Brasil inicia programa de educação interprofissional com mais de 6.000 participantes
No dia 1º de abril de 2019, o Brasil iniciou o Programa de Educação
pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), como parte das ações para
implementar o plano de Educação Interprofissional em Saúde (EIP),
elaborado pelo Ministério da Saúde, Ministério da Educação, Conselho
Nacional de Saúde e universidades, em resposta ao chamado da Organização
Pan-Americana da Saúde (OPAS / OMS) no ano de 2016.
O PET-Saúde / Interprofissionalidade tem como objetivo utilizar a EIP
para promover mudanças nos cursos de graduação da área da saúde, para
implementar a integração ensino-serviço-comunidade com foco no sistema
de saúde e o desenvolvimento da docência em saúde.
O programa, que está em sua nona edição e tem duração de dois anos,
conta com 6.573 participantes, sendo 1.102 professores, 2.063
profissionais de saúde e 3.288 estudantes de diferentes carreiras da
área da saúde, os quais recebem bolsa mensal. 120 projetos elaborados
por secretarias de saúde e universidades de todas as regiões do país
foram contemplados para desenvolver atividades educacionais com foco na
EIP.
A maioria dos projetos aprovados já realizou eventos para marcar o início das atividades do programa.
O que é o PET-Saúde
O PET-Saúde é um programa instituído em 2008 pelos Ministérios da
Educação e da Saúde do Brasil que possibilita a aprendizagem em serviços
de saúde, por meio da formação de grupos tutoriais, envolvendo
estudantes, profissionais saúde, professores e usuários dos serviços de
saúde, a fim de promover processos educativos mais próximos da realidade
do trabalho em saúde.
Das edições anteriores do programa há evidências de que o PET-Saúde
constitui uma importante iniciativa para a implementação da EIP. No
entanto, é somente nesta edição que o tema da EIP aparece explicitamente
em todo o conjunto normativo do programa.
Prevê-se que, nos próximos dois anos, o PET-Saúde /
Interprofissionalidade garantirá a sustentabilidade da Educação
Interprofissional e da Prática Colaborativa no Brasil, uma vez que os
objetivos do programa buscam atuar em todos os níveis organizacionais,
alcançando desde políticas de saúde, diretrizes curriculares, projetos
pedagógicos, qualificação docente, apoio institucional, a mudanças nas
relações profissionais nos serviços de saúde e instituições formadoras,
com a expectativa de formar profissionais mais aptos para o trabalho
colaborativo e, consequentemente ofertar uma atenção em saúde de
qualidade.