quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sobre a CAEM

A nossa Escola aderiu ao Projeto CAEM e a execução na UEM é da Profª Elisabete Kobayashi.
Segue o texto de apresentação da equipe do projeto
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Comissão de Avaliação das Escolas Médicas (CAEM) é uma das comissões da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) formada por professores estudiosos envolvidos com avaliação no âmbito da educação médica, com a participação de representação discente. Foi constituída no ano de 2006, tendo sua primeira reunião em março do mesmo ano, onde discutiu amplamente e aprovou o Projeto Avaliação de Tendências de Mudanças no Curso de Graduação das Escolas Médicas Brasileiras, baseado no trabalho de tese de doutorado de Lampert (ENSP/Fiocruz, 2002).

Esta comissão surge em virtude da participação ativa da ABEM na discussão e na construção do processo de avaliação da Educação Médica Brasileira, tendo consciência das dificuldades das escolas realizarem mudanças na formação do médico de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (MEC, 2001).

A CAEM tem a perspectiva de potencializar o entendimento da avaliação como processo democrático e construtivo, tendo como objetivos neste trabalho: promover e acompanhar as mudanças nas escolas médicas para atender às Diretrizes Curriculares com perspectivas a consolidação do SUS; e incentivar e apoiar a construção do processo de avaliação (auto-avaliação, avaliação externa, meta-avaliação) em cada escola médica no atendimento aos princípios do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) (MEC, 2004).

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Universidades criticam novo índice do MEC

Universidades criticam novo índice do MEC

Federais dizem que comparação entre instituições grandes e pequenas distorce o resultado; UFRJ vai propor mudança

Natália Soares e Demétrio Weber
RIO e BRASÍLIA.
Um dia após o Ministério da Educação (MEC) divulgar o novo indicador que reprovou um terço das instituições de ensino superior, dirigentes de universidades públicas e privadas criticaram ontem o índice. Eles argumentam que o IGC não é capaz de refletir a qualidade de uma instituição e tampouco permite a comparação de estabelecimentos de tamanhos diferentes. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vai propor ao MEC que se faça uma diferenciação em seus critérios, de acordo com o tamanho das universidades.

- Quando este índice é aplicado a várias universidades de tamanhos e realidades diferentes, pode causar distorção. Da forma como está sendo feito, uma universidade com um curso de pós-graduação bem conceituado e cinco de graduação com boas notas, pode se sair melhor do que uma universidade com muito mais cursos - disse a pró-reitora de Graduação da UFRJ, Belkis Valdman.

A UFRJ obteve a sétima posição entre as melhores universidades do país, atrás de instituições menores como a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Para a decana do Centro de Ciências da Matemática e da Natureza, Ângela Rocha dos Santos, o ranking não aponta a real posição da universidade:

- No cenário nacional, a UFRJ certamente ocupa os primeiros lugares em qualidade. Estas avaliações em grande escala são importantes para o ministério direcionar políticas públicas, mas acho que rankings não dizem muita coisa. Estão comparando laranjas com maçãs. As universidades menores têm vantagens na comparação.

Ressalvando que são favoráveis à avaliação, reitores temem prejuízo à imagem dos centros de ensino.

- O indicador é um avanço, mas não conseguiu captar a universidade como um todo. O MEC precisa dialogar mais. Depois que divulga os resultados, não adianta fazer seminário - disse Amaro Lins, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Lins é reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que está na 22ª posição no ranking de 173 universidades. Segundo ele, a UFPE oferece mais de 80 cursos contra apenas um da Escola Brasileira de Economia e Finanças, da Fundação Getúlio Vargas, do Rio, que atingiu a nota mais alta.

- A contribuição de uma universidade com 40 cursos muito bons será mais significativa do que uma com apenas três.

"Os alunos não têm compromisso com o exame"

O presidente da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (Abmes), Gabriel Mário Rodrigues, disse que as instituições públicas têm melhores notas, na média, porque recebem alunos do ensino básico privado. Falando em nome do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, Rodrigues criticou o Enade, que serve de base para o novo Índice Geral de Cursos (IGC) das instituições. O IGC também considera as notas de mestrados e doutorados avaliados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

- Os alunos não têm compromisso com o exame - disse Rodrigues.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

UEM: IGC 341 / Faixa 04

Sem USP e Unicamp, MEC aponta Unifesp como a melhor entre as públicas

UOL - 08/09/2008.


A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está no topo do ranking das universidades públicas com melhor desempenho, segundo o novo indicador de qualidade do MEC (Ministério da Educação) divulgado nesta segunda-feira (8). A avaliação, no entanto, não inclui a USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), entre outras públicas.

Os dados, chamados de IGC (Índice Geral de Cursos da Instituição), foram divulgados pela primeira vez pelo MEC. O índice sintetiza, para cada instituição, a qualidade de todos os seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, distribuídos em campi e municípios onde a instituição atua.

A Unifesp, cuja cúpula renunciou há duas semanas devido a denúncias de irregularidades, obteve nota 439 de uma escala que vai de 0 a 500.

Entre as públicas que tiraram menos de 200 (referente aos conceitos 1 e 2) estão a Uncisal (Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas), com 149, e a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), com 176.

Segundo o MEC, as instituições com notas 1 e 2 não passarão por vistoria, como acontece com os cursos com baixo desempenho no Enade. "O IGC vai influenciar no recredenciamento da instituição, que pode ser liberado sem nenhuma exigência ou com termo de compromisso para melhora. No limite, pode até não ser recredenciada", disse o ministro da Educação, Fernando Haddad, na divulgação dos dados em Brasília.

Instituições estaduais não são obrigadas a fazer as avaliações realizadas pelo Inep --por isso, USP e Unicamp ficaram de fora, da mesma maneira que não participam do Enade. "A adesão é voluntária no sistema estadual, mas eu lamento porque a presença dessas instituições daria mais solidez a esse sistema e puxaria o referencial para cima", afirmou Haddad.

Avaliação
Foram avaliadas 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades isoladas e integradas. Do total, 35,5% das instituições públicas têm percentual de IGC 4 e 5. Entre as instituições privadas, essa proporção é de 4,9%.

Segundo o MEC, as que ainda não tiveram o seu indicador calculado são instituições novas, que não possuem concluintes em seus cursos.

Cálculo
No cálculo do indicador, são utilizados a média do CPC (conceito preliminar do curso) e o conceito fixado pela Capes para a pós-graduação. A média dos conceitos dos cursos é ponderada pela distribuição dos alunos entre os diferentes níveis de ensino (graduação, mestrado e doutorado).

Para esta edição, foram utilizados os CPCs referentes às edições do Enade no período de 2005 a 2007. Esse indicador de cursos considera, além de resultados de avaliação de desempenho de estudantes, infra-estrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente.

A nota da Capes é referente à avaliação do triênio de 2004 a 2006.