Apenas 6% das vagas do Mais Médicos são preenchidas
Balanço do Ministério da Saúde apontou nesta terça-feira que apenas 6% das vagas abertas no progama Mais Médicos foram preenchidas, com 938 profissionais. O percentual é parecido com o número de brasileiros que concluíram a inscrição considerando que a primeira etapa recebeu 16.500 cadastrados.
Os dados apontam ainda que apenas 11,5% dos municípios que se inscreveram no programa receberão profissionais brasileiros. No total, 3.511 cidades solicitaram o envio de médicos, mas apenas 404 os receberão, além de 16 distritos indígenas.
Essas cidades são, em sua maioria, no Nordeste, que teve 203 cidades (50,2% do total) atendidas. Em seguida vêm o Sudeste com 77 municípios (19%), o Sul (53 cidades, ou 13,11%), o Norte (49 municípios ou 12,1%) e o Centro-Oeste (22 municípios ou 5,44% do total). Esse número pode crescer, visto que os médicos com registros no exterior inscritos no programa (1.920) ainda não indicaram as cidades de sua preferência, o que acontecerá entre 10 e 12 de agosto.
Diante do baixo número de médicos que serão enviados de fato para os municípios, o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Antonio Nardi, saudou a importação de médicos estrangeiros e atacou as associações do setor, que se opõem ao Mais Médicos.
“Se o mercado nacional não é capaz de atender, que se abra sim, que venham os médicos estrangeiros”, disse Nardi. Logo em seguida, ele completou: “que não aconteça o que o corporativismo dessas instituições está querendo incidir, mudando o foco das respostas que a população está pedindo”.
Além do baixo número de municípios que receberão médicos, 2.028 dos 3.511 não receberam qualquer indicação de interesse. Desses, 782 faziam parte do grupo de 1.557 municípios considerados prioritários por causa da carência de médicos.
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