IntroduçãoAlém dos resultados de exames objetivos, o sentimento geral de prontidão é importante para um processo bem-sucedido de transição do papel de estudante para o de um médico qualificado. Este estudo analisa a associação entre as deficiências auto-avaliadas em habilidades e conhecimentos médicos e o sentimento de prontidão de médicos iniciantes, de modo a determinar quais aspectos da educação médica devem ser abordados com mais detalhes, de modo a melhorar a qualidade desta fase de transição e aumentar a segurança do paciente.MétodoUm grupo de 637 médicos com até dois anos de experiência de trabalho clínico foi incluído nesta análise e perguntado sobre o sentimento geral a respeito de deficiências na prontidão, além de realizar uma auto-avaliação sobre conhecimento e habilidades clínicas. Três modelos de regressão logística foram utilizados para identificar habilidades médicas que predizem o sentimento de prontidão.ResultadosAo todo, cerca de 60% dos médicos participantes sentiram-se mal preparados para trabalhar após a graduação. A auto-avaliação sobre déficits na interpretação de ECG (aOR: 4,39; IC 95%: 2,012-9,578), tratamento e planejamento terapêutico (aOR: 3,42; IC 95%: 1,366-8,555), e intubação (aOR: 2,10; IC 95%: 1,092-4,049) apresentaram-se associados de forma independente com o sentimento geral de prontidão no modelo de regressão final.ConclusõesMuitos médicos iniciantes na Alemanha sentiram-se inadequadamente preparados para a profissão. Com relação ao conteúdo dos currículos médicos, nossos resultados mostram que uma maior ênfase na interpretação de ECG, tratamento e planejamento terapêutico e intubação é necessária para melhorar o sentimento de prontidão dos médicos formados.
|     Habilidade/conhecimento  |        n  |        %  |   
|     intubação  |        164  |        (25,7%)  |   
|     aconselhamento médico  |        123  |        (19,3%)  |   
|     ressuscitação cardiopulmonar  |        107  |        (16,8%)  |   
|     medicina social e de reabilitação  |        94  |        (14,8%)  |   
|     documentação e controle de qualidade  |        50  |        (7,8%)  |   
|     interpretação de ECG  |        32  |        (5,0%)  |   
|     tratamento e planejamento terapêutico  |        29  |        (4,6%)  |   
|     interpretação de raios X  |        22  |        (3,5%)  |   
|     higiene  |        18  |        (2,8 %)  |   
|     análise laboratorial  |        12  |        (1,9%)  |   
|     exame físico  |        10  |        (1,6 %)  |   
|     anamnese  |        7  |        (1,1 %)  |   
|     tratamento do paciente  |        6  |        (0,9 %)  |   
|     farmacoterapia  |        4  |        (0,6%)  |   
|     diagnóstico diferencial  |        2  |        (0,3%)  |   
2 comentários:
Excelente! Tófoli fez um resumo dos pontos-chave do artigo e deixa uma provocação aos leitores.
Quem tiver interesse em ler o artigo, temos um link para o .pdf na mensagem anterior "Avaliação de egressos".
Gostei bastante do artigo e do comentário. Acho que irei discutir isto com os monitores e colegas.
Postar um comentário