quinta-feira, 31 de maio de 2012

Medicina Baseada em Evidências

Portal Saúde Baseada em Evidências
 
Profissionais da saúde poderão acessar conteúdo científico por meio do portal Saúde Baseada em Evidências http://periodicos.saude.gov.br/), lançado na terça-feira (29/05).
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, estão disponíveis para consulta mais de 31 mil periódicos completos e mais de 200 mil trabalhos acadêmicos digitalizados, entre dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Cerca de R$ 10 milhões foram utilizados na criação do portal e na compra do acervo digital de sete bancos de dados (Rebrats, Embase, ProQuest Hospital Collection, Atheneu Livros Virtuais, Micromedex, Dynamed e Best Practice, British Medical Journal).
Segundo o ministro, a concepção do portal foi feita por uma comissão de cientistas e de especialistas, que determinou quais os periódicos que interessam ao profissional na ponta, de forma que o atendimento e o tratamento em saúde sejam melhorados.
Além da Capes, a iniciativa envolve o Ministério da Saúde e da Educação e a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Ética médica


Julgamento Simulado mostra como detalhes fazem a diferença na prática da ética na Medicina

Na noite de 11 de maio 120 estudantes da Faculdade Evangélica, Universidade Positivo e Universidade Federal presenciaram a simulação de um julgamento na sede do Conselho de Medicina, em Curitiba. Dois acadêmicos tiveram uma participação ainda mais emocionante, representaram o denunciante e o denunciado.
Mauren Carlonar, que está no primeiro período de Medicina, representou a denunciante, uma mãe fator Rh (-) que estava impedida de ter mais filhos porque não recebeu vacina após dar a luz a um bebê com Rh (+). “Vivenciar o caso foi muito real. Estávamos ao lado dos advogados, como em um julgamento de verdade. Com certeza essa experiência vai influenciar na minha visão durante o curso e também na minha prática do dia a dia quando me formar”, conta Mauren.
Ainda, a estudante ressalta a importância dos estudantes serem alertados pelo Conselho ao fato de que pequenas faltas de atenção podem gerar problemas e danos profundos ao paciente, além de consequências graves ao médico, como até mesmo a cassação. “Os alunos não tem muito conhecimento das questões éticas no início do curso. Participar do julgamento é fundamental para compreendermos o que nos espera na aplicação da ética na prática”.
O médico denunciado foi representado pelo estudante Vitor Yuto Mori Ota, que está no quinto período. “Teve momentos em que fiquei muito nervoso, o coração começou a bater forte. Deu pra sentir a tensão. Senti-me muito mal na situação de um médico acusado. Não é fácil aceitar que cometemos uma falha que gerou consequências para o paciente”, explica. Depois da experiência, o acadêmico disse que passou a pensar mais ainda no paciente. “Agora tento me colocar ainda mais no lugar do paciente para saber o que realmente ele está sentindo”.
Pela primeira vez o julgamento simulado foi transmitido pela internet. O médico Jefferson Huyer Klippel acompanhou e recomenda a participação online. “Se não fosse a transmissão não poderia acompanhar o evento, que é interessante para o conhecimento de todos os médicos”.
Confira o cronograma dos próximos eventos do Projeto de Educação Médica Continuada do CRM-PR.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Ética Médica


SOBRE A EXPOSIÇÃO DE PACIENTES NA MÍDIA: FOTOS, VÍDEOS, ETC.

Helvécio Neves Feitosa – CREMEC 3754
Coordenador da Comissão de Ética Médica do NAMI/UNIFOR


A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (CODAME) do CREMEC vem tendo um trabalho de crescimento exponencial com relação à publicidade médica em desacordo com o que preconiza a Ética Médica, em particular a Resolução N° 1.974/2011 (que atualizou e revogou a Resolução N° 1.701/03), instrumento normativo que estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o s ensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria, e o próprio Código de Ética Médica (CEM), no capítulo que disciplina a publicidade médica (Capítulo XIII, artigos 111 a 118) e em outros dispositivos do mesmo elenco de normas.

As infrações mais frequentes são fotos de pacientes postadas na Internet, vídeos de procedimentos em sites como o Youtube e congêneres, anúncios profissionais na mídia eletrônica, falada e escrita em desobediência aos ditames da Ética Médica, em geral de conteúdo autopromocional e sensacionalista. Os colegas que assim procedem têm sido frequentemente chamados ao Conselho para orientação e assinatura de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), numa abordagem inicial de caráter pedagógico. A persistência da irregularidade e/ou a gravidade do desvio cometido, têm ensejado à abertura de Sindicâncias, frequentemente seguidas da instalação de PEP (Processo Ético-Prof issional).

O Art. 3º da Resolução N° 1.974/2011 estabelece ser vedado ao médico: (...) g) Expor a figura de seu paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento, ainda que com autorização expressa do mesmo, ressalvado o disposto no art. 10 desta resolução. O artigo 10 da dita Resolução estabelece que: Nos trabalhos e eventos científicos em que a exposição de figura de paciente for imprescindível, o médico deverá obter prévia autorização expressa do mesmo ou de seu representante legal.

O CEM estabelece, no Capítulo IX, que trata do Sigilo Profissional, ser vedado ao médicoArt. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em gera l, mesmo com autorização do paciente(grifo nosso).

Para médicos no exercício da docência, convém observar a vedação estabelecida no Art. 110: Praticar a Medicina, no exercício da docência, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, sem zelar por sua dignidade e privacidade ou discriminando aqueles que negarem o consentimento solicitado(grifos nossos).

Há vários aspectos a serem considerados no Art. 110 do CEM. O primeiro deles é a validade do consentimento, nomeadamente ao se cotejar as condições de saúde, culturais e socioeconômicas de quem está consentindo. Aí entra a importância da compreensão do que seja o conceito de vulnerabilidade, que de acordo com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde (a qual estabelece as Diretrizes e Normas Reguladoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humano), refere-se a estado de pessoas ou grupos, que por quaisquer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminação reduzida, sobretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido. Portanto, previamente à obtenção do TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) devemos nos questionar: será que um paciente atendido no SUS, em situação de emergência (ou não), está preenchendo as condições de exercício da autonomia plena (ou autodeterminação), a tornar um TCLE eticamente válido?  O mesmo instrumento normativo orienta-nos sobre o conceito de incapacidade: Refere-se ao possível sujeito da pesquisa que não tenha capacidade civil para dar o seu consentimento livre e esclarecido, devendo ser assistido ou representado, de acordo com a legislaçã o brasileira vigente e nos alerta que: A eticidade da pesquisa implica em: a) consentimento livre e esclarecido dos indivíduos-alvo e a proteção a grupos vulneráveis e aos legalmente incapazes ( autonomia). Neste sentido, a pesquisa envolvendo seres humanos deverá sempre tratá-lo em sua dignidade, respeitá-lo em sua autonomia e defendê-lo em sua vulnerabilidade (...).

Outro aspecto relevante a ser considerado é o entendimento do conceito de dignidade, termo mais bem definido na esfera da Filosofia, como sendo um valor moral e espiritual inerente à pessoa, a todo ser humano, sendo que o princípio da dignidade da pessoa humana constitui-se num dos princípios máximos do Estado Democrático de Direito. De fato, a nossa atual Carta Magna, em seu Art. 1º, ao instituir que a República Federativa do Brasil se constitui em Estado Democrático de Direito, estabelece em seu inciso III a dignidade da pessoa hu mana como um dos seus fundamentos. 

Na esfera filosófica, a sua formulação clássica foi estabelecida por Immanuel Kant, na obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”, ao defender que as pessoas deveriam ser tratadas como um fim em si mesmas, e não como um meio (objetos), o que se extrai da formulação do seguinte princípio: “No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por uma equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade”. Em suma, a dignidade da pessoa humana é a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, simplesmente por pertencer à espécie Homo sapiens.

Expor imagens de pacientes (por meio de fotos, vídeos, etc.), com ou sem consentimento livre (???) e esclarecido é ferir a sua dignidade, com implicações éticas e legais. De fato, na vertente legal, a Constituição Federal estabelece em seu Art. 5º, inciso X: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”(...).

A Comissão de Ética Médica do NAMI/UNIFOR tem como uma de suas atribuições, exercer função pedagógica no sentido de alertar os colegas com relação às implicações éticas e legais de exposição de pacientes no exercício da docência, em anúncios, redes sociais, publicações, eventos científicos e outros.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Avaliação

AEA365 | A Tip-a-Day by and for Evaluators

 

‘Grit’ as a Measure of Academic Success

Shelly Engelman & Tom McKlin

The primary objective of many programs that we evaluate is to empower a broad range of elementary, middle and high school students to learn STEM content and reasoning skills. Many of our programs theorize that increasing exposure to and content knowledge in STEM will translate into more diverse students persisting through the education pipeline. Our evaluation questions often probe the affective (e.g. emotions, interests) and cognitive aspects (e.g. intelligence, abilities) of learning and achievement; however, the conative (volition, initiative, perseverance) side of academic success has been largely ignored in educational assessment. While interest and content knowledge do contribute to achieving goals, psychologists have recently found that Grit—defined as perseverance and passion for long-term goals— is potentially the most important predictor of success. In fact, research indicates that the correlation between grit and achievement was twice as large as the correlation between IQ and achievement.
Lessons Learned: Studies investigating grit have found that “gritty” students:
  • Earn higher GPAs in college, even after controlling for SAT scores,
  • Obtain more education over their lifetimes, even after controlling for SES and IQ,
  • Outperform other Scripps National Spelling Bee contests, and
  • Withstand the first grueling year as cadets at West Point.
Even among educators, research suggests that teachers who demonstrate grit are more effective at producing higher academic gains in students.
Rad Resouce Articles:
 Hot Tip: Grit may be assessed with an 8-item scale Grit Scale that has been developed and validated by Duckworth and colleagues (2009).
Future Consideration:  The major takeaway from studies on Grit is that conative skills like Grit often have little to do with the traditional ways of measuring achievement (via timed content knowledge assessments) but explain a larger share of individual variation when it comes to achievement over a lifetime. As we design evaluation plans for programs hoping to improve achievement and transition students through higher education, we may consider measuring the degree to which these programs are impacting the volitional components of goal-oriented motivation. Recently, two schools have developed programs to foster grit in students. Read their stories below:



Related posts:
  1. Debra Thrower on Working with Low-income Families
  2. Larry Bohannon on Self-Assessment
  3. LGBT Week: Jason Taylor on the Educational Context for LGBT Youth
  4. Jack Mills on Project Requirements
  5. Leland Lockhart on Cross Classified Random Effects Models in Evaluation

 

Segurança do Paciente


Um Novo olhar sobre a medicina: Segurança do paciente

Um dos maiores desafios que a saúde enfrenta nos dias de hoje não é a obtenção de novas tecnologias, equipamentos e tratamentos inovadores, mas sim o de fornecer cuidados de saúde mais seguros.

Todos os anos, centenas de milhares de pacientes em todo o mundo sofrem algum dano, infecção ou mesmo morrem por ação direta do serviço de saúde.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que os incidentes que ameaçam a segurança do paciente ocorrem de 4 a 16% de todos os pacientes hospitalizados. A carga é duas vezes mais alta nos países em desenvolvimento se comparados com os países desenvolvidos.
Os efeitos adversos poderiam ser reduzidos enormemente se os profissionais de saúde sejam médicos, enfermeiros, auxiliares ou qualquer pessoa que trabalhe em um hospital se preocupassem com o simples fato de lavar as mãos.
 
A Organização Mundial da Saúde tem desempenhado um papel fundamental e agregador para a sensibilização sobre a segurança do paciente através de diversas iniciativas.
Em 2011, a OMS nomeou o Professor Sir Liam Donaldson como o enviado da OMS para a segurança do paciente. Neste papel, Sir Liam vai ajudar a OMS a promover a segurança do paciente como uma das prioridades da saúde pública global.

Com sua influência, espera-se que ele mobilize líderes políticos e doadores em todo o mundo para enfrentarem e traçarem metas para reduzir este problema.


No continente Africano, a possibilidade de um paciente adquirir uma infecção hospitalar é 20 vezes maior do que em países desenvolvidos.


Para enfrentar este problema, em 2009 foi criada a
Parceria Africana para a Segurança do Paciente (APPS) com o objetivo de juntar um hospital do Reino Unido e um hospital da África em uma colaboração e troca de experiências para que juntos possam discutir o assunto e aprender um com o outro.
Esta parceria envolve atualmente 14 países africanos sendo Moçambique o único dos países de língua portuguesa a participar com o Hospital Central de Beira e o Hospital de Ipswich em Suffolk Inglaterra.

A Rede ePORTUGUÊSe tem colaborado com a tradução de materiais e documentos que serão depois disponibilizados para todos.


O objetivo é que esta parceria possa ser estendida aos outros países.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Assembléia Mundial da Saúde


21 a 25 de maio - Assembleia Mundial da Saúde


Começa hoje a 65ª Assembleia Mundial da Saúde onde os delegados dos 194 Estados Membros irão discutir os problemas de saúde pública globais, os objetivos do desenvolvimento do milênio, as doenças não transmissíveis, a cobertura universal da saúde, distúrbios mentais, nutrição, gravidez na adolescência, erradicação da poliomielite, pesquisa e desenvolvimento, regulamento sanitário internacional e a reforma da OMS.

A rede ePORTUGUÊSe promoverá uma reunião presidida pelo Ministro da Saúde de Angola, Dr. José Van Dúnem na terça-feira, dia 22 de maio para discutir e estreitar a colaboração entre os oito países de língua portuguesa.

sábado, 19 de maio de 2012

Currículo na Escola Médica


Problems and Issues in Implementing Innovative Curriculum in the Developing countries: the Pakistani experience.

Syeda Kauser Ali and Lubna A Baig

BMC Medical Education 2012, 12:31 doi:10.1186/1472-6920-12-31
 

Abstract (provisional)

Background

The Government of Pakistan identified 4 medical Colleges for introduction of COME, one from each province. Curriculum was prepared by the faculty of these colleges and launched in 2001 and despite concerted efforts could not be implemented. The purpose of this research was to identify the reasons for delay in implementation of the COME curriculum and to assess the understanding of the stakeholders about COME.

Methods

Mixed methods study design was used for data collection. In-depth interviews, mail-in survey questionnaire, and focus group discussions were held with the representatives of federal and provincial governments, Principals of medical colleges, faculty and students of the designated colleges. Rigor was ensured through independent coding and triangulation of data.

Results

The reasons for delay in implementation differed amongst the policy makers and faculty and included thematic issues at the institutional, programmatic and curricular level. Majority (92% of the faculty) felt that COME curriculum couldn't be implemented without adequate infrastructure. The administrators were willing to provide financial assistance, political support and better coordination and felt that COME could improve the overall health system of the country whereas the faculty did not agree to it.

Conclusion

The paper discusses the reasons of delay based on findings and identifies the strategies for curriculum change in established institutions. The key issues identified in our study included frequent transfer of faculty of the designated colleges and perceived lack of: continuation at the policy making level; communication between the stakeholders; and effective leadership.


Para acessar uma versão provisória deste artigo,  clique aqui.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ética em Pesquisa


Boas Práticas
 14/02/2012
© Daniel Bueno
Um documento em prol da ética

Para tentar melhorar o comprometimento dos pesquisadores da área médica com as boas práticas em ciência, o grupo que representa as instituições de ensino superior do Reino Unido, Universidades do Reino Unido (UUK), prepara um documento sobre a integridade da pesquisa. O objetivo é promover a integridade da investigação e deixar claro as responsabilidades das instituições, organismos de fomento e pesquisadores, além de fornecer exemplos de boas práticas. O documento está sendo feito junto com as agências de financiamento e deverá ficar pronto em abril.

A preocupação cresceu depois de um levantamento do periódico inglês British Medical Journal (BMJ), divulgado em janeiro durante um congresso em Londres, mostrar que a comunidade científica britânica tem sido falha ao lidar com a má conduta em pesquisa médica. O BMJ entrevistou 2.782 médicos e acadêmicos e constatou que 13% deles demonstraram conhecer casos de alteração ou fabricação de dados feita de forma deliberada por pesquisadores. Outros 6% afirmaram saber de má conduta ocorrida em suas instituições que não havia sido devidamente investigada.

De acordo com a revista Nature, os participantes do encontro pediram ações mais enérgicas.“É o reconhecimento de que temos um problema”, disse Fiona Godlee, editora chefe do BMJ. A questão não é nova para os britânicos. No ano passado, um comitê de ciência e tecnologia do Parlamento inglês já havia concluído que a “integridade da pesquisa no Reino Unido é insatisfatória”. E em 2000 a Lancet – outra importante revista de ciências médicas – criticava os erros de conduta e lamentava por nada estar sendo feito.

O comunicado final do congresso recomendou um reforço nos mecanismos que deveriam assegurar a boa conduta em pesquisa. No Reino Unido não 
há um organismo oficial nacional que lide com problemas éticos em pesquisa com poderes legais ou regulatórios. O mais próximo disso é o UK Integrity Research Office, organização privada que fornece consultoria e orientação sobre questões relativas à integridade da pesquisa. É mantida por órgãos governamentais, agências de fomento, universidades e instituições privadas envolvidas com a pesquisa.

Universidade pede anulação de artigos
A Universidade de Connecticut (UConn), nos Estados Unidos, notificou em janeiro 11 periódicos científicos que publicaram estudos sobre vinho tinto e longevidade pedindo a anulação de artigos já veiculados. O acusado é Dipak Das, cientista indiano que era diretor do Centro de Pesquisa Cardiovascular do Centro de Saúde da universidade. “Temos a responsabilidade de corrigir os registros científicos 
e informar pesquisadores de todo o país”, disse Philip Austin, vice-presidente para assuntos de saúde da instituição. Verbas federais no montante de US$ 890 mil 
para as pesquisas de Dipak Das foram recusadas pela UConn.

A investigação sobre o trabalho do cientista indiano começou em 2009 depois que o Office of Research Integrity – órgão federal de fiscalização de integridade de pesquisas em saúde – avisou a UConn sobre uma denúncia envolvendo um artigo publicado pelo laboratório de Das. Os problemas referem-se mais especificamente à manipulação de experimentos com os testes chamados western blots, que indicam a presença e quantidade de determinadas proteínas no sangue. Já a relação entre vinho e benefícios à saúde é objeto de estudo em todo o mundo, com resultados variados.

A investigação da UConn produziu um relatório de 60 mil páginas sobre 145 acusações de falsificação de informações publicadas em 23 artigos. Outros pesquisadores que trabalharam com Das poderão ser acusados de má conduta. Ele nega as acusações, diz que cientistas de outras instituições chegaram às mesmas conclusões que ele e reclama de discriminação por ser indiano. Além da investigação da UConn, o Office of Research Integrity abriu uma apuração própria sobre o caso.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Revalidação de Diplomas Estrangeiros

Por ter acompanhado pessoalmente o Revalida e confiar neste processo de construção coletiva  de uma forma justa de avaliação dos candidatos à revalidação, uso este espaço para divulgar a mensagem abaixo. Neste processo participaram  experts em Educação Médica indicados pelo Governo e pelas IES participantes e a seleção foi  supervisionada pela sociedade. 

Como em outras ocasiões em que esta questão foi tratada neste blog, a minha postura como administrador é de completo respeito à diversidade de opiniões; comentários favoráveis e desfavoráveis serão igualmente publicados, desde que de acordo com o respeito aos outros.  

Petição Pública Logotipo

Abaixo-assinado Manutenção Integral do Revalida

Para:Presidenta da República Federativa do Brasil

Olá estimados médicos, universitários, cidadãos que um dia irão necessitar de atendimento médico. Este abaixo assinado vem defender a manutenção dos atuais critérios para revalidação de diplomas estrangeiros de medicina, ou seja, a manutenção do "Revalida" na sua integra. Atualmente para que um estudante formado no exterior possa exercer a medicina no Brasil ele precisa se submeter e ser aprovado no Revalida, criado pela Portaria Interministerial n. 278, de 17 de março de 2011, demonstrando assim ter os conhecimentos teóricos e práticos mínimos para atuação profissional digna e segura. Infelizmente e alicerçado em interesses políticos, existe uma intenção do governo federal em alterar os critérios de avaliação, facilitando assim a entrada no Brasil de profissionais despreparados, que não foram submetidos a vestibulares e outros processos de avaliação, cursaram medicina em universidades onde os critérios de aprendizado e avaliação são totalmente desconhecidos, a carga horária é infinitamente inferior e sem preparo para atender às particularidades da saúde brasileira. Esse fato significaria a total degradação da saúde em nosso país e colocaria em risco a população!

Os signatários

domingo, 6 de maio de 2012

Desenvolvimento docente

BMC Medical Education

 

Peer observation of teaching as a faculty development tool

Peter B Sullivan, Alexandra Buckle, Gregg Nicky and Sarah H Atkinson

BMC Medical Education 2012, 12:26      doi:10.1186/1472-6920-12-26
Published: 4 May 2012

 

Abstract (provisional)

Background

Peer observation of Teaching involves observers providing descriptive feedback to their peers on learning and teaching practice as a means to improve quality of teaching. This study employed and assessed peer observation as a constructive, developmental process for members of a Pediatric Teaching Faculty.

Method

S This study describes how peer observation was implemented as part of a teaching faculty development program and how it was perceived by teachers. The PoT process was divided into 4 stages: pre-observation meeting, observation, post-observation feedback and reflection. Particular care was taken to ensure that teachers understood that the observation and feedback was a developmental and not an evaluative process. Twenty teachers had their teaching peer observed by trained Faculty members and gave an e-mail 'sound-bite' of their perceptions of the process. Teaching activities included lectures, problem-based learning, small group teaching, case-based teaching and ward-based teaching sessions.

Results

Teachers were given detailed verbal and written feedback based on the observer's and students' observations. Teachers' perceptions were that PoT was useful and relevant to their teaching practice. Teachers valued receiving feedback and viewed PoT as an opportunity for insight and reflection. The process of PoT was viewed as non-threatening and teachers thought that PoT enhanced the quality of their teaching, promoted professional development and was critical for Faculty development.

Conclusions

This study demonstrated that PoT can be used in a constructive way to improve course content and delivery, to support and encourage medical teachers, and to reinforce good teaching.

Para ler a versão preliminar deste trabalho no íntegra, clique aqui. 

sábado, 5 de maio de 2012

Habilidades de Comunicação

DeirdreB id=    Deirdre Bonnycastle for

 

Helping Medical Students Communicate with a Grieving Patient/Family

grief.jpg
A doctor recently asked me about an occurrence in his practice and I realized that most doctors receive no training on how grief can interfere with the doctor/patient relationship. Doctors need to understand how grief impacts on communication and what communication tools will help the patient/family move through their grief. The following is not meant to be a complete treatise on Grief but hopefully it will facilitate you, the medical educator thinking about what you need to prepare your students for. Most medical students received some awareness of the stages of grief as stated by Dr. Kübler-Ross, so we will begin there.

Denial

We know that upon first receiving bad news, patients and family members frequently enter a state of shock where they stop being able to hear or feel because their brains are functioning at a flight/fight/freeze stage. To admit to the pain is to admit to an ending. In some cases, people use alcohol or drugs to maintain the feeling of numbness which can be useful initially but doesn’t allow the person to move through the stages. Some people belief letting go of the pain means letting go of the old self/family member.
    Avoid saying:
  • I know how you feel
  • It’s part of God’s plan
  • They are in a better place
    Some suggestions at the initial meeting:
  • Offer coffee or tea to give people time to unfog
  • Sit silently until the person is ready to talk
  • If information needs to be conveyed at this point, bringing a third party such as a friend or as a last resort a nurse in to take notes. Remember the person is unlikely to remember details of what you say
  • A cycle of emotional pain avoidance can precipitate addiction and it may be worthwhile nonjudgementally mentioning the need to be careful about alcohol and drug use during this time.
  • Expect people to cling to hope.

Hope

All that ever sounded like judgments and criticism are just tragic, suicidal attempts at saying please ...(meet my need) -Marshall Rosenberg
Although not a stage in Kubler-Ross, in my experience Hope goes hand in hand with denial. We are a culture that believes in miracles, popular literature is full of the power of prayer, angels and positive thinking. The patient and family will think "If it worked for a stranger it should work for me." You will find this stage a paradox because on one hand, your medical training says X and you may feel the patient is challenging your knowledge. On the other hand, you wish there could be a miracle no matter how unlikely. Understanding that hope is a normal response and your competence isn't really being questioned is important.

Anger


angry-woman.jpg
Never put your but (t) into the face of an angry person -Marshall Rosenberg
If the miracle cure didn't happen, the patient/family is overwhelmed with feelings of rage. Abuse of alcohol and drugs traps a person in feelings of anger. At this stage, they are looking for someone to blame. God isn't available but medical personnel and family members sometimes are. Again it's important for the resident to realize anger needs to be spoken and this is not the time for defense. At the heart of the anger is a person in profound pain. This is the time to listen with compassion. Compassionate listening deescalates violence and allows the thinking brain to come to the surface. Once it surfaces, the patient/family is ready to engage in any problem solving that is needed.
    Avoid saying:
  • You have so much to be thankful for
  • You should or You will
  • You have no right to be angry at me even if that is true, this statement will escalate anger.
    Some suggestions for communicating with an angry patient/family member:
  • Sit quietly and listen lowering your height appears less threatening
  • Say you are sorry they are angry/in pain (you aren’t admitting guilt, you are acknowledging their pain)
  • Ask "Have you thought about. . .?" “What can I help you with?” once they have settled down.
Finally help students/residents to identify their own support systems.

Resources

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Demografia médica

Home

Mal-distribution of Medical manpower resultant decay of the Indian medical education system: Existing problems and possible solutions


Vallyamma P , Deshpande SR and Gayathree L


Abstract
Indian medical education system has seen rapid growth in the last two decades. From a miniscule number, private medical colleges have grown to account for more than half of the 270 medical colleges in 2008 and consequently, India has the highest number of medical educators in the world. This unregulated unequal growth brings two issues to focus: the failing quality of medical education and implementing effective solutions to address an artificial faulty shortage due to doctor mal-distribution. The menace posed by the growing merchandisation of medical education has to be warded off and efforts should be made to ensure maintenance of standards and check the unplanned growth of substandard medical colleges and substandard education norms in universities or their constituent medical colleges. There is a strong case for a review of the entire system of medical education and examinations in the country. Some solutions like increasing retirement ages of MD faculty to 70 years, sharing of faculty, increasing MD seats, allowing clinical MDs to teach paraclinical and preclinical subjects or temporary merger of specialities have been proposed to address the faculty shortage instead of relying on inadequately qualified MSc non-medical faculty.