quinta-feira, 24 de junho de 2010

Novo Flexner

Educating Physicians: A Call for Reform of Medical School and Residency

Molly Cooke, David M. Irby and Bridget C. O'Brien, was published by Jossey-Bass and was funded by The Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching and The Atlantic Philanthropies. 2010

Summary available online at: http://bit.ly/dvUQym

"The huge increases in medical knowledge, technology and specialization in recent decades have interacted with a now near-chaotic system of health care delivery, magnifying the challenges facing medical education," the authors write.
"There is a need to motivate continuous learning and improvement across the whole arc of medical training. Those who teach medical students and residents must choose whether to continue in the direction established over a hundred years ago or take a fundamentally different course, guided by contemporary innovation and new understanding about how people learn."

They write that a new vision is needed to drive medical education to the next level of excellence. "The future demands new approaches to shaping the minds, hands and hearts of physicians." And they call for a much-needed dialogue to strengthen medical education and ultimately, provide better patient care.
Fundamental change in medical education will require new curricula, new pedagogies and new forms of assessment. Among the authors' recommendations are:
·         To standardize learning outcomes and assess competencies over time. A focus on learning outcomes and milestones could end the time-based structure of medical school and residency.
·         To strengthen connections between formal and experiential knowledge across the continuum of medical education, specifically by incorporating more clinical experiences earlier in medical school and providing more opportunities for knowledge-building later in medical school and throughout residency.
·         To promote learners' ability to work collaboratively with other health professionals, such as medical assistants, nurses, pharmacists, physical therapists and social workers.
·         To support learners' responsibility for quality of care, team performance and their own learning while providing skilled supervision.
·         To make professional formation an explicit area of focus in medical education through strategies such as formal instruction in ethics and reflective practice, exploration of the role of the physician-citizen and establishment of more supportive learning environments.
·         To cultivate a spirit of inquiry and improvement in learners and in health care teams; this spirit supports both innovations in daily practice that translate into better service to patients, system improvements and improved patient outcomes as well as the development of larger research agendas, new discoveries, and knowledge building.
·         To be more intentional about our selection, development and support of teachers and medical educators.

The authors note that in order for medical schools to innovate, the funders, regulators and professional organizations that control and influence medical education must be actively engaged. New policies will be required.
The study's seven policy recommendations are that:
1.       The Association of American Medical Colleges (AAMC) and medical schools work together to revise pre-medical course requirements and admission processes, ensuring the diversity of those in medical schools.
2.       Accrediting, certifying, and licensing bodies together develop a coherent framework for the continuum of medical education and establish effective mechanisms to coordinate standards and resolve jurisdictional conflicts.
3.       CEOs of teaching hospitals and directors of residency programs align patient care and clinical education to improve both and develop educational programs that are consistent with practice requirements.
4.       Deans of medical schools and CEOs of teaching hospitals support the teaching mission of the faculty by providing financial support, mentoring, faculty development, recognition and academic advancement.
5.       Deans of medical schools and CEOs of teaching hospitals collaboratively make funding for medical education transparent, fair and aligned with the missions of both medical schools and teaching hospitals.
6.       AAMC, American Medical Association (AMA), Accreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME), medical specialty societies, and medical schools advocate for sustained private, federal and state funding commitments to support infrastructure, innovation and research in medical education. Medical education is a public good that should be supported by society.
7.       AAMC, AMA, ACGME, medical specialty societies, and medical schools collaborate on the development of a medical workforce policy for the United States. A variety of interventions addressing the cost of medical education, length of training, and practice viability ensure that the country has the mix of specialty and subspecialty physicians to meet the needs of the population.


domingo, 20 de junho de 2010

Tecnologias Educacionais

Desafio aos professores: aliar tecnologia e educação

Veja - 9 de junho de 2010
Por Nathalia Goulart
Guilherme Canela Godoi (Foto: Arquivo Pessoal)


Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. A avaliação é de Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço da ONU dedicado à ciência e à educação. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afeta docentes e estudantes. Na entrevista a seguir, Godoi comenta os desafios que professores, pais e nações terão pela frente para tirar proveito da combinação tecnologia e educação.
Qual a extensão do uso das novas tecnologias nas escolas brasileiras?Infelizmente, não existem dados confiáveis que permitam afirmar se as tecnologias são muito ou pouco utilizadas nas escolas brasileiras. Censos educacionais realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua disposição uma série de tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas não significa necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional.
Quais devem ser as políticas públicas para incentivar as tecnologias em sala de aula?Elas precisam ter um componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. Não basta usar os recursos tecnológicos para projetar em uma tela a equação "2 + 2 = 4". Você pode escrever isso no quadro negro, com giz. A questão é como ensinar a matemática de uma maneira que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não permitem. Por fim, é preciso preocupar-se com a avaliação dos resultados para saber se essas políticas de fato fazem a diferença.
As novas tecnologias já fazem parte da formação dos professores?Ainda é preciso avançar muito. Os dados disponíveis mostram que, infelizmente, ainda é muito incipiente a formação de professores com a perspectiva de criação de competências no uso das tecnologias na escola. Com relação à formação continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais que já estão em serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais concretos. Há uma série de programas disponíveis que oferecem recursos a eles.
Para os alunos, qual o impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?
As avaliações mais sólidas a esse respeito estão acontecendo no âmbito da União Europeia. Elas mostram que a introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm feito a diferença em alguma áreas, aumentando, por exemplo, o potencial comunicativo dos alunos.
As relações dentro da sala de aula mudam com a chegada da tecnologia?O que tem acontecido - e acho que isso é positivo, se bem aproveitado - é que a relação de poder professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.
É comum imaginar que em países com um alto nível educacional a integração das novas tecnologias aconteça mais rapidamente. Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde muitas vezes o professor tem uma formação deficitária, a incorporação seja mais lenta. Esse pensamento é correto?
Grandes questões sobre o assunto não se colocam apenas para países em desenvolvimento. É o caso, por exemplo, de discussões sobre como melhor usar a tecnologia e como treinar professores. O mundo todo discute esses temas, porque essas novas ferramentas convergentes são um fenômeno recente. Porém, também é correto pensar que nações onde as pessoas são mais conectadas e têm mais acesso a dispositivos devem adotar a tecnologia em sala de aula de modo mais amplo e produtivo. Outro fenômeno detectado no mundo todo é o chamado "gap geracional", ou seja, os professores não nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.
O senhor vê algum tipo de resistência nas escolas brasileiras à incorporação da tecnologia?
Não acredito que haja uma resistência no sentido de o professor acreditar que a tecnologia é maléfica, mas, sim, no sentido de que ele não sabe como utilizar as novidades. Não se trata de saber ou não usar um computador. Isso é o menor dos problemas. A questão em jogo é como usar equipamentos e recursos tecnológicos em benefício da educação, para fins pedagógicos. Esse é o pulo do gato.
Quais os passos para superar a formação deficitária dos professores?A Unesco sintetizou em livros seu material de apoio, chamado Padrões de Competências em Tecnologia da Informação e da Comunicação para Professores. Ali, dividimos o aprendizado em três grandes pilares. O primeiro é a alfabetização tecnológica, ou seja, ensinamos a usar as máquinas. O segundo é o aprofundamento do conhecimento. O terceiro pilar é chamado de criação do conhecimento. Ele se refere a uma situação em que as tecnologias estão tão incorporadas por professores e alunos que eles passam a produzir conhecimento a partir delas. É o caso das redes sociais. É importante lembrar que esse processo não é trivial, ele precisa estar inserido na lógica da formação do professor. Não se deve achar que a simples distribuição de equipamentos resolve o problema.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Millennial Generation

Faculty Development Tidbit 

The Millennial Generation: Up and Coming

Tidbits courtesy of your Office of Faculty Development with Steve Davis, Ph.D.; Robbin Kirkland, Ph.D.; and Olivia Sheehan, Ph.D.

Just beginning to enter the workplace, The Millennial Generation was born between 1977 and 1998. The 75 million members of this generation are being raised at the most child-centric time in our history. Perhaps it's because of the showers of attention and high expectations from parents that they display a great deal of self-confidence to the point of appearing cocky. As you might expect, this group is technically literate like no one else. Technology has always been part of their lives, whether it's computers and the Internet or cell phones and text pagers.
Millennials are typically team-oriented, banding together to date and socialize rather than pairing off. They work well in groups, preferring this to individual endeavors. They're good multitaskers, having juggled sports, school, and social interests as children so expect them to work hard. Millennials seem to expect structure in the workplace. They acknowledge and respect positions and titles, and want a relationship with their boss. This doesn't always mesh with Generation X's love of independence and hands-off style.
All Millennials have one thing in common: They are new to the professional workplace. Therefore, they are definitely in need of mentoring, no matter how smart and confident they are. And they'll respond well to the personal attention. Because they appreciate structure and stability, mentoring Millennials should be more formal, with set meetings and a more authoritative attitude on the mentor's part.
Provide lots of challenges but also provide the structure to back it up. This means breaking down goals into steps, as well as offering any necessary resources and information they'll need to meet the challenge. You might consider mentoring Millennials in groups, because they work so well in team situations. That way they can act as each other's resources or peer mentors. (http://www.abanet.org/lpm/lpt/articles/mgt08044.html

Find more tips at your OU-COM & CORE faculty development web resources: www.oucom.ohiou.edu/fd/programs.htm  or  www.ohiocore.org/cf/index.htm.  If you have a great strategy that seems to always work, please send it to me, and I’ll include it in a future Faculty Development Tidbit.  

domingo, 6 de junho de 2010

Sobre a origem da palavra 'Aluno'

Re-encaminho texto recebido do Prof. Francisco Arsego de Oliveira (UFRGS), de autoria de Cláudio Moreno e publicado no jormal Zero Hora em 05/06/2010.
Roberto Z. Esteves


O PRAZER DAS PALAVRAS | CLÁUDIO MORENO 

Aluno 

Quem conhece os doze trabalhos de Hércules deve lembrar o quanto penou nosso herói para matar a Hidra de Lerna, uma monstruosa serpente de sete cabeças, todas elas dotadas de presas venenosíssimas. Parecia uma tarefa impossível, pois para cada cabeça cortada brotavam outras duas, novinhas em folha – e estariam se multiplicando até hoje, infinitamente, se Hércules não tivesse a ideia de cauterizar os pescoços decepados com a chama de uma tocha (para mais detalhes, sugiro uma volta aos Os Doze Trabalhos de Hércules, na versão genial de Monteiro Lobato). É a esta mesmíssima Hidra, aliás, que estamos nos referindo quando chamamos uma tarefa difícil de “bicho-de-sete-cabeças”.

Sempre me lembro dela e de suas cabeças renováveis quando vejo renascerem velhos mitos linguísticos que há muito foram sepultados. Confesso que alguns deles são realmente duros de matar! Apesar de transpassados pela espada da razão e pela lança da ciência, não é que volta e meia eles reaparecem para assombrar os cristãos? Pois um leitor de Santa Maria acaba de enviar um apelo para que eu o ajude a enterrar – se possível, de forma definitiva – aquela já tão desacreditada versão de que a palavra aluno carregaria consigo um sentido pejorativo. Mas de novo? Depois de tudo o que se escreveu sobre isso, alguém ainda insiste em defender uma tão rematada tolice? Acho que posso imaginar o desânimo de Hércules, ao ver as hediondas cabeças renascerem..
A palavra aluno vem do Latim alumnus (até aí morreu Neves), da família do verbo alere (“criar, alimentar”). Designa a criança que ainda precisa ser nutrida e cuidada – inicialmente no sentido do alimento físico, passando mais tarde ao sentido do alimento do espírito. Circula por aí – principalmente nos meios pedagógicos, o que é, no mínimo, curioso – a interpretação macarrônica de que a palavra viria, na verdade, da junção do prefixo privativo a- (“que não tem”) com o substantivo lumen (“luz”; corresponde ao nosso lume). Isso a tornaria uma palavra politicamente incorreta, ao sugerir que o estudante seria alguém que vive na treva, à espera da iluminação do professor – o que, dizem algumas vozes modernosas, descreve uma relação desigual, de cima para baixo, quando, na verdade, o professor e o estudante deveriam idealmente manter uma relação de colaboração, funcionando à semelhança dos dois pauzinhos que, atritados um contra o outro, acabam produzindo fogo.
Como na Idade da Pedra.Parece que voltamos aos tempos de Isidoro de Sevilha, dicionarista da Idade Média, que era mestre em torcer o bracinho da etimologia até que ela confessasse o que ele desejava ouvir. Como teólogo (depois santificado), via na “origem” das palavras a evidência das Escrituras; por exemplo, para ele, a morte (em Latim, mors) vem de morsus (“mordida”), pois o homem só passou a ser mortal depois da primeira mordida que o pai Adão deu na maçã... No caso de aluno, nota-se o mesmo desrespeito à realidade linguística para fins ideológicos. Não vou discutir aqui a concepção pedagógica que está por trás dessa interpretação forçada, com a qual não concordo, mas vou me ater exclusivamente à etimologia do termo. Já falamos nisso aqui nesta coluna: o prefixo privativo a- é do Grego (acéfalo, analfabeto etc), enquanto lumen é do Latim. É verdade que palavras modernas – amoral, televisão – podem ser formadas pela união de elementos de línguas diferentes, mas este não é o caso; em alumnus, vocábulo latino muito antigo, não existe prefixo algum, muito menos grego. 
Para tentar pôr um fim a essa lengalenga, recomendo a leitura urgente de um valiosíssimo livrinho que todo pedagogo deveria incluir entre suas obras de referência: trata-se de um “dicionário etimológico para ensinar e aprender”, intitulado Oculto nas Palavras, de Luis Castello e Claudia Mársico, professores de Letras Clássicas da Universidade de Buenos Aires (traduzido aqui pela Editora Autêntica, de Belo Horizonte, em 2007). Ali encontrarão, bem explicada e fundamentada, a etimologia de uma centena e meia de palavras pertinentes ao ensino e à educação (como educar, orientar, adolescente, discípulo, tutor, mestre etc). Tenho certeza de que os verbetes, que são muito completos e muito bem escritos, serão de grande utilidade para os estudiosos e pesquisadores da área, principalmente por colocarem uma pedra sobre o tão pernicioso “achismo” de nosso mundo acadêmico. A respeito de aluno, por exemplo, os autores começam dizendo, com serenidade e firmeza: “O termo foi, curiosamente, objeto de uma explicação etimológica disparatada (...). Aluno seria ‘o que não possui luz’, ‘o que está no escuro’, e que, portanto, busca ‘iluminar-se’ mediante o estudo. Essa explicação, decerto, não resiste à menor analise histórica ou linguística”. E por aí eles vão. (Continua)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Revalidação de diplomas médicos estrangeiros

Projeto-piloto avaliará 502 candidatos à revalidação do diploma médico obtido no exterior
Fonte: Agência Saúde

O novo exame para revalidar diplomas de medicina obtidos no exterior, lançado pelos Ministérios da Saúde e Educação, em 2009, teve 502 candidatos inscritos. Participam do projeto-piloto candidatos de 24 países diferentes, das Américas, Ásia e Europa. Desse total, 237 candidatos estudaram na Bolívia, 154 em Cuba e 24 no Peru. Por lei, o médico que não for graduado em uma universidade de medicina brasileira precisa ter seu diploma revalidado para atuar no país.
"O objetivo do projeto-piloto é oportunizar a habilitação desses médicos para atuarem no Brasil, por meio de um exame que irá avaliar qualitativamente a formação desse candidato", afirma o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Francisco Campos. A Universidade Federal do Ceará (UFC) foi a que recebeu o maior número de inscritos (99), seguida da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com 52 e da Universidade Federal do Acre (UFAC), com 48 inscritos. As universidades da região Nordeste receberam 164 inscrições e a região Centro-Oeste, 116. Na região Norte, somaram-se 91 inscritos; na região Sul, 80; e na região Sudeste, 58. No país existem cerca de 181 cursos de medicina, entre universidades públicas e privadas. No total, inscreveram-se 628 candidatos, porém 502 participantes apresentaram os requisitos necessários para participar do piloto. A portaria nº 150 com a lista dos nomes dos candidatos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 26 de maio. Participam do projeto piloto candidatos brasileiros e estrangeiros, sendo que a única exigência diferente feita aos estrangeiros é fluência em língua portuguesa.
O projeto é para todos que estudaram medicina no exterior e querem submeter-se à revalidação do seu diploma no Brasil. A melhora dos processos tem o objetivo de garantir uma avaliação mais justa e efetiva dos candidatos. Ao todo, participam 24 universidades públicas em todo o país.
Até o momento, quem queria revalidar o diploma obtido no exterior procurava uma universidade pública e enfrentava distintos procedimentos de análise de documentos ou avaliação. Uma tramitação que pode se estender por até seis anos. Com o novo formato, o interessado pode se inscrever no processo de avaliação, apresentando a documentação necessária. Até o final desse primeiro semestre serão realizadas as provas, e o candidato que for aprovado nas duas etapas obterá a revalidação de seu diploma pela universidade em que se inscreveu.

PROJETO-PILOTO - Esse novo processo de revalidação dos diplomas é uma iniciativa dos Ministérios da Saúde e Educação. A coordenação do exame ficará sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), do Ministério da Educação, que também divulgará o calendário e locais das etapas de avaliação. A primeira prova será escrita e a segunda, de habilidades clínicas. Os candidatos podem consultar os assuntos que serão cobrados no exame na Matriz de Correspondência Curricular. Os candidatos com inscrição homologada seguiram as condições estabelecidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais: ter concluído o curso de medicina em universidades cujas graduações fossem reconhecidas pelo órgão competente em seus respectivos países. Além disso, os cursos concluídos no exterior precisavam ter carga horária mínima de 7,2 mil horas, período mínimo de duração do curso de seis anos e estágio prático/internato correspondendo a 35% da carga horária total do curso.
A participação no projeto é facultativa, tanto para as universidades quanto para os candidatos à revalidação dos diplomas. Esse projeto piloto não anula o mecanismo atual de revalidação de diplomas, que é feito por diversas universidades públicas do país.

Uma carreira de Estado para os médicos



Fórum define carreira de Estado para médicos 
Fonte: CFM

A criação de uma carreira de Estado para o médico se tornou uma bandeira prioritária para o Conselho Federal de Medicina (CFM) e as outras entidades médicas nacionais – Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Para avançar solidamente no debate que deverá levar à implementação da proposta, acontece, em 8 de junho, um encontro com representantes de vários setores da sociedade.
Nomes importantes do Judiciário, do Ministério Público, da Câmara e do Senado já confirmaram presença no I Fórum sobre Carreira de Estado para Médicos.
Das discussões, podem sair sugestões que ajudarão a delinear de forma mais clara aspectos importantes para a proposta, como a forma de acesso, os critérios de seleção, as modalidades de progressão, entre outros.
No entanto, um consenso já existe: a criação da carreira de estado para o médico dá golpe único em dois problemas graves que afligem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em primeiro lugar, contribui para a oferta de uma assistência de qualidade à população ao assegurar a presença do médico em áreas de difícil provimento vinculado a uma estrutura que permite o exercício da boa medicina.
De acordo com o 2º vice-presidente do CFM e coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Aloísio Tibiriçá Miranda, com essa proposta fica assegurada infra-estrutura de trabalho (instalações e equipamentos) e uma rede integrada, capaz de absorver os casos de maior gravidade.

SERVIÇO:
Fórum das Entidades Médicas sobre Carreira de Estado
Data: 08 de junho de 2010
Horário: A partir das 8h30
Local: Auditório do Conselho Federal de Medicina – Brasília-DF
Promoção: Comissão Pró-Sus – CFM/AMB/FENAM

PROGRAMAÇÃO:
08h30 – Credenciamento
9h – Abertura
Roberto Luiz d Avila – Presidente do CFM
Paulo Argollo – Presidente da Fenam
José Luiz Gomes do Amaral – Presidente da AMB
9h30 às 11h – Mesa Redonda: A Saúde, o Médico e a Carreira de Estado
9h30 – Aspectos Conceituais e Jurídicos da Carreira de Estado para o Médico
Ministro José Augusto Delgado – Ministro aposentado do STJ 10h – A Saúde e o Estado Brasileiro
Aragon Dasso Jr. – Universidade do Estado do Rio Grande do Sul
10h30– Recursos Humanos, Carreira de Estado e Modalidades de Gestão no SUS Roberto Passos - Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES
11h às 12h – Debates com os palestrantes
12h às 13h - Intervalo
13h às 15h - Mesa Redonda e debates com representantes das Entidades Médicas
15h - Encerramento