quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Doentes Imaginários




Faculdades de medicina e hospitais recorrem às artes cênicas para melhorar a qualidade da relação médico-paciente



Foto: Manoel Marques
Naiara Magalhães - VEJA 2132 - 30/09/2009

Ronaldo Martins, de 4 anos, tem um tumor cerebral. Em tratamento num hospital de ponta, vem apresentando melhoras animadoras. A mãe, Maria Helena, aguarda ansiosa o resultado de uma tomografia. O menino está numa das salas do centro de diagnóstico, sob efeito de anestesia geral – necessária para que a criança fique absolutamente imóvel durante os dez minutos previstos para durar o exame. Terminado o procedimento, ao contrário das previsões iniciais, o médico não tem boas notícias.
– Dona Maria Helena, eu sou o doutor Rodrigo, médico que aplicou a anestesia no seu filho. Sentado numa cadeira em frente à mãe, ele continua, de forma cuidadosa, mas sem rodeios:
– Eu e os meus colegas seguimos as melhores condutas médicas, mas infelizmente seu filho teve uma reação inesperada à anestesia e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Embora tenhamos feito todo o possível para salvá-lo, ele faleceu.
A mãe entra em choque:
– Como assim "faleceu"? Ele já tinha feito esse exame outras vezes, sem nenhum problema. No momento mais tenso da conversa, Maria Helena diz:
– O senhor está me dizendo que errou e, por causa disso, o meu filho está morto. E tudo o que o senhor tem a me dizer é "sinto muito"?
A cena vivida pelo anestesista Rodrigo de Angelis, de 34 anos, não é real. Faz parte de um treinamento realizado no Centro de Simulação Realística do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O papel da mãe é desempenhado pela atriz Maria Teresa Cordeiro. O objetivo desse teatro é treinar os médicos para enfrentar situações tão delicadas quanto frequentes. "A maioria das faculdades não prepara os médicos para falar com pacientes e familiares", diz Angelis. "É muito mais difícil lidar com o desespero e a indignação de uma mãe que perdeu o filho do que passar por testes técnicos, como aplicar uma anestesia ou realizar as manobras de ressuscitação."
O treinamento médico mediante a simulação de situações que podem ocorrer em centros cirúrgicos, salas de emergência e leitos de terapia intensiva surgiu nos Estados Unidos nos anos 90. O objetivo era aprimorar habilidades técnicas, adestrar os profissionais para a tomada rápida de decisões e afinar o trabalho em equipe. De uma década para cá, no entanto, as simulações incorporaram cenas que visam a suprir uma das maiores carências entre os médicos: a dificuldade de comunicação. As dramatizações servem para que aprendam a transmitir notícias difíceis e também adquiram a capacidade de conquistar a confiança dos doentes e de criar empatia com eles. Os médicos, por exemplo, são ensinados a não desviar os olhos do paciente enquanto falam com ele (existe algo mais irritante do que médico que faz perorações enquanto olha para a tela do computador?). "A partir do século XIX, com o avanço nos conhecimentos científicos e o aumento do tecnicismo, recursos básicos como escutar, observar e confortar o doente foram se perdendo", diz Roberto Padilha, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Acredita-se que um médico que preserve tais cuidados, além de muito mais agradável, pode ser mais certeiro em seus diagnósticos.
Algumas faculdades de medicina no Brasil oferecem aulas sobre a relação médico-paciente, como ocorre na Universidade Federal de São Carlos e na Universidade de São Paulo. O modo como o médico se comunica com o paciente é tão valorizado hoje em dia que entrou para o processo seletivo de hospitais brasileiros. Há três anos, a avaliação para a residência no Hospital Sírio-Libanês incorporou à prova prática testes teatrais para aferir o desempenho dos candidatos em situações que exigem comportamentos mais cuidadosos. As simulações respondem por 40% da nota final.
No século XVII, o dramaturgo francês Molière (1622-1673) usava o palco para criticar a precariedade da ciência de seu tempo e condenar, em especial, o comportamento dos médicos, marcado pelo charlatanismo, descaso e frieza. Em O Doente Imaginário, uma de suas peças mais encenadas, os médicos são bufões que só pensam em dinheiro. Talvez fosse interessante – e instrutivo – incluir a leitura de Molière nas simulações que ensinam os médicos a ouvir, consolar e olhar nos olhos de seus pacientes.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aplicação do conhecimento em Bioquímica


Erros que ensinam

Fábio de Castro - Agência FAPESP





Os erros cometidos por jornais, revistas e sites sobre ciência e saúde podem ser de grande utilidade para avaliar os conhecimentos de estudantes de medicina e nutrição, de acordo com uma nova proposta pedagógica desenvolvida e aplicada em aula por um professor da Universidade de Brasília (UnB).
O método de avaliação, criado por Marcelo Hermes-Lima, professor do Departamento de Biologia Celular da UnB e utilizado na disciplina Bioquímica e Biofísica, foi descrito em um artigo que será publicado em breve na revista Biochemistry and Molecular Biology Education.
De acordo com Hermes-Lima, nas provas, os alunos de graduação devem responder se determinadas informações veiculadas em diferentes mídias são verdadeiras ou falsas, com base em seus conhecimentos de bioquímica metabólica, clínica e nutricional. O método é utilizado neste formato desde 2006.
“A capacidade para reconhecer os erros pode exigir um bom conhecimento na área biomédica. Para isso, utilizamos textos com informações corretas e erradas retiradas de veículos teoricamente confiáveis, mas que eventualmente contêm erros de diferentes magnitudes”, disse Hermes-Lima à Agência FAPESP.
Segundo o professor, monitores de graduação que são alunos de uma disciplina avançada de bioquímica participam ativamente da elaboração das provas. “O alto grau de envolvimento desses estudantes, quando se lançam a uma revisão crítica dos conteúdos da mídia, é um dos aspectos mais interessantes da experiência”, disse o professor. Julia Martins Oliveira e Diego Martins Mesquita – alunos de Medicina da UnB e ex-monitores de bioquímica – são coautores do artigo.
Além de descrever o método, o artigo reporta a reação de 258 estudantes em relação às provas. “Os resultados mostram que 71% deles acharam as provas difíceis. Os que consideraram as provas de boa qualidade foram 87%. E 94% acharam que o uso de questões extraídas da mídia é relevante para a avaliação do aprendizado”, disse.
A média de notas dos alunos nas provas aplicadas entre 2006 e 2008 foi de 5,85 (com 10 de nota máxima). Segundo Hermes-Lima, o baixo desempenho é possivelmente decorrente do fato que os alunos não estão familiarizados com provas que não enfatizam a memorização e os processos bioquímicos. “Infelizmente, no ensino universitário brasileiro, os estudantes ainda são impelidos a decorar”, ponderou.
Para classificar os tipos de questões feitas nas provas, o estudo utilizou a escala de Bloom, uma escala cognitiva empregada em pedagogia. “Um dos objetivos do uso de artigos publicados pela mídia nas provas foi enfatizar o nível 3 da escala, que corresponde à aplicação do conhecimento – enquanto o nível 1, por exemplo, corresponde à ênfase na memorização. Concluímos que um terço das questões das nossas provas estão no nível 3 da escala”, disse.
Hermes-Lima explica que, ao selecionar as imprecisões veiculadas em diferentes mídias para utilização nas provas, sua equipe evitou incluir os erros mais grosseiros. “Utilizamos equívocos de diferentes níveis, mas escolhemos erros normais de quem faz jornalismo científico na pressa das redações. Descartamos os absurdos completos”, disse.
As provas podem incluir, por exemplo, matérias corretas publicadas por revistas de entretenimento e conteúdos errados veiculados por colunistas consagrados.
“Fazemos isso como uma desmistificação, para mostrar que o erro e o acerto podem estar em qualquer lugar. Achamos que os estudantes terão que lidar com forte influência da mídia na maneira como seus futuros pacientes percebem questões de saúde. Como os erros e simplificações exageradas são comuns, temos que preparar os futuros profissionais para identificá-los”, disse.
O artigo What’s on the news? The use of media texts in exams of clinical biochemistry for medical and nutrition students, de Marcelo Hermes-Lima e outros, pode ser lido por assinantes da Biochemistry and Molecular Biology Education em
www3.interscience.wiley.com.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FAIMER 2010

A pedido do Prof. Henry Campos (UFC), estou reproduzindo a carta-convite a novas candidaturas ao FAIMER.


Caríssimos(as),

Está criada mais uma oportunidade para fortalecimento da comunidade de educadores nas profissões da saúde.
Gostaria de pedir um corpo a corpo de vocês na divulgacão de nossas inscricões (turma 2010), abertas até 15 de outubro.

Como sabem, para maior potencializacão das acões/programas desenvolvidadas pela SGTES-MS, o acesso foi ampliado a docentes de todos os cursos da área de saúde, mantendo-se como focos principais da selecão: trajetória educacional e potencial de lideranca do candidato, relevância e caráter institucional do projeto no âmbito da escla e articulacão do mesmo com iniciativas da SGTES-MS: Pró-Saúde, PET-Saúde, Telessaúde, UNASUS, Residências em Saúde da Família e Multiprofissional, etc.. Um amplo espectro, portanto.

A divulgacão está nos seguintes locais:
1)página do DEGES
http://189.28.128.100/portal/saude/profissional/area.cfmid_area=1261
ver em DESTAQUES.
2) página da ABEM: www.abem-educmed.org.br , ver em NOTÍCIAS
3) página do FNEPAS: http://www.fnepas.org.br, ver em NOTÍCIAS RECENTES

Aqueles que julgarem importante colocar o link diretamente nas páginas de suas instituicões, por favor solicitem as instrucões que teremos prazer em envia-las

Vamos à luta na divulgacão?

Grande e fraterno abraco,

Henry Campos e Eliana Amaral

sábado, 19 de setembro de 2009

Integralidade na formação médica

O Prof. Juan Carlos Morales Ruiz, decano da Faculdade de Medicina de Bogotá (Colômbia) , assina o artigo "Formación integral y profesionalismo médico: una propuesta de trabajo en el aula", publicado no número de junho/2009 da revista 'Educacion Médica'.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Percepção de stress entre estudantes de Medicina

A comparison of course-related stressors in undergraduate problem-based learning (PBL) versus non-PBL medical programmes

Alexander D Lewis , Darryl A Braganza Menezes , Helen E McDermott , Louise J Hibbert , Sarah-Louise Brennan , Elizabeth E Ross and Lisa A Jones
BMC Medical Education 2009, 9:60 doi:10.1186/1472-6920-9-60

Published: 13 September 2009

Abstract (provisional)

Background

Medical students report high levels of stress related to their medical training as well as to other personal and financial factors. The aim of this study is to investigate whether there are differences in course-related stressors reported by medical students on undergraduate problem-based learning (PBL) and non-PBL programmes in the UK.

Method
A cross-sectional study of second-year medical students in two UK medical schools (one PBL and one non-PBL programme) was conducted. A 16-question self-report questionnaire, derived from the Perceived Medical Student Stress Scale and the Higher Education Stress Inventory, was used to measure course-related stressors. Following univariate analysis of each stressor between groups, multivariate logistic regression was used to determine which stressors were the best predictors of each course type, while controlling for socio-demographic differences between the groups.
Results
A total of 280 students responded. Compared to the non-PBL students (N=197), the PBL students (N=83) were significantly more likely to agree that: they did not know what the faculty expected of them (Odds Ratio (OR)=0.38, p=0.03); there were too many small group sessions facilitated only by students resulting in an unclear curriculum (OR=0.04, p<0.0001); and that there was a lack of opportunity to explore academic subjects of interest (OR=0.40, p=0.02). They were significantly more likely to disagree that: there was a lack of encouragement from teachers (OR=3.11, p=0.02); and that the medical course fostered a sense of anonymity and feelings of isolation amongst students (OR=3.42, p=0.008).
Conclusions
There are significant differences in the perceived course-related stressors affecting medical students on PBL and non-PBL programmes. Course designers and student support services should therefore tailor their work to minimise, or help students cope with, the specific stressors on each course type to ensure optimum learning and wellbeing among our future doctors.

Para acessar a versão provisória deste trabalho na íntegra, clique aqui.

Interiorização dos profissionais de saúde

Where do students in the health professions want to work?

Deborah Schofield , Susan Fletcher , Jeffery Fuller , Hudson Birden and Sue Page
Human Resources for Health 2009, 7:74 doi:10.1186/1478-4491-7-74

Published: 18 August 2009

Abstract (provisional)

Background
Rural and remote areas of Australia are facing serious health workforce shortages. While a number of schemes have been developed to improve recruitment to and retention of the rural health workforce, they will be effective only if appropriately targeted. This study examines the factors that most encourage students attending rural clinical placements to work in rural Australia, and the regions they prefer.
Methods
The Careers in Rural Health Tracking Survey was used to examine the factors that most influence medical, nursing and allied health students' preference for practice locations and the locations preferred.

Results
Students showed a preference for working in large urban centres within one year, but would consider moving to a more rural location later in life. Only 10% of students surveyed said they would never work in a rural community with a population of less than 10 000. Almost half the sample (45%) reported wanting to work overseas within five years. The type of work available in rural areas was found to be the factor most likely to encourage students to practice rurally, followed by career opportunities and challenge
Conclusions
The decision to practise rurally is the result of a complex interaction between a number of factors including ethnicity, discipline, age and sex, among others. Incentives that aim to entice all students to rural practice while considering only one of these variables are likely to be inadequate.
Para ler a versão provisória deste trabalho na íntegra, clique aqui.

domingo, 13 de setembro de 2009

Estudar Medicina no exterior

Com algumas exceções, os brasileiros cursando Medicina no exterior, principalmente na América Latina, buscam viabilizar seu sonho de carreira fugindo das dificuldades do nosso modelo (imperfeito) de seleção por vestibular e das altas mensalidades cobradas pelas instituições privadas.

Veja matéria divulgada pela TV Globo em Março/2008 sobre brasileiros atraídos para a Argentina pela possibilidade de cursar Medicina sem vestibular e com mensalidades mais baixas.

Atualmente temos milhares de brasileiros cursando Medicina no exterior e precisamos respeitar o desejo da maioria deles de exercer a profissão quando do retorno ao Brasil. Mas, da mesma forma que lutamos para que ninguém receba um grau de médico conferido pelas IES brasileiras sem merecê-lo, é fundamental que a população brasileira tenha a segurança de que só os bons médicos formados no exterior terão seus diplomas revalidados.
A questão da revalidação de diplomas estrangeiros de Medicina encontra-se num momento de normatização, onde buscamos uniformizar critérios de avaliação, taxas, calendários. Hoje poucas instituições estão revalidando diplomas estrangeiros e cada uma faz do seu jeito. É de interesse de todos - população brasileira, Escolas Médicas e, principalmente, dos que aguardam a sua oportunidade de regularizar a sua situação como médicos - que esta situação seja rapidamente resolvida e que possamos ter regras claras que pautem o processo de revalidação.
Neste momento, extremamente preocupante é o Projeto de Lei do Senado (PLS) 400/07, de autoria do então senador Wilson Matos (suplente do senador Alvaro Dias / PR) que estende o direito de revalidar diplomas estrangeiros às universidades e centros universitários privados. Esperamos que a matéria seja objeto de muito estudo nas comissões pertinentes para que o interesse público sempre prevaleça.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Escolha de especialidade médica no Canadá

Whether or Wither some Specialties: a survey of Canadian medical student career interest

Ian M Scott , Bruce J Wright , Fraser R Brenneis and Margot C Gowans

BMC Medical Education 2009, 9:57doi:10.1186/1472-6920-9-57


Published: 4 September 2009

Abstract (provisional)

Background

Given the looming shortage of physicians in Canada, we wished to determine how closely the career preference of students entering Canadian medical schools was aligned with the current physician mix in Canada.

Methods

Career choice information was collected from a survey of 2,896 Canadian medical students upon their entry to medical school. The distribution of career choices of survey respondents was compared to the current physician speciality mix in Canada.

Results

We show that there is a clear mismatch between student career choice at medical school entry and the current specialty mix of physicians in Canada. This mismatch is greatest in Urban Family Medicine with far fewer students interested in this career at medical school entry compared to the current proportion of practicing physicians. There are also fewer students interested in Psychiatry than the current proportion of practicing physicians.

Conclusion

This mismatch between the student interest and the current proportion of practicing physicians in the various specialities in Canada is particularly disturbing in the face of the current sub-optimal distribution of physicians. If nothing is done to correct this mismatch of student interest in certain specialities, shortages and misdistributions of physicians will be further amplified. Studies such as this can give a window into the future health human resources challenges for a nation.


Para ler a versão preliminar na íntegra, clique aqui.

sábado, 5 de setembro de 2009

Erros na prescrição hospitalar

Revista de Saúde Pública

ROSA, Mário Borges et al. Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos. Rev. Saúde Pública [online]. 2009, vol.43, n.3, pp. 490-498. Epub 17-Abr-2009. ISSN 0034-8910. doi: 10.1590/S0034-89102009005000028.

OBJETIVO

Os erros de medicação são atualmente um problema mundial de saúde pública, sendo os mais sérios os de prescrição. O objetivo do estudo foi analisar a prática da prescrição de medicamentos de alto risco e sua relação com a prevalência de erros de medicação em ambiente hospitalar.

MÉTODOS

Estudo transversal retrospectivo abrangendo 4.026 prescrições com medicamentos potencialmente perigosos. Durante 30 dias de 2001, foram analisadas todas as prescrições recebidas na farmácia de um hospital de referência de Minas Gerais. As prescrições foram analisadas quanto a: legibilidade, nome do paciente, tipo de prescrição, data, caligrafia ou grafia, identificação do prescritor, análise do medicamento e uso de abreviaturas. Os erros de prescrição foram classificados como de redação ou decisão, sendo avaliada a influência do tipo de prescrição na ocorrência de erros.

RESULTADOS

Houve predomínio da prescrição escrita à mão (45,7%). Em 47,0% das prescrições escritas à mão, mistas e pré-digitadas ocorreram erros no nome do paciente, em 33,7% houve dificuldades na identificação do prescritor e 19,3% estavam pouco legíveis ou ilegíveis. No total de 7.148 medicamentos de alto risco prescritos, foram observados 3.177 erros, sendo mais freqüente a omissão de informação (86,5%). Os erros se concentraram principalmente nos medicamentos heparina, fentanil e midazolam; e os setores de tratamento intensivo e a neurologia apresentaram maior número de erros por prescrição. Observou-se o uso intensivo e sem padronização de abreviaturas. Quando computados todos os tipos de erros, verificou-se 3,3 por prescrição. A prescrição pré-digitada apresentou menor chance de erros do que as mistas ou escritas à mão.

CONCLUSÕES

Os resultados sugerem a necessidade da padronização no processo de prescrição e a eliminação daquelas feitas à mão. O uso de prescrições pré-digitadas ou editadas poderá diminuir os erros relacionados aos medicamentos potencialmente perigosos.

Palavras-chave : Erros de Medicação; Prescrição de Medicamentos; Medicamentos com Prescrição; Medicamentos de Controle Especial; Estudos Transversais.

Para acessar o artigo na íntegra, clique aqui.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

H1N1 Flu Resource Centre

Página sobre H1N1 no site do "The Lancet" , onde os leitores podem ter acesso a vários artigos sobre o tema.

http://www.thelancet.com/H1N1-flu

Numa época de muita desinformação e boatos, vale divulgar uma fonte confiável.

* Esta é uma contribuição do Dr. Alberto Tibúrcio, infectologista e mestre pela UFF.