Conselhos de Medicina iniciam debates em torno do futuro da Saúde e da Medicina
O primeiro dia do II Congresso Brasileiro de Políticas Médicas,
realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com o apoio do
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), foi
pontuado por ampla explanação sobre a avaliação do ensino médico. Entre as propostas em debate estão a criação do chamado exame de fim do curso
aplicado aos egressos das escolas médicas e o teste de progresso, que
seria aplicado ao longo do processo de formação dos futuros
profissionais abrangendo estudantes, professores e instituições.
O objetivo da mesa e dos debates foi atingido: estimular a discussão sobre a fragilidade da formação acadêmica e a viabilidade de implantação de propostas que mensurem o grau de capacitação dos futuros médicos. O professor da Maastricht University (Holanda), Carlos Fernando Collares, foi o convidado que abriu as discussões, ao apresentar em detalhes como são aplicados os testes de progresso em escolas de medicina fora do Brasil.
A partir do questionamento inicial de como se deve medir a competência de um médico, Collares registrou os pontos positivos e negativos da aplicação da prova aos formandos. O conferencista defendeu avaliações durante a formação acadêmica, de forma continuada, de maneira a evitar o que chamou de “mera memorização”. Entre os pontos frágeis do processo foram apontados o risco da seleção inadequada das questões e a fadiga causada com o tempo longo das provas. “A vida profissional do médico não deve começar após a conclusão do curso, mas sim desde o primeiro dia de aula”, afirmou Collares.
Na sequência dessa exposição, a mesa principal foi ocupada dois outros expositores: o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, e a presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Janete Barbosa Lampert. As reflexões levantadas passaram pelas questões da qualidade de ensino e falta de vagas. para residência. Atualmente, são 197 cursos de medicina em todo o país. Somente no estado de São Paulo, sete novas escolas médicas foram abertas nos últimos nove meses; sendo apenas uma detentora de hospital-escola.
O presidente do CFM, Roberto Luiz d Avila, encerrou a etapa das apresentações, a qual seguiu um debate com a participação dos presentes sobre a importância da avaliação dos cursos e o melhor modelo a ser empregado. A preocupação comum é colaborar para que os futuros médicos tenham uma melhor formação, o que deve beneficiar a população com um atendimento de maior qualidade. “Como se aplicar uma avaliação para milhares de jovens médicos? Quem assumirá esta tarefa?”, questionou Roberto d Ávila.
Na solenidade de abertura, a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, deu tom dos debates que marcaram o primeiro dia e devem se estender até o encerramento do Congresso, na próxima sexta-feira (14). “Durante o encontro, poderemos nos debruçar sobre questões políticas. As pesquisas mostram que a maior preocupação da população é a saúde, o que nos traz maior responsabilidade”.
Até o encerramento das atividades, a plenária poderá, em conjunto, avaliar e montar estratégias relacionadas à Saúde e à Medicina. Temas como reprodução assistida, interação dos conselhos com o Congresso, o financiamento da saúde e processos éticos-profissionais serão colocados em foco, em busca do aperfeiçoamento do atual modelo de assistência e do exercício profissional do médico.
Fonte:
CFM
O objetivo da mesa e dos debates foi atingido: estimular a discussão sobre a fragilidade da formação acadêmica e a viabilidade de implantação de propostas que mensurem o grau de capacitação dos futuros médicos. O professor da Maastricht University (Holanda), Carlos Fernando Collares, foi o convidado que abriu as discussões, ao apresentar em detalhes como são aplicados os testes de progresso em escolas de medicina fora do Brasil.
A partir do questionamento inicial de como se deve medir a competência de um médico, Collares registrou os pontos positivos e negativos da aplicação da prova aos formandos. O conferencista defendeu avaliações durante a formação acadêmica, de forma continuada, de maneira a evitar o que chamou de “mera memorização”. Entre os pontos frágeis do processo foram apontados o risco da seleção inadequada das questões e a fadiga causada com o tempo longo das provas. “A vida profissional do médico não deve começar após a conclusão do curso, mas sim desde o primeiro dia de aula”, afirmou Collares.
Na sequência dessa exposição, a mesa principal foi ocupada dois outros expositores: o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, e a presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Janete Barbosa Lampert. As reflexões levantadas passaram pelas questões da qualidade de ensino e falta de vagas. para residência. Atualmente, são 197 cursos de medicina em todo o país. Somente no estado de São Paulo, sete novas escolas médicas foram abertas nos últimos nove meses; sendo apenas uma detentora de hospital-escola.
O presidente do CFM, Roberto Luiz d Avila, encerrou a etapa das apresentações, a qual seguiu um debate com a participação dos presentes sobre a importância da avaliação dos cursos e o melhor modelo a ser empregado. A preocupação comum é colaborar para que os futuros médicos tenham uma melhor formação, o que deve beneficiar a população com um atendimento de maior qualidade. “Como se aplicar uma avaliação para milhares de jovens médicos? Quem assumirá esta tarefa?”, questionou Roberto d Ávila.
Na solenidade de abertura, a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, deu tom dos debates que marcaram o primeiro dia e devem se estender até o encerramento do Congresso, na próxima sexta-feira (14). “Durante o encontro, poderemos nos debruçar sobre questões políticas. As pesquisas mostram que a maior preocupação da população é a saúde, o que nos traz maior responsabilidade”.
Até o encerramento das atividades, a plenária poderá, em conjunto, avaliar e montar estratégias relacionadas à Saúde e à Medicina. Temas como reprodução assistida, interação dos conselhos com o Congresso, o financiamento da saúde e processos éticos-profissionais serão colocados em foco, em busca do aperfeiçoamento do atual modelo de assistência e do exercício profissional do médico.
Fonte:
CFM
Um comentário:
Rumos da saúde pública em debate no segundo dia do II Congresso de Políticas Médicas
A Saúde Pública no Brasil foi o tema que vigorou no segundo dia do II Congresso de Políticas Médicas, que acontece no Rio de Janeiro, e termina nesta sexta-feira (14). Participam representantes do Conselho Federal e dos 27 Conselhos Regionais de Medicina. No período, eles debatem o futuro da medicina em âmbito nacional. As perspectivas e os rumos dos modelos de gestão da saúde, assim como a formação dos médicos e ingresso nas residências médicas foram os assuntos que permearam as discussões do dia.
A palestra da professora Ligia Bahia abordou os problemas do subfinanciamento da saúde, dos leitos indisponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e do déficit da tabela de remuneração da saúde suplementar. Para a conferencista, a alegada falta de médicos no Brasil tem relação com as concentração dos profissionais em determinadas áreas e segmentos. “Faltam médicos na rede pública, mas não na rede privada. O SUS ficou no meio do caminho porque não há aportes necessários para a ampliação e melhora do sistema”, alegou.
Na sequência, a mesa “Rumos de Assistência Médica do Brasil”, contou com os seguintes palestrantes: conselheiro Mauro Luiz de Britto Ribeiro (CFM); Henry de Holanda Campos, vice-reitor da Universidade Federal do Ceará; e Aloísio Tibiriçá (vice-presidente do CFM e conselheiro do Cremerj). Na coordenação estavam Márcia Rosa de Araújo (presidente do Conselho Regional do Rio de Janeiro) e Gerson Zafalon Martins (2º secretário do CFM).
CFM
Postar um comentário