quarta-feira, 27 de abril de 2011

Atenção Primária à Saúde


Pesquisa em Atenção Primária à Saúde: 
como construir uma agenda para o Brasil?

A necessidade e relevância da pesquisa para o fortalecimento dos sistemas de saúde têm sido ressaltadas, especialmente na última década, assim como, a importância de mecanismos que aproximem a ciência (ou a pesquisa) do cotidiano dos profissionais de saúde e dos formuladores de políticas. Vários esforços têm sido desenvolvidos para incentivar a incorporação dos resultados das investigações às práticas dos profissionais e ao processo de decisão e, para ilustrar, podemos destacar a escolha, pela OMS, do tema do Relatório Mundial da Saúde de 2012, que tem como título “Research for better health” e será dedicado à importância da pesquisa cientifica para a formulação de políticas de saúde. Definindo a pesquisa, não como gasto, ma s como investimento para um futuro mais saudável, o relatório enfocará a sua importância para atender as necessidades de saúde e melhorar os resultados dos serviços de saúde, incentivando os países a investirem mais recursos no desenvolvimento e fortalecimento de seus sistemas nacionais de investigação em saúde.Apesar do crescente número de evidências que demonstram que sistemas nacionais baseados na atenção primária em saúde (APS) são mais efetivos e equânimes, a análise da situação atual da pesquisa em APS tem mostrado que esta é caracterizada por uma baixa produção científica, o que tem sido tema de vários artigos e infindáveis debates, como o iniciado por um editorial do Lancet, em 2003, que denominava a pesquisa em APS como “uma causa perdida”. Da dos internacionais  apontam que a produção dos médicos da APS é bem menor do que dos médicos de outras especialidades (1 artigo por 1.000 médicos de APS, comparado com 60 artigos por 1.000 cirurgiões e 150 para 1.000 médicos de saúde pública).Entre os determinantes deste quadro, destacam-se os poucos investimentos em recursos materiais e humanos no mundo e, também, no Brasil. Mesmo em países que possuem sistemas nacionais baseados em APS, o financiamento público em pesquisa em APS representava, na década de 90, menos de 7% do total do financiamento em pesquisa na área da saúde (era de 4,1% na Austrália, 3,2% na Holanda, 6,8% na Nova Zelândia e 4,4% no Reino Unido). Assim como é menor o financiamento das ações de atenção primária (em comparação aos demais níveis do sistema) e a remuneração e investimentos em qualificação dos profissionais da APS, o baixo financiamento na pesquisa em APS reflete o próprio desprestígio deste nível do sistema e dessa área de atuação profissional.No Brasil, embora se reconheça que houve um aumento significativo de editais e do financiamento em seu conjunto da pesquisa em APS, a disparidade destes investimentos em relação ao total dos recursos da pesquisa em saúde ainda é importante. Só nos últimos 8 anos, por exemplo, através de financiamento do PROESF (I e II) o governo investiu mais de R$ 17 milhões de reais na pesquisa em APS . Entretanto, se compararmos esse valor com outros investimentos, por exemplo, os gastos em pesquisas com células-tronco, verificamos que, nesse mesmo período, mais de 500 milhões foram investidos em mais de 2.500 projetos científicos de universidades e instituições de pesquisa . Sem dúvida o aumento do financiamento tem refletido no aumento da produção de estudos em APS, como vem mostrando alguns estudos. Um estudo de revisão que analisou o conjunto de estudos realizados e/ou financiados pelo Ministério da Saúde no entre os anos de 2000 a 2006 identificou 110 pesquisas . Um outro estudo realizado em 2009, que analisou a evolução do número de publicações sobre o PSF no Brasil, 1998 a 2009 identificou um expressivo aumento dessa produção no período, com mais de 70% dessa produção a partir de 2005 . O aumento dessa produção, entretanto, não parece se refletir diretamente na sua utilização, seja por gestores, seja por profissionais de saúde, revertendo para a melhoria da qualidade das a& ccedil;ões no âmbito da APS ou para mudanças de rumo da própria política nessa área. Talvez, parte disso, esteja relacionada à forma de divulgação dos resultados, como se deduz a partir dos dois estudos apresentados.Outro aspecto relevante na discussão sobre a pesquisa nessa área, diz respeito à complexidade e diversidade de questões relacionadas à APS. Podemos dizer que a investigação sobre APS incorpora um conjunto de perspectivas de abordagem, que vão desde o estudo da natureza e dos determinantes dos problemas de saúde até os efeitos das práticas desenvolvidas no âmbito da APS, efeitos que dizem respeito aos problemas de saúde, mas, também, a esferas da vida e da qualidade de vida dos sujeitos, uma vez que ações de APS não estão exclusivamente focadas sobre a doen&c cedil;a, suas características e efeitos, mas, principalmente, sobre a saúde, em como promovê-la, na esfera individual e nas coletividades humanas. Podemos dizer, também, que, além das práticas assistenciais desenvolvidas no âmbito da APS, existem outras práticas relacionadas à gestão dos processos de trabalho das equipes de saúde que são necessárias para uma abordagem integral e integradora da APS, na perspectiva da reorientação dos modelos de atenção no SUS. Essas práticas também são objeto de investigação da APS, o que significa que a pesquisa em APS precisa, necessariamente, incluir diversas abordagens metodológicas e considerar as diferentes dimensões no estudo da APS. Definir que dimensões devem ser contempladas é uma exigência colocada por uma agenda de pesquisa em APS.  Finalmente, gostaríamos de considerar que promover a pesquisa em APS não é tarefa fácil e exige atuação em diversas frentes, não dependendo apenas de incentivos de natureza financeira, sendo a criação de nossa Rede de Pesquisa em APS uma importante iniciativa no alcance deste objetivo. Estudos têm discutido o papel das redes de pesquisa, favorecendo o intercambio de profissionais, como um mecanismo capaz de criar oportunidades de fomento à produção científica, apontados como um dos determinantes do interesse de profissionais de APS em participar de projetos de pesquisa . Identificar as potencialidades e transformá-las em possibilidades concretas exige um comportamento pró-ativo por parte de gestores, pesquisadores e profissionais de saúde que possuem algum nível de interesse e motivação na construç ão de uma agenda que seja produtiva para o SUS, na medida em que consiga se articular com problemas relevantes para o sistema de saúde, mas, ao mesmo tempo, seja antenada com o mundo e comprometida com o avanço do conhecimento científico, na medida em que não se restringe a questões meramente locais ou a problemas imediatos, mas que reflete sobre problemas da atualidade que são vivenciados como lacunas de conhecimento no mundo atual e no contexto das reformas dos sistemas de saúde em vários países.

Maria Guadalupe Medina e Rosana Aquino
Pesquisadoras do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia
Coordenadoras do Programa Integrado de Pesquisa e Cooperação Técnica em Formação e Avaliação da Atenção Básica (GRAB)

Humanização da Medicina

As novas disciplinas para formar um médico melhor

 



Estudantes de medicina ao redor do mundo estão aprendendo a escrever histórias sobre experiências vividas com os pacientes, como se fossem escritores. A atividade é um exercício típico de uma nova disciplina, a medicina narrativa, que já faz parte do currículo de escolas médicas como Columbia, Massachusetts e Nova York (EUA). A matéria se dissemina também por escolas do Reino Unido e será tema de um seminário na Argentina em junho. Ela é a opção encontrada por essas universidades para dar mais peso às ciências humanas no curso de medicina.
A nova prática se vale dos textos escritos pelos estudantes ou médicos formados e da discussão de filmes, livros e teatro relacionados à saúde. O propósito é oferecer um canal de expressão para compartilhar sentimentos e refletir sobre eles. “Ao reler o que foi escrito, é comum a pessoa fazer descobertas sobre o modo como vê o paciente e a sua situação”, disse à ISTOÉ Rita Charon, da Columbia University. Também Ph.D. em literatura, ela idealizou essa metodologia. “Às vezes, basta perguntar ao estudante como estava seu humor enquanto escrevia para dar a ele uma chave para rever aspectos da sua prática clínica”, diz Rita.
Desse modo, espera-se criar condições para que os profissionais da saúde tenham uma visão mais completa do paciente, levando em consideração características da sua vida, cultura e temperamento. “Queremos que os médicos da nova geração ouçam atentamente os pacientes e lidem com eles com sensibilidade”, diz Rita, que incorporou a medicina narrativa à sua prática. “Tomo notas sobre o paciente. Mas depois mostro a ele o que anotei e peço que me escreva de volta. Frequentemente isso revela aspectos do cuidado com o doente que eu não saberia de outra forma”, diz.
Na Brown University, a escrita reflexiva é obrigatória no primeiro e no segundo ano de curso. Na Columbia, ela permeia todo o curso. Aqui, a medicina narrativa ainda não está na pauta das universidades. “Estamos atrasados. Para se ter uma ideia, há escolas que nem sequer incluíram as aulas de bioética no currículo”, critica Cláudio Cohen, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “A medicina é também uma ciência humana. Se não dermos atenção a essa dimensão do ensino, continuaremos formando médicos como quem educa engenheiros”, diz Cohen.
Em compensação, há por aqui boas iniciativas em sintonia com o movimento de humanização do ensino de medicina. Uma delas é o programa Sorrir é Viver, criado na Faculdade de Medicina do ABC (SP). O projeto oferece aos estudantes oficinas de técnicas circenses e teatrais e promove rodas de leitura. “Ampliei minha com¬preensão do que significa a doença na vida de alguém e passei a entender melhor o que sentem os pacientes depois de visitá-los como palhaça”, explica a quartanista Gabriela Garcia, coordenadora do programa.
Semanalmente ela vai aos hospitais e unidades de saúde do Grande ABC na companhia de outros estudantes-palhaços. O mesmo projeto oferece oficinas para alunos que querem aprender a contar histórias para crianças internadas e criou um grupo de discussão de textos literários que envolvem questões de saúde e doença.
Convidar os estudantes para assistir a um bom filme e depois conversar sobre o sentido do que foi visto é a proposta do MedCine, programa criado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. No projeto, são realizadas sessões de cinema uma vez por mês, com debatedores convidados para analisar as ideias contidas nas películas selecionadas. O filme “O Enigma das Cartas”, de Michael Lessac, por exemplo, trouxe o debate sobre ao autismo. Já “Bicho de Sete Cabeças”, de Laís Bodansky, permitiu uma discussão sobre o atendimento psiquiátrico no País. “É uma forma de abordar questões do dia a dia dos estudantes da área da saúde sob diversas perspectivas”, diz o psiquiatra Marco Túlio Aquino, coordenador do programa.

Revalidação de diplomas estrangeiros de Medicina

REVALIDA 

A Portaria Interministerial MEC/MS 278/2011 de 17 de março de 2011 instituiu o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Ensino Superior Estrangeiras - REVALIDA e fez uma chamada às IES públicas nacionais para adesão ao projeto. 
Com a definição da relação de Universidades parceiras, a previsão é que seja publicado novo edital para revalidação de diplomas estrangeiros de Medicina.  
Na UEM, temos uma resolução de 2010 que suspende a revalidação de diplomas médicos por prazo indeterminado; diante desta tentativa de ordenamento do processo, devemos rediscutir a matéria e decidir se aderiremos ao Exame Nacional.

Roberto Zonato Esteves
Coordenador do Curso de Medicina / UEM
Administrador - Blog Educação Médica - UEM

domingo, 17 de abril de 2011

Prescrição Médica


Curso de medicina vai ensinar letra legível a alunos 
 
Acabar com a ilegível letra de médico e outras inadequações na prescrição de medicamentos - como doses excessivas ou que causem interação entre si - são os objetivos de um curso pioneiro criado na Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu. Agora, graças a uma parceria com o Ministério da Saúde, o conteúdo da disciplina estará disponível online a todos os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
A professora Thais Queluz conta que tinha duas metas quando criou o curso Seleção Racional de Medicamentos e Boas Práticas de Prescrição Médica e Odontológica, em 2003. A primeira era conscientizar os alunos de que a receita médica é um documento do paciente e, portanto, ele precisa entender o que está escrito nela. "Não pode ter abreviações, a letra tem de ser legível, a dosagem e a forma de administração devem estar claras", diz a professora.
O desafio maior, porém, é ensinar os estudantes a fazer uma escolha racional. "Mostramos como buscar evidências científicas que ajudem a selecionar a droga com base em quatro critérios: eficácia, segurança, facilidade de acesso e custo", diz Thais. Se há dois remédios semelhantes, afirma, deve-se optar pelo mais barato. Mas isso nem sempre acontece por causa do assédio da indústria farmacêutica, com seus brindes e amostras grátis.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), metade dos medicamentos que circulam no mundo foi prescrita, administrada ou vendida incorretamente.
Em 2010, o Ministério da Saúde ofereceu recursos para Thais desenvolver uma versão online do curso. O material foi entregue em dezembro e, nos próximos meses, estará disponível no portal da Universidade Aberta do SUS, ainda em fase de teste.

Fonte: O Estado de São Paulo

sábado, 16 de abril de 2011

Fixação de profissionais do SUS em áreas remotas

Seminário discute Provimento e Fixação 
de Profissionais em Áreas Remotas

Aconteceu em Brasília, nesta quarta e quinta-feira, 13 e 14 de abril, o Seminário Nacional sobre Escassez, Provimento e Fixação de Profissionais em Áreas Remotas e de Maior Vulnerabilidade. O evento foi uma realização do Ministério da Saúde em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
A discussão sobre escassez, provimento e fixação de profissionais da saúde em áreas remotas e de maior vulnerabilidade é uma temática mundial. Em 2009, países como China, México, EUA e Chile, entre outros, estiveram reunidos no Brasil para apresentar suas experiências.  Constatou-se que, independe do espectro financeiro do país, os problemas existem e as ações apresentadas esboçam uma combinação entre a educação e a relação da carreira profissional. O encontro evidenciou que nenhum país tem a solução definitiva para tal problema.
O debate mundial se intensificou e a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento, em 2010, com diretrizes que apoiam os países a incentivarem os trabalhadores da saúde a viverem e trabalharem em áreas remotas e rurais. No texto são apontadas as necessidades de ampliação do acesso a educação, melhores condições de trabalho e de vida para trabalhadores da saúde.
No Brasil, o Ministério da Saúde já implementa ações para diminuir o déficit de profissionais de saúde nessas regiões. O programa de incentivo à especialização médica, o Pró-Residência, deverá ser ampliado em duas mil vagas em 2011 e há previsão de abertura outras novas vagas até 2015 que atenderão as necessidades loco regionais. O Telessaúde Brasil, programa que oferece a segunda opinião formativa e auxilia na formação e capacitação dos profissionais do SUS, funciona atualmente em nove núcleos, em todas as regiões do país, também será ampliado ainda este ano.
O seminário pretendeu reafirmar o alinhamento das ações nacionais já implementadas com as diretrizes da OMS, apontar a ampliação das ações e da articulação entre os atores do processo para o enfrentamento do problema. O objetivo será avaliar e estruturar a proposição da política do país para o enfrentamento da escassez, provimento e fixação de profissionais do SUS em áreas remotas e de maior vulnerabilidade.
Participaram do seminário representantes dos Ministérios da Educação, Ciência e Tecnologia, Defesa, Trabalho e Casa Civil. Também estiveram presentes gestores do SUS nos âmbitos federal, estadual e municipal; instituições de ensino, pesquisadores, técnicos, entidades representativas dos trabalhadores e parlamentares com atuação na área de saúde.

* Nota atualizada a partir de Informe do Boletim da ABRASCO de 15/04/2011

Saúde Mental


Brasil comemora dez anos da reforma psiquiátrica com
avanços na assistência à saúde mental pelo SUS


No mês em que o Brasil comemora a primeira década da lei que formalizou a Reforma Psiquiátrica no país, o Ministério da Saúde apresenta avanços na assistência aos brasileiros com transtornos mentais e habilita mais 19 municípios no programa De Volta Para Casa. As ações previstas no programa estão inseridas em um conjunto de medidas integradas de atendimento, tratamento e amparo aos pacientes com este tipo de diagnóstico médico. A Portaria 769 que habilita os 19 municípios – localizados em cinco estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste – está publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14). O programa De Volta Para Casa foi criado pelo governo federal em 2003 e já beneficia mais de 3,7 mil brasileiros em 614 municípios, que devem solicitar adesão à medida. O programa consiste em um auxílio financeiro mensal (per capita) de R$ 320 para os pacientes que receberam alta hospitalar após um histórico de internação psiquiátrica. Só em 2010, o Ministério da Saúde – coordenador da Política Nacional de Saúde Mental, que é executada pelas secretarias municipais de saúde – investiu R$ 13,8 milhões no programa De Volta Para Casa. Confira, ao final do texto, a relação dos 19 municípios habilitados a receber o benefício.

A REFORMA – Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) avançou na assistência e no tratamento aos brasileiros com transtornos mentais. A reforma psiquiátrica, iniciada há cerca de vinte anos e formalizada pela Lei 10.216/01, impulsionou a construção de um modelo humanizado de atenção integral na rede pública de saúde, que mudou o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento aos pacientes. Consciente que este é o modelo mais adequado para o cuidado dos pacientes, o governo federal – coordenador das políticas nacionais de saúde – introduziu no SUS novas medidas complementares de tratamento aos brasileiros com transtornos mentais, inclusive a dependentes químicos, sem desconsiderar a assistência hospitalar para os casos em que o diagnóstico médico demanda tratamento medicamentoso e internação.

“As internações hospitalares devem, portanto, serem vistas dentro de uma concepção ampliada de atendimento, que vai desde a assistência primária (em unidades básicas de saúde ou por meio de equipes de Saúde Família) até o atendimento mais especializado nos Centros de Atenção Psicossocial”, afirma o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori.
OS AVANÇOS – Atualmente, a atenção especializada em saúde mental é oferecida no SUS por meio de 1.620 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) implementados em todos os estados. Essa quantidade de CAPS é quase quatro vezes maior que em 2002, quando o país contava com 424 Centros. “Os CAPS reforçam a rede integrada de atenção em saúde mental. São locais preparados para o cuidado e a reabilitação dos pacientes – inclusive, os dependentes de álcool e drogas – contribuindo para a reinserção desses brasileiros à sociedade”, explica Roberto Tykanori. As equipes que atuam nos Centros são formadas por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. Só nos CAPS, foram registrados, em 2010, 21 milhões de atendimentos ambulatoriais em saúde mental – 50 vezes maior que a quantidade deste tipo de assistência prestada em 2002 (423 mil procedimentos). Especificamente para crianças e adolescentes, os atendimentos nos CAPS infantis saltaram de 12,2 mil, em 2002, para 1,2 milhão, ano passado.
REDE DE ASSISTÊNCIA – Além dos CAPS, a rede de atenção integrada em saúde mental também conta com os atendimentos oferecidos por meio das Equipes de Saúde da Família (quase 32 mil equipes em todo o país), das Casas de Acolhimento Transitório (CATs), dos Consultórios de Rua e das Comunidades Terapêuticas. “A concepção de atendimento humanizado e em rede tem como foco o respeito aos direitos civis e à liberdade dos pacientes”, destaca Roberto Tykanori. “Este conceito representa uma mudança de postura, que privilegia o convívio com a família e a comunidade”, completa o coordenador nacional de Saúde Mental. Na rede hospitalar, estão disponíveis 32.735 leitos. A eles, somam-se outros cerca de dois mil leitos nos CAPS, nas CATs e nas Comunidades Terapêuticas. Todos eles recebem recursos financeiros do governo federal.
O gráfico abaixo demonstra que a assistência à saúde mental no SUS está afinada aos princípios da reforma psiquiátrica:
INVESTIMENTOS CRESCENTES – Além de inserir todas essas possibilidades de tratamento em saúde mental no SUS, o governo federal também aumentou em 31,85%, em 2009, o valor das diárias pagas por paciente internado. Além disso, foi criado, neste mesmo ano, um incentivo financeiro para internações curtas (de até 20 dias), cujos valores aumentaram até 20% – um impacto anual de R$ 170 milhões no orçamento do Ministério da Saúde. De 2002 a 2011, os recursos federais destinados à Política Nacional de Saúde Mental cresceram três vezes (quase 200%) – saltando de R$ 620 milhões para R$ 1,8 bilhão ao ano.

Novos municípios habilitados ao programa De Volta Para Casa:

UF
MUNICÍPIO
GO
Araçu
GO
Caldas Novas
GO
Caturaí
GO
Nerópolis
MG
Curvelo
MG
Rio Espera
RJ
Araruama
RJ
Silva Jardim
RS
Ajuricaba
RS
Alvorada
RS
Carlos Barbosa
RS
Guaíba
RS
Panambi
RS
São João da Urtiga
RS
São Leopoldo
RS
Augusto Pestana
RS
Catuípe
SP
Hortolândia
SP
Itápolis

Nota publicada no site do MS www.saude.gov.br

sábado, 9 de abril de 2011

Tecnologias Educacionais


Technologies to Watch


The six technologies featured in the 2011 Horizon Report are placed along three adoption horizons that indicate likely time frames for their entrance into mainstream use for teaching, learning, or creative inquiry. The near-term horizon assumes the likelihood of entry into the mainstream for institutions within the next twelve months; the mid-term horizon, within two to three years; and the far-term, within four to five years. It should be noted at the outset that the Horizon Report  is not a predictive tool. It is meant, rather, to highlight emerging technologies with considerable potential for our focus areas of teaching, learning, and creative inquiry. Each of the six is already the focus of attention at a number of innovative organizations around the world, and the work we showcase here reveals the promise of a wider impact.
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On the near-term horizon — that is, within the next 12 months — are electronic books and mobiles. Electronic books are moving closer to mainstream adoption for educational institutions, having appeared on the mid-term horizon last year. Mobiles reappear as well, remaining on the near-term horizon as they become increasingly popular throughout the
world as a primary means of accessing Internet resources. Resistance to the use of mobiles in the classroom continues to impede their adoption in many schools, but a growing number of institutions are finding ways to take advantage of a technology that nearly all students, faculty, and staff carry.

Electronic books continue to generate strong interest in the consumer sector and are increasingly available on campuses as well. Modern electronic readers support note-taking and research activities, and are beginning to augment these basic functions with new capabilities — from immersive experiences to support for social interaction — that are changing our perception of what it means to read.

Mobiles enable ubiquitous access to information, social networks, tools for learning and productivity, and much more. Mobile devices continue to evolve, but it is the increased access to affordable and reliable networks that is driving this technology now. Mobiles are capable computing devices in their own right — and they are increasingly a user’s first choice for Internet access.

The second adoption horizon considers technologies expected to gain widespread usage within two to three years, and this year’s candidates are augmented reality and game-based learning. Both intersect with practices in mainstream popular culture, both have been considered significant tools for education for many years, and both have made appearances on a number of campuses already. Advances in hardware and software, as well as in a broader acceptance of new methods in teaching, secured the place of these innovations as the top technologies for the mid-term horizon.

Augmented reality  refers to the layering of information over a view or representation of the normal world, offering users the ability to access place-based information in ways that are compellingly intuitive. Augmented reality brings a significant potential to supplement information delivered via computers, mobile devices, video, and even the printed book. Much simpler to create and use now than in the past, augmented reality feels at once fresh and new, yet an easy extension of existing expectations and practices.

Game-based learning has grown in recent years as research continues to demonstrate its effectiveness for learning for students of all ages. Games for education span the range from single-player or small-group card and board games all the way to massively multiplayer online games and alternate reality games. Those at the first end of the spectrum are easy to integrate with coursework, and in many institutions they are already an option; but the greatest potential of games for learning lies in their ability to foster collaboration, problem-solving, and procedural thinking. For a variety of reasons, the realization of this potential is still two to three years away.

Looking to the far-term horizon, four to five years from now for widespread adoption, are gesturebased computing and learning analytics. Both remain largely speculative and not yet in widespread usage on campuses, but both are also garnering significant interest and increasing exposure. Gesture-based computing moves the control of computers from a mouse and keyboard to the motions of the body via new input devices. Depicted in science fiction movies for years, gesture- based computing is now more grounded in reality thanks to the recent arrival of interface technologies such as Kinect, SixthSense, and Tamper, which make interactions with computational devices far more intuitive and embodied.

Learning analytics loosely joins a variety of data-gathering tools and analytic techniques to study student engagement, performance, and progress in practice, with the goal of using
what is learned to revise curricula, teaching, and assessment in real time. Building on the kinds of information generated by Google Analytics and other similar tools, learning analytics aims to mobilize the power of data-mining tools in the service of learning, and embracing the complexity, diversity, and abundance of information that dynamic learning environments can generate.

Each of these technologies is described in detail in the main body of the report, where a discussion of what the technology is and why it is relevant to teaching, learning, and creative inquiry may also be found. Given the practical focus of the report, a listing of examples of the technology in use, especially in higher education, is a key component of each of the six main topics. Our research indicates that all six of these technologies, taken together, will have a significant impact on learning-focused organizations within the next five years.

CCPEM

Caros leitores,
Como já divulgado, o VIII Congresso Catarinense e Paranaense de Educação Médica ocorrerá em Maringá nos dias 06 e 07 de Maio próximos. Neste ano, o tema central será "Formação de Recursos Humanos para a Atenção Primária à Saúde". Abaixo, encaminho o programa científico.
Aguardamos todos em Maringá para abrilhantar as discussões!

Roberto Z. Esteves
Presidente do VIII CCPEM
www.camem.uem.br/8ccpem/

Programação


06/05
08:00
Abertura dos trabalhos
08:30
Educação Médica baseada na comunidade

Márcia Sakai
(UEL/SESA)
Formação Preceptores
para a APS


Eliana C. Ribeiro
(INCA / OPAS)
Integração Ensino/Serviços



Eliana G. Cyrino
(UNESP)
09:00
09:30
10:00
10:30
Coffee Break 1
11:00
Conferência 1   Marco Aurélio Da Ros (UFSC)

14:00
EMBC
Formação Preceptores APS
Integração Ensino/Serviços
14:30
15:00
15:30
Coffee Break 2
16:00
Mesa-redonda  1
Formação de RH para a APS
Jadete Lampert  (ABEM)
Antonio Nardi  (CONASEMS )
Odete Correia A. de Oliveira (CES-PR)
16:30
17:00
17:30

20:00
Abertura Oficial
Conferência 2   - Milton de Arruda Martins (SGTES)
Coquetel

07/05
08:00



08:30
Ligas Acadêmicas


CAMEM (UEM)
Ensino Baseado em Competências

Valdes Bollela
(USP-RP)
Teste de Progresso


NAPISUL –II (ABEM – Sul II)
09:00
09:30
10:00
10:30
Coffee Break 1
11:00
Conferência 3   Roberto Jorge Freire Esteves (OPAS)

14:00
Mesa-redonda 2
Formação Interdisciplinar  em Saúde
João Campos  - UEL
MªJosé Scochi  - UEM
Maria do Horto Cartana - UFSC
14:30
15:00
15:30
Coffee Break 2
16:00
Plenária Final
Apresentação dos produtos das oficinas
Encerramento
16:30
17:00
17:30