sábado, 27 de outubro de 2012

Psicologia Hospitalar



II JORNADA DE PSICOLOGIA HOSPITALAR DO HUM

Estratégias de Intervenção em Saúde

22-24 de Outubro de 2012 

 
No primeiro dia (22 de outubro de 2012) as psicólogas Karolina Reis dos Santos e Jane Biscaia Hartmann deram as boas vindas aos presentes explicando como seriam desenvolvidas as atividades durante a jornada.


Em seguida, os integrantes do Médicos da Graça deram início as atividades, brincando com a platéia e efetivando CONSULTAS BESTERIOLÓGICAS.


Nem a professora Karol e nem o professor Murilo, palestrante da noite, escaparam...


Depois do momento de descontração, o Professor Doutor Murilo Moscheta da UEM apresentou o tema: A dimensão criativa da humanização: recursos possíveis.


Foi o pontapé para a sensibilização para o filme Solitário Anonimo, disponível no endereço 

A partir dessa ilustração, foram feitas discussões em grupo

 e a dramatização de cada tema discutido pelos grupos, trabalho ao qual se seguiram comentários da performance, realizados pelo professor.





No segundo dia (23 de outubro de 2012) contamos com o academico de Medicina Gilberto Hishinuma, apresentando o Hospital do Ursinho, um projeto desenvolvido pela IFMSA , uma ONG mundial de estudantes de  Medicina, visando minimizar o impacto do adoecer e da hospitalização.


Após apresentação do Projeto e de como a atividade se desenvolve, os participantes montaram o cenário do Hospital do Ursinho





 E viveram cada fase do trabalho efetivo a ser realizado com as crianças desde 
a fila de espera para ser consultado

 
passando pela recreação
 
e finalizando com os procedimentos. A conversa com a médica....
 A prescrição comportamental....
As técnicas de exames... (Raios-X)
Ajudando a fazer o exame
                                      
O procedimento cirurgico
Que cirurgiãs...

No terceiro dia (24 de outubro de 2012)  foi o dia de trabalhar o simbólico e com argila.
A Psicologa Alessandra Delatorre apresentou aspectos teóricos do seu trabalho


e a partir destes, iniciou atividades práticas para ilustrar os aspectos apresentados. 

Os temas a serem simbolizados com argila foram extraidos do livro A doença como Caminho




Essas foram as produções dos grupos. 
A foto abaixo representava o tema sobre traumas, articulações, 
agressividade, gagueira,...  
 Aqui a Camila explicando a produção do seu grupo...
Não basta produzir e simbolizar, tem que conseguir transportar a produção...
Professora Karol falando sobre a produção do seu grupo...
Essa representação é daquilo que não queremos ver nem ouvir frente ao processo de adoecer...
Aqui a participante explicando sua representação...
Fernanda e Angelo finalizando sua produção com a argila....
Ah, como a gente não é de ferro, esse era o nosso coffee break...
Esperamos que estas fotos inspirem e motivem vocês para nossa próxima jornada.
Quisemos fazer algo bastante dinamico e acredito que conseguimos. Até o ano que vem.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Residência Médica


Ministério aumenta em 129% a oferta de bolsas em um ano

Ministério da Saúde financiará mais 1.623 bolsas para 2013. Serão financiadas, ainda, mais 1.270 bolsas de residência multiprofissional para o próximo ano.

foto
 
O Ministério da Saúde financiará mais 1.623 bolsas de residência médica em 19 especialidades prioritárias e com carência de profissionais, o que representa aumento 129% em um ano. A meta do Ministério da Saúde é financiar 4.000 até 2014. Atualmente, são ofertadas 1.258 vagas.  A iniciativa faz parte do Pró-Residência - Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas e do Pró-Residência Multiprofissional, do Ministério da Saúde, que alinha a formação de especialistas com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Também foram  anunciadas nesta terça-feira, dia 23, mais 1.270 bolsas de residência multiprofissional.
Serão aplicados R$ 82,7 milhões em 2013, sendo R$ 46,4 milhões para bolsas de residência médica e R$ 36,3 milhões para a multiprofissional. O valor de cada bolsa é de R$ 2.861,79/mês. A iniciativa será complementada com a capacitação de supervisores (preceptores) e com a disponibilização de R$ 80 milhões para serem investidos na infraestrutura dos hospitais e das Unidades Básicas de Saúde que expandirem seu quadro de residentes.
“Com o financiamento das bolsas, formaremos especialistas nas áreas mais importantes para o SUS. Mas isso não é possível sem uma estrutura física e uma equipe de profissionais supervisores que permitam o bom funcionamento do programa de residência. Combinando essas ações, estamos promovendo e ampliando a formação de especialistas no país”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A meta do Ministério da Saúde é abrir, até 2014, quatro mil vagas de residência médica e 3,2 mil vagas de residência multiprofissional. Atualmente, o país conta com 10.434 profissionais na fase inicial da residência.
ADESÃO – As instituições interessadas em ampliar seus programas de residência médica se inscreveram no Pró-Residência, conforme o Edital N° 18/2011, até o dia 30 de setembro. Já as unidades interessadas em expandir seus programas de residência multiprofissional aderiram pelo Edital N° 17/2011. As especialidades médicas mais demandadas foram Clínica Médica (343 residentes), Cirurgia Geral (245), Pediatria (211), Obstetrícia e Ginecologia (124) e Medicina de Família e Comunidade (116). Já as áreas de residência multiprofissional mais demandada foram Atenção Básica (328) e Saúde Mental (157).
"Não se garante atendimento de qualidade sem médicos bem formados e qualificados. Com essa expansão das bolsas de residência, inédita até hoje, o Ministério da Saúde aumenta seu protagonismo na formação de especialistas", enfatizou o Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério, Mozart Sales.
INFRAESTRUTURA – Ação será reforçada com investimento de R$ 80 milhões em infraestrutura e custeio dos serviços de saúde que expandirem vagas de residência.Desses, R$ 20 milhões serão destinados em investimentos de infraestrutura. Os recursos devem ser utilizados na reforma e na estruturação de espaços como bibliotecas, salas de estudo e laboratórios, e também para a aquisição de material permanente.
Os hospitais receberão ainda recursos mensais, ao longo de 2013, para a manutenção dos programas de residência e o desenvolvimento da preceptoria. O investimento previsto é de R$ 60 milhões por parte do Ministério da Saúde.
As equipes de Atenção Básica também serão estimuladas a inserirem médicos residentes. O gestor municipal poderá cadastrar o profissional residente e a equipe no sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), e, dessa forma, receber o recurso referente ao Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável) e participar do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), iniciativa do Ministério da Saúde que concede incentivo financeiro a equipes que cumprirem metas de qualidade determinadas. Além disso, o município terá preferência no Requalifica-SUS, programa destinado a melhorar a infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde.
RECURSOS HUMANOS –Para complementar as ações de fortalecimento das residências profissionais no país, o Ministério da Saúde estimula a formação de supervisores, por meio de parcerias com as instituições de excelência (hospitais Sírio-Libanês e Alemão Oswaldo Cruz) e com a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). As três entidades devem capacitar aproximadamente quatro mil supervisores até 2014.
O Ministério vai investir, ainda, na formação de docentes para cursos de graduação em saúde. Até 2014, a previsão é que sejam investidos R$ 18,4 milhões e formados 1.111 novos professores.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ensino-aprendizagem



“Professores devem reaprender a aprender”

O professor americano Will Richardson percebeu, em sua rotina de sala de aula, que havia alguma coisa mudando naquele espaço de aprendizagem. O ano era 2001 e ele dava aula de inglês para o ensino médio em escolas norte-americanas. Nessa década que se passou, as tecnologias foram entrando no universo educacional, ele começou a escrever sobre o assunto e, entre idas e vindas de conversas com professores pelo país, sua suspeita só se confirmou: essa aflição não era só sua. Foi aí que percebeu que o primeiro passo para os professores se adequarem aos novos formatos de educação era fazer com que eles reaprendessem a aprender e, para isso, era fundamental que eles se organizassem em redes.
“Esse é um dos desafios mais interessantes que temos hoje: como é que ajudamos os professores a entender o que está acontecendo fora das escolas e os deixamos aptos para preparar as crianças para essa realidade?”, pergunta o especialista, que já tem uma dica de qual seja a resposta. “Os professores têm que construir suas próprias redes e se tornar responsáveis pelo seu aprendizado, assim como se espera que os alunos façam”, afirma Richardson, que há seis anos vêm capacitando professores por meio do programa Powerful Learning Practice.

crédito Andrea Danti / Fotolia.com
 
 
Na capacitação que dá para os professores, Richardson reúne professores em comunidades virtuais e em algumas atividades presenciais ao longo do ano letivo. Ele procura fazer desse ambiente virtual um espaço compreensivo em que os professores possam compartilhar experiências, ansiedades e expectativas e, de quebra, se apropriar das funcionalidades da internet. “Tentamos fazer com que os professores se sintam confortáveis com o ambiente on-line, dividam seus medos, sejam transparentes, conversem. Mas leva tempo”, afirma o especialista, que procura usar o canal que criou para mostrar exemplos do que é possível fazer e falar sobre a educação do século 21. O programa, diz ele, tem sido procurado por escolas públicas e particulares, que inscrevem parte do seu corpo docente para participar da capacitação. As atividades são compartilhadas em um blog e parte das discussões que esses educadores promovem podem ser acessadas pelo site.
Preparar os professores para uma nova realidade de educação, em que há muito mais conhecimento disponível na palma da mão em um smartphone do que nas bibliotecas de muitas escolas, é apenas parte da solução. Richardson diz que a própria escola precisa mudar radicalmente. Tanto defende que lançou, no mês passado, o livro Why School?, (Por que Escola?, em livre tradução), cuja versão digital em inglês está disponível na Amazon por US$ 2,99. “Não é que não queiramos a escola. Não queremos essa escola. Tudo precisa ser repensado: currículo, design, infraestrutura”, diz ele.
“Não acho que possamos fazer como fazemos hoje, quando os alunos ficam trancados 45 minutos em uma sala, depois têm outra aula de 45 minutos. Temos que dar uma bagunçada nisso.”
O argumento de Richardson é que entregar o conhecimento pronto, encaixotado, hoje não faz mais sentido. O que se espera é que o currículo seja reflexivo, baseado muito mais em perguntas que não necessariamente se sabe a resposta – “porque é isso que elas vão encontrar na vida”. “As crianças demandam diferentes tipos de aprendizado, diferentes tipo de alfabetizações”, diz o educador, que ressalta a importância de que os alunos recebam uma espécie de alfabetização em rede (livre tradução para network literacy), em que aprendam segurança na web, como e onde pesquisar, o que se pode ou não fazer em ambiente virtual.
Quanto à estrutura das escolas, Richardson diz que o ideal é que os espaços fossem redesenhados porque sala de aula, quadro negro e carteira já não fazem mais sentido. “É preciso ter muito mais espaços colaborativos de trabalho, acesso a materiais multimídia. Não acho que possamos fazer como fazemos hoje, quando os alunos ficam trancados 45 minutos em uma sala, depois têm outra aula de 45 minutos. Temos que dar uma bagunçada nisso.”
Richardson vai estar em São Paulo entre 19 e 21 janeiro, compartilhando suas ideias no evento Innovate 2013 – Reimaginating School, promovido pela Graded, escola americana de São Paulo. Segundo a organização, a intenção do encontro, que vai reunir profissionais do Brasil e dos EUA, é debater sobre a escola que mais bem serve e inspira os estudantes de hoje. As inscrições estão abertas e os valores já podem ser consultados.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sistema Único de Saúde



Cebes - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde

Saúde Pública e Saúde Suplementar: desfecho do confronto iniciado na elaboração da Constituição cidadã

Saúde Pública e Saúde Suplementar: desfecho do confronto iniciado na elaboração da Constituição cidadã
Cleber Ferreira

No Capítulo 4 do Estudo da Organização Mundial de Saúde - More health for the money - avalia-se o custo benefício das práticas, públicas ou privadas, dos diferentes sistemas de saúde disponíveis no mundo. Dentre os mitos desvendados, verifica-se que os hospitais privados são mais caros e menos eficientes que os hospitais públicos; que boa parte dos recursos destinados aos sistemas de saúde são desperdiçados por fraude e corrupção; que a importância da regulação, que no Brasil se faz através da ANS e da ANVISA, é fundamental para conter o ímpeto do complexo médico-hospitalar (fármacos e equipamentos), assim como dos atores envolvidos no processo, prestadores, operadoras e seguradoras de planos de saúde - todos orientados pelo lucro.


Além da necessidade de se ter uma política que oriente o sistema para a universalidade e resolutividade já existentes nos princípios do SUS, deve-se estabelecer os limites de atuação do setor privado. A omissão no estabelecimento deste limite é, por si só, uma política privatizante. E é justamente isto que vem acontecendo no Brasil, com uma política permissiva de expansão da Saúde Suplementar que, sem estrutura para atender seus clientes, canabaliza o SUS.


Esta expansão é financiada pelo próprio governo através da restituição do imposto de renda. São recursos volumosos transferidos para a lucratividade das empresas, em detrimento aos investimentos necessários no setor público, excluindo uma melhor remuneração e qualificação de seus recursos humanos; na estagnação no crescimento da rede pública, prejudicando todos os níveis de atenção - da básica, à alta complexidade. Enfim, o crescimento da Saúde Suplementar concorre com o SUS.


O governo é o avalista do crescimento do setor privado, minimizando o "risco do empreendimento" dos investidores, inclusive internacionais, que agora descobriram o mercado da saúde brasileira. O crescimento no número de beneficiários na Saúde Suplementar nos últimos 10 anos é prova disto: multiplicaram-se por 4 o número de beneficiários existentes, fazendo com que grupos de investidores internacionais vislumbrem o Brasil como o país do presente deles. Para a sociedade brasileira vale ainda o velho ditado: Brasil, o país do futuro
(http://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_setor/Foco/20120816_web_foco_junho_2012.pdf).

O Brasil opta por tratar os dois setores de forma independente. Para a saúde suplementar incentiva-se a expansão. As classes menos abastadas agora sonham com um plano de saúde. Todavia, sem rede suficiente, muitos acabam mesmo no SUS, com ou sem plano.

Com uma política regulatória indutora, centrada principalmente nos planos coletivos por adesão (22% de crescimento desde 2008), legitimou-se os intermediários (administradoras de benefícios) como inéditos players obrigatórios nos contratos, gerando custos adicionais ao sistema; no plano público (SUS) restringe-se o desenvolvimento, expansão e evolução do SUS através da limitação orçamentária. A falta de uma política para a saúde suplementar é uma política alienante, que importa um modelo fracassado e oneroso para o país.

Enquanto o governo Norte Americano luta para se aproximar do nosso SUS, o Brasil assiste passivamente a internacionalização da saúde suplementar brasileira. O sistema de saúde americano é o mais caro do planeta, mas não o mais eficiente, e não é universal. Este é o modelo que mais cresce no Brasil.


O texto da OMS - Mais Saúde pelo Dinheiro - é leitura obrigatória. O Brasil faz há tempos uma importante opção, com impacto para o bolso e para a saúde das gerações futuras.


Cleber Ferreira

Presidente da ASSETANS

Especialista em Regulação

Mestre e Doutor em Odontologia em Saúde Coletiva- UFF

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Editoração científica



Revistas científicas brasileiras ainda têm baixo impacto internacional



Pouca colaboração com pesquisadores de outros países é um dos fatores que contribuem para baixa citação dos artigos científicos brasileiros, avaliam especialistas


Elton Alisson - Agência FAPESP
O número de revistas científicas brasileiras presentes em índices internacionais, como o Journal Citation Report, vem aumentando nos últimos anos. Entretanto, o fator de impacto – o número médio de citações dos artigos científicos publicados em um periódico – ainda é baixo e não atingiu a média mundial.
A constatação foi feita por participantes do 3º Seminário de Avaliação do Desempenho dos Periódicos Brasileiros no JCR 2011, realizado no dia 27 de setembro no Auditório da FAPESP.
Promovido pelo programa Scientific Eletronic Library Online (SciELO Brasil) – resultado de um projeto financiado pela FAPESP –, o objetivo do evento foi debater avanços e desafios para o desenvolvimento da qualidade dos periódicos brasileiros e para o aumento do impacto internacional, com base no Journal Citation Reports (JCR).
Publicada em julho, a última edição do JCR, atualizada com dados de 2011, mostra avanços significativos, mas revela também a persistência de condições e barreiras que dificultam o aumento do impacto dos periódicos nacionais.
Entre os avanços destaca-se a presença de dois periódicos nacionais, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e Clinics, com fator de impacto (FI) maior que 2.
Houve também um aumento de 11 para 16 no número de periódicos com FI maior que 1. Entretanto, o conjunto dos 111 títulos indexados no JCR apresenta desempenho relativamente baixo, pois a grande maioria permanece com FI abaixo da mediana em suas áreas temáticas.
“O número de periódicos brasileiros no JCR aumentou 240% no período de 2007 para 2010, saltando de 27 para 111”, disse Abel Packer, membro da coordenação do programa SciELO. “Mas a média da quantidade de citações em 2011 em comparação com 2010 caiu 21%, de 0,520 para 0,509, o que representa uma queda alta e tem diversas razões, como o fato de se tratar de uma coleção de periódicos jovem internacionalmente e publicada predominantemente em português.”
De acordo com especialistas presentes no evento, um dos fatores que também contribuem para a baixa citação internacional dos artigos científicos brasileiros é a pouca participação de cientistas de outros países nesses trabalhos.
Publicados em grande parte em revistas nacionais, 85% dos artigos científicos brasileiros têm também afiliação local – são publicados por pesquisadores do próprio país, sem a participação ou colaboração com cientistas estrangeiros.
“Vemos que o Brasil é o mais nacional entre todos os países em termos de afiliação de artigos. Isso representa um patrimônio nacional que, naturalmente, tem suas consequências”, avaliou Packer.
Segundo Packer, o nível de colaboração internacional nos artigos publicados em periódicos científicos nacionais é mais ou menos igual e varia entre 6% e 8%. Mas em todos eles a presença de autores estrangeiros como único autor do artigo ou em cooperação aumenta o número de citações.
Uma análise comparativa sobre a rota de publicação de artigos científicos de 12 países, sendo seis desenvolvidos (Inglaterra, França, Canadá, Holanda, Suíça e Espanha) e seis emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e Coreia do Sul), realizada por Rogerio Meneghini, coordenador científico do SciELO, com base em publicações dos países no Web of Science em 2010 e citações correspondentes até setembro de 2012, demonstrou que os artigos em colaboração internacional recebem, em média, mais citações do que os endógenos (do próprio país). E o aumento de citações é muito superior para os países em desenvolvimento.
No caso do Brasil, o percentual de aumento da citação de artigos em colaboração chega a atingir 97,8%, que é o segundo maior entre os países emergentes e está atrás apenas da Rússia, que aumenta 125%.
“O processo de colaboração científica seria mais benéfico para países emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e Coreia do Sul. Acredito que exista agora em todos esses países uma busca pelo aumento da colaboração científica internacional”, disse Meneghini.
Importância dos periódicos brasileiros
Ainda de acordo com os especialistas presentes no evento, países emergentes como o Brasil também têm em seus periódicos nacionais uma forma de fazer com que sua produção científica, que não recebe espaço nos periódicos internacionais, seja escoada.
Em função disso, é preciso melhorar os periódicos nacionais para melhorar o conjunto da produção científica brasileira. “O Brasil publica 29% de toda a sua produção científica indexada em periódicos nacionais contra 12% da França, por exemplo. A presença dos periódicos nacionais é muito maior e requer, portanto, políticas e ações para que o seu impacto seja mais positivo”, disse Packer.
De modo a continuar apoiando o desenvolvimento de revistas científicas brasileiras, de acordo com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, o financiamento do Programa SciELO vem sendo renovado, com pareceres positivos sobre os resultados.
“O SciELO é um projeto muito importante para a FAPESP. Em 1997, quando o programa foi criado, não se comentava sobre acesso aberto, não existia esta expressão. Hoje, o mundo inteiro fala em publicação em acesso aberto”, disse.
Atualmente, o SciELO possui 254 títulos e registra uma média de 1,06 milhão de downloads por dia, sendo 63% em PDF e 37% em HTML.
No fim de julho, a FAPESP e a Divisão de Propriedade Intelectual e Ciência da Thomson Reuters firmaram um acordo para integrar a base do SciELO à Web of Knowledge, a mais abrangente base internacional de informações científicas. “Isso deverá ajudar as revistas científicas que estão no SciELO a terem mais visibilidade”, disse Brito Cruz.
 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Mérito Acadêmico


Atenção Primária à Saúde

Induction actions leading to better appreciation of primary care by medical students
Roberto Z. Esteves
http://www.amee.org/documents/AMEE%202012%20ABSTRACT%20BOOK.pdf


Mérito acadêmico


PET-Saúde

Da mesma forma que fizemos em 2011 após o Congresso da AMEE em Viena (Áustria), estou abrindo este espaço para divulgação dos trabalhos apresentados por nossos leitores e colaboradores. Os interessados devem enviar uma foto com boa resolução para o meu e-mail    rze.meduem@uol.com.br
Ao enviar a foto do poster, o(s) autor(es) assume(m) que consente(m) na divulgação do trabalho no blog.
Inicialmente, reproduzo abaixo o poster apresentado pela Profª Edna Pereira e colaboradores da UFG no AMEE 2012 de Lyon (França) intitulado "Contributions of PET Project in Brazil for the development of primary care - a view of preceptors and students from a focus group".
Roberto Z. Esteves
Administrador do blog Educação Médica UEM


domingo, 7 de outubro de 2012

Psicologia Hospitalar


II Jornada de Psicologia Hospitalar do HUM
Estratégias de Intervenção em Saúde

22 a 24 de outubro de 2012
18:00 as 22:00 horas
Anfiteatro DACESE - UEM
PROGRAMAÇÃO
22/10 - REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS DO SOFRIMENTO
Psicóloga Alessandra Dellatorre

23/10 - PROJETO “HOSPITAL DO URSINHO” (veja mais informações abaixo)
Acadêmico de medicina Gilberto Hishinuma

24/10 - A DIMENSÃO CRIATIVA DA HUMANIZAÇÃO: RECURSOS POSSÍVEIS
Prof. Dr. Murilo Moscheta
Prof. Ms. Roberta Stubs

Publico Alvo - Acadêmicos e Profissionais Psicologia
Investimento - R$ 50,00 reais
Inscrições pela Internet  de 17/08 a 17/10/2012 no endereço eletrônico www.hum.uem.br
Vagas limitadas por ordem de inscrição no site


Conheça um pouco mais sobre o projeto "Hospital do Ursinho", um dos temas da nossa Jornada de Psicologia Hospitalar deste ano.

Para muitos, o hospital é assustador, principalmente para as crianças. No intuito de mostrar para elas que o hospital é um local de cuidado, a International Federation of Medical Students Associations of Brazil criou o projeto "Hospital do Ursinho", também chamado de “Teddy Bear”. No projeto, é construído um cenário clínico com recepção, sala de atendimento médico, sala de curativos e farmácia. A criança é convidada a levar um ursinho de pelúcia para uma consulta e ao final vai a farmácia para a retirada dos remédios (doces, balas, chocolates), podendo ainda ser encaminhada com seu ursinho para a sala de curativos, caso esse apresente fraturas, escoriações na pele ou outros.
O objetivo do projeto é criar uma atmosfera de confiança onde a criança possa lidar com seus medos do médico e do ambiente hospitalar, em um momento em que ela está saudável, sem as debilidades comuns de uma internação. Acreditando que assim ela consiga lidar melhor com uma futura necessidade de tratamento e internação hospitalar. Hoje o projeto encanta estudantes de medicina dos diferentes anos, ajudando-os a criar vínculos e aprender formas de interagir com os pequeninos, o que pode ajudá-los muito quando atuarem na Pediatria, seja num estágio do internato, seja futuramente na residência e na vida profissional.
Confira a realização deste trabalho pelos alunos de medicina no HUM.

sábado, 6 de outubro de 2012

Didática



Teaching Philosophy


I recently watched a presentation where the presentor sat at the front of the room with his back to the audience, reading his overpacked slides for 25 minutes. I was astounded because his topic was important and his knowledge flawless but my retention was 0.
Subsequently, I started reading Dr. Roger Shank's book "Teaching Minds: How Cognitive Science Can Save Our Schools". In the book, he talks about how Teaching = Telling was common practice for hundreds of years. Oral traditions of teaching are holdovers from the days when books and paper were rare commodities, but then television and the Internet entered the world and changed people's ability to access vast quantities and qualities of information quickly.
Teaching = Telling isn't just outmoded, it is dangerous. The practice of non-critically believing what people tell you, particularly people in authority or people with notoriety is what has led to the refusal to vaccinate children, creationism taught as science, financial scams by trusted advisors and a proliferation of non-evidence based healing practices.
Teaching = Telling in the medical classroom doesn't engage minds in critical thinking, but it also doesn't help students remember information either. Students attention to what they hear is the key components of learning in an auditory culture. If students' attention span = 15 minutes of concentration on a good day, they will remember about 1/4 of what they heard in a 60 minute lecture. Combine the distraction of trying to pay attention to poorly constructed, overstuffed PowerPoint slides and retention drops even further.
So take a minute and think about - What is your teaching philosophy? How do you believe people learn?


For ideas about how to actively engage students in medical classrooms see the teaching techniques section on the right hand side of  blog  "Medical Education Blog" of Deirdre.