedia, ginecologia e obstetrícia, cirurgia, clínica médica e pediatria. Com isso, será possível aprimorar o atendimento aos pacientes e dar melhores condições de trabalho a toda equipe de profissionais, sem prejudicar o ensino, a pesquisa e a extensão, que também precisam estar presentes numa instituição que é hospital-escola. Em resumo, estamos empenhados para que HUM atenda dentro da capacidade operacional instalada, pertinente às suas responsabilidades que foram determinadas pelas próprias autoridades de saúde”, completou o gestor.

O doutor Maurício ainda aproveitou o balanço para desejar à comunidade hospitalar e à população da região um ano novo de grandes conquistas para todos e, especialmente, para àqueles que são atendidos no ambulatório e no Pronto Atendimento do HUM.

Formação docente - António Nóvoa


Veja cinco pontos para qualificar a formação docente, segundo António Nóvoa






Você encontra similaridade entre a atuação de um professor e um médico? Acha que a formação desses profissionais pode, em alguma medida, dialogar? O reitor da Universidade de Lisboa, doutor em educação pela Universidade de Genebra, António Nóvoa partiu da análise da proposta formativa da Harvard Medical School para trazer reflexões sobre a formação docente no Brasil.
 
Em encontro realizado no Instituto Singularidades, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, em São Paulo, na última quinta-feira (28/07/016), o especialista foi taxativo ao dizer que “formar um professor é formar um profissional da educação, assim como formar um médico”, fazendo menção à necessidade da atuação docente ser vista como uma profissão e, portanto, receber toda a importância de qualidade, recursos e investimentos.














Pesquisador reforçou a necessidade da carreira docente
ser vista como profissão. Créditos: Luis Simione



Estudo de caso e reflexões

Nos últimos meses, Nóvoa se dedicou a estudar o programa de formação da universidade norte-americana e resgatou alguns pontos que, segundo ele, tornam o processo formativo mais significativo. Como primeiro ponto, o pesquisador apontou a cerimônia simbólica que marca a entrada dos recém formados na universidade. Estudantes, professores e médicos já atuantes entregam o jaleco aos egressos, “o que significa que toda a comunidade se responsabiliza pela formação dos futuros médicos”, ressaltou.

Outra questão, é o fato da universidade defender uma experiência individualizada como estratégia de formação, entendendo que cada sujeito tem um percurso próprio de aprendizagem a ser seguido. A condução formativa ainda se dá de maneira entrelaçada, se afastando de uma proposta estratificada de currículo. “Ele [o currículo] se apresenta integrado e integrador, aproximando a teoria e a prática em todos os momentos”, reconheceu.

Nóvoa também falou das matérias que acabam sendo desenvolvidas a partir de instrumentos, como explicou. “O tempo na universidade é utilizado para o estudo de casos e problemas, e não para as disciplinas, contribuindo para que haja uma visão integrada das questões que cercam a Medicina”. Isso se ancora em um ambiente colaborativo, em que se reconhecem um esforço de socialização, além de dinâmicas de inter-cooperação.

Por fim, o pesquisador citou o compromisso com a pesquisa e a ação, como forma de valorizar e sistematizar o conhecimento que é construído dentro da profissão, a partir de seus problemas reais. E também a ligação com o exterior, propondo diálogo permanente com a comunidade.


Dos médicos aos professores



Nóvoa defende que as propostas formativas valorizem os percursos individuais. Créditos: Luis Simione


Para Nóvoa, a agenda da formação docente incorre em um erro central. Ele coloca que muito se diz sobre o que os professores têm que ter ou fazer, de maneira geral, e pouco ou nada se diz sobre como cada professor pode se encontrar individualmente na profissão.

“Como que eu me formo como profissional, encontrando a minha própria maneira de ser professor, em conjunto com outros profissionais, pesquisando e agindo no campo institucional da escola, sem nunca exercer o exercício público da minha profissão?”, provocou.

A partir disso, o especialista elenca cinco pontos que, a seu ver, podem qualificar as práticas formativas iniciais e continuadas e consequentemente o percurso desses profissionais.

1. Disposição pessoal
Nóvoa defende que as formações docentes garantam espaços e tempos para um trabalho de autoconhecimento, de autorreflexão, de maneira que os professores partam de suas histórias pessoais, de vida, de sua subjetividade para então formatar a sua identidade profissional.

2. Composição pedagógica
Também entende a importância de que haja processos de composição pedagógica, que permitam aos professores fazerem diferentes elaborações e encontrarem seus próprios modos docentes, com autonomia e conhecimento profissional.

3. Interposição profissional
O trabalho, a seu ver, deve partir da socialização e da colaboração entre os pares, esforço que, em sua análise, deve estar presente desde o primeiro dia da formação. Nóvoa ainda defende que os percursos se deem em comunidades práticas de aprendizagem.

4. Proposição institucional
Reforça a necessidade dos docentes conquistarem seu espaço na escola, firmando  a sua posição profissional e participando do projeto educativo da instituição, a partir de uma postura ativa, criadora e transformadora.

5. Exposição pública
Por fim, reconhece a importância de que os professores atuem em outros espaços além da escola, como na comunidade, e também nos espaços públicos da educação. “Hoje vejo fragilidade na presença dos professores nos espaços das políticas públicas educacionais, e é imprescindível que esse lugar seja ocupado”, finalizou.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Medical virtualists



Is It Time for a New Medical Specialty?The Medical Virtualist


   
1New York Presbyterian, New York, New York    2New York Presbyterian, Weill Cornell Medicine, New York, New York

JAMA. Published online November 27, 2017.     doi:10.1001/jama.2017.17094







Medicine has seen a proliferation of specialties over the last 50 years, as scientific discovery and care delivery advanced. Diagnoses and treatments have become more complex, so the need for formal training for specialty competence in cognitive and surgical disciplines has become clear. There are currently 860 000 physicians with active certifications through the American Board of Medical Specialties and 34 000 through the American Osteopathic Association.1


Drivers of Specialty Expansion


Specialty development has been driven by advances in technology and expansion of knowledge in care delivery. Physician-led teams leverage technology and new knowledge into a structured approach for a medical discipline, which gains a momentum of its own with adoption. For instance, critical care was not a unique specialty until 30 years ago. The refinement in ventilator techniques, cardiac monitoring and intervention, anesthesia, and surgical advancements drove the development of the specialty and certification, with subsequent subspecialization (eg, neurological intensive care). The development of laparoscopic and robotic surgical equipment, with advanced imaging, spawned new specialty and subspecialty categories including colon and rectal surgery, general surgical oncology, interventional radiology, and electrophysiology.


In nonprocedural areas, unique certification was established for geriatrics and palliative care. Additional new specialties include hospitalists, laborists, and extensivists, to name a few. These clinical areas do not yet have formal training programs or certification but are specific disciplines with core competencies and measures of performance that might be likely recognized in the future.

Telemedicine and Medical Care

Telemedicine is the delivery of health care services remotely by the use of various telecommunications modalities. The expansion of web-based services, use of videoconferencing in daily communication, and social media coupled with the demand for convenience by consumers of health care are all factors driving exponential growth in telehealth.2


According to one estimate, the global telehealth market is projected to increase at an annual compounded rate of 30% between 2017 and 2022, achieving an estimated value of $12.1 billion.2 Some recent market surveys show that more than 70% of consumers would consider a virtual health care service.3 A preponderance of higher income and privately insured consumers indicate a preference for telehealth, particularly when reassured of the quality of the care and the appropriate scope of the virtual visit.3 Telemedicine is being used to provide health care to some traditionally underserved and rural areas across the United States and increased shortages of primary care and specialty physicians are anticipated in those areas.4



A New Specialty


Digital advances within health care and patients acting more like consumers have resulted in more physicians and other clinicians delivering virtual care in almost every medical discipline. Second-opinion services, emergency department express care, virtual intensive care units (ICUs), telestroke with mobile stroke units, telepsychiatry, and remote services for postacute care are some examples.


In the traditional physician office, answering services and web-based portals focused on telephone and email communication. The advent of telehealth has resulted in incremental growth of video face-to-face communication with patients by mobile phone, tablet, or other computer devices.2,3,5 In larger enterprises or commercial ventures, the scale is sufficient to “make or buy” centralized telehealth command centers to service functions across broad geographic areas including international.


Early telehealth focused on minor ailments such as coughs, colds, and rashes, but now telehealth is being used in broader applications, such as communicating imaging and laboratory results, changing medication, and most significantly managing more complex chronic disease.


The coordination of virtual care with home visits, remote monitoring, and simultaneous family engagement is changing the perception and reality of virtual health care. Commercialization is well under way with numerous start-ups and more established companies. These services are provided by the companies alone or in collaboration with physician groups.



The Medical Virtualist


We propose the concept of a new specialty representing the medical virtualist. This term could be used to describe physicians who will spend the majority or all of their time caring for patients using a virtual medium. A professional consensus will be needed on a set of core competencies to be further developed over time.


Physicians now spend variable amounts of time delivering care through a virtual medium without formal training. Training should include techniques in achieving good webside manner.5 Some components of a physical examination can be conducted virtually via patient or caregiver. Some commercial insurance carriers and institutional groups have developed training courses.5 These are neither associated with a medical specialty board or society consensus or oversight nor with an associated certification.


Contemporary care is multidisciplinary, including nurses, medical students, nurse practitioners, physician assistants, pharmacists, social workers, nutritionists, counselors, and educators. All require formal training in virtual encounters to ensure a similar quality outcome as is expected for in-person care.


It is possible that there could be a need for physicians across multiple disciplines to become full-time medical virtualists with subspecialty differentiation. Examples could be urgent care virtualists, intensive care virtualists, neurological virtualists, and psychiatric or behavioral virtualists. This shift would not preclude virtual visits from becoming a totally integrated component of all practices to varying extents.


Based on early experience in primary care, one estimate suggests that 30% to 50% of visits could possibly be eligible for a virtual encounter.4 This could be amplified when coupled with home care and remote monitoring devices. There are varying data on the influence of telehealth on total health care services utilization and that will be determined with greater adoption. In addition, as the number of emergency department visits continues to increase nationally, health care systems must develop innovative ways to maximize efficiency and maintain high-quality standards.6


However, complete replacement of the traditional clinical encounter will not occur. “Bricks and clicks” will prevail for patients’ convenience and value. Physicians will lead teams with both in-office and remote monitoring resources at their disposal to deliver care. This model could be enhanced in the future with digital assistants or avatars.


In the surgical specialties, remote surgery has been more focused on telementoring and guiding surgeons in remote locations. There have been examples of true virtual surgeons who have operated robotically on patients hundreds of miles away.7 This approach can be expected to develop further in the coming years.



Critical Success Factors


The success of technology-based services is not determined by hardware and software alone but by ease of use, perceived value, and workflow optimization.


Medical virtualists will need specific core competencies and curricula that are beginning to develop at some institutions. In addition to the medical training for a specific discipline, the curriculum for certification should include knowledge of legal and clinical limitations of virtual care, competencies in virtual examination using the patient or families, “virtual visit presence training,” inclusion of on-site clinical measurements, as well as continuing education.


It will be necessary for early adopters, thought leaders, medical specialty societies, and medical trade associations to work with the certifying organizations to formalize curriculum, training, and certification for medical virtualists. If advances in technology continue and if rigorous evidence demonstrates that this technology improves care and outcomes and reduces cost, medical virtualists could be involved in a substantial proportion of health care delivery for the next generation.



Article Information
Corresponding Author: Michael Nochomovitz, MD, Physician Services Division, New York Presbyterian, 525 E 68th St, PO Box 182, New York, NY 10021 (mnochomovitz@nyp.org).
Published Online: November 27, 2017. doi:10.1001/jama.2017.17094
Conflict of Interest Disclosures: Both authors have completed and submitted the ICMJE Form for Disclosure of Potential Conflicts of Interest and none were reported.
Additional Contributions: We thank Risa Oliveto, Jonathon Monteiro, Shauna Coyne, and Laura Forese, MD, MPH, New York Presbyterian; Jane Torres, Weill Cornell Medicine; and Peter Fleishut, MD, New York Presbyterian-Weill Cornell Medicine, for providing input on the manuscript, none of whom were compensated for their help.




References
1.
American Osteopathic Academy of Orthopedics website. http://www.aoao.org/. Accessed August 23, 2017.
2.
Vaidya A. Global telehealth market to rapidly rise to $12.13B by 2022: 7 key trends. Becker’s Hospital Review. July 19, 2017. https://www.beckershospitalreview.com/telehealth/global-telehealth-market-to-rapidly-rise-to-12-13b-by-2022-7-key-trends.html. Accessed August 23, 2017.
4.
Ripton  JT, Winkler  CS. How telemedicine is transforming treatment in rural communities. Becker’s Hospital Review. April 8, 2016. http://www.beckershospitalreview.com/healthcare-information-technology/how-telemedicine-is-transforming-treatment-in-rural-communities.html. Accessed August 23, 2017.
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