terça-feira, 28 de maio de 2013

Ensino Técnico em Saúde no Haiti



Na formação de professores de ensino técnico de saúde no Haiti, a cooperação brasileira testa a sua maturidade 

 

Desde 2010, quando da assinatura do Memorando de Entendimento Brasil-Cuba-Haiti com vistas ao fortalecimento do sistema e dos serviços públicos de saúde e de vigilância epidemiológica no país, o Brasil atuou com os parceiros e o Ministério de Saúde de Haiti em varias iniciativas de cooperação pactuada e emancipadoras. Uma dela é a realização de cursos de Capacitação Pedagógica para Professores do Ensino Técnico em Saúde. Já foram realizados dois cursos, que prepararam 45 docentes. Agora, em sua terceira edição, o curso de 40 horas iniciado em 20 de maio e com término no dia 24, conta com 27 alunos, dos quais 11 serão imediatamente inseridos nos processos de formação de Agentes de Saúde Comunitária Polivalentes, Agentes de Vigilância Sanitária Polivalentes e Auxiliares de Enfermagem Polivalentes.

Os cursos, inicialmente planejados por uma equipe de gestores, técnicos e professores brasileiros especialistas em educação de adultos oriundos do Ministério da Saúde, de Escolas Técnicas de Saúde do SUS e de Universidades Federais, foram recontextualizados e estão sendo executados por professoras da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde de Blumenau/SC e da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina.

O planejamento dos cursos parte do reconhecimento das singularidades da vida social e política no Haiti e da compreensão das condições de vida, da cultura e da situação de saúde da população. A proposta educativa está pautada nos princípios da educação de adultos, na perspectiva do processo de trabalho em saúde e na contextualização das práticas como fontes de produção de conhecimentos significativos, o que requer aproximação entre as ações cotidianas do trabalho e as metodologias pedagógicas desenvolvidas.

Essa experiência, que não é apenas técnica e pedagógica, mas também de gestão de conhecimento, intercultural, de investigação social e linguística é um teste muito valioso para medir a maturidade adquirida pela cooperação brasileira nestes últimos anos. A maturidade da cooperação internacional brasileira é indispensável para sustentar as aspirações da politica externa de um papel influente na reforma da OMS, na tomada de decisões de saúde regionais e globais, que se concretizarão na construção da Agenda da Saúde Pós 2015 das Nações Unidas.

Nesse processo cabe, ainda, destacar a parceria da Organização Pan-Americana da Saúde do Brasil e do Haiti, que apoiam tecnicamente, tanto a elaboração das propostas quanto o desenvolvimento das ações, além de oferecerem apoio administrativo e logístico.

                                                     
                                                                                                                                       

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