segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Eight-minute Lecture





The Eight-Minute Lecture Keeps Students Engaged

By Illysa Izenberg

The Eight-Minute Lecture Keeps Students Engaged

In the 1970s, my mother, a fifth-grade teacher, would lament, “The TV remote has ruined my classroom! I can almost feel the kids trying to point a clicker at me to change the channel!” Little did she know that college students today don’t need to wish for a remote control to switch from their professor to entertainment—an endless assortment of distractions are all on their smart phones.

Numerous studies have demonstrated that students retain little of our lectures, and research on determining the “average attention span,” while varying, seems to congregate around eight to ten minutes (“Attention Span Statistics,” 2015), (Richardson, 2010). Research discussed in a 2009 Faculty Focus article by Maryellen Weimer questions the attention span research, while encouraging instructors to facilitate student focus.

When I began teaching in 2006, I assumed that students could read anything I say. Therefore, my classes consisted of debates of, activities building on, and direct application of theories taught in the readings—no lectures.

But I noticed that students had difficulty understanding the content in a way that enabled accurate and deep application without some framing from me. In short, I needed to lecture—at least a little. This is when I began the eight-minute lecture. If you’re worried that eight minutes is too long, I discovered that when students experience many short lectures throughout the semester, they learn to focus in those bursts, in part because they know the lecture will be brief. 


How to implement the eight-minute lecture
 
1. Prepare students – Early in the semester, explain your teaching methodology and your rationale for doing things a certain way. This helps manage students’ expectations. Most of my students study engineering and expect to mostly listen to lectures and take notes. They are less accustomed to an active learning environment that involves lots of debates on the readings, small group discussions and report-backs, short reflection papers, quick multiple choice clicker quizzes, problem sets, and/or short lectures. 

2. Redesign/rewrite lectures – Review your lectures to identify natural breaks. Where can you pause without losing meaning? How can you use students’ knowledge from their homework and previous learning as a scaffold? 

Next, look for areas in your lecture where you talk about something that instead can be learned from an image, video, or interactive activity, and substitute accordingly. Cull through the content until you have eliminated two-thirds of your lecture material.

An example from last semester
 
Toward the end of last semester, I began a module on global business. The learning objectives for the first 50-minute class period on the topic were to be able to discuss the origins and benefits/costs of globalization and to test global business theories against existing corporate outcomes. 

In preparation, students read a textbook chapter delineating the history and theories of success in global business, and completed either an interview with a manager working internationally or an analysis of global business news (their choice).

With this preparation, they came to class with a firm grasp of global business terminology and context. Further, as this class period came toward the end of the semester, students had a basic working knowledge of management and leadership theory; Western business history; and the interaction of business, government, and the global economy.

I started out by asking a question related to their preparation. I then began my first eight-minute lecture, introducing them to the concept of balance of payments while displaying current numbers up on the screen. Once I explained trade imbalances, I asked questions that weren’t answered in their reading or my lecture, but were answerable with careful reflection on both. 

For example, “How might you incorporate your previous learning on the supply and demand curve to understand how exchange rates influence global business?” 

Once this topic was fully explored, I gave another eight-minute lecture, and then engaged them in a new activity that taught the next learning objective. At the end of class, I tested to ensure that the objectives had been met by asking students for a one-to-three-sentence note card summarizing their learning. The success of this method of interspersing mini-lectures with activities, discussions, and time for reflection was validated by the final exam scores achieved by the students in this class, which surpassed those of previous semesters. 

References:
Statistics Brain Research Institute. “Attention Span Statistics.” April 2, 2015. Retrieved from http://www.statisticbrain.com/attention-span-statistics/.
Richardson, H. “Students only have ‘10-minute attention span’.” News.bbc.co.uk. January, 2010. Retrieved from http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/education/8449307.stm.
Wilson, K. and Korn, J. H. “Attention during lectures: Beyond ten minutes.” Teaching of Psychology 34, no. 2 (2007): 85–89. 


* Illysa Izenberg is a lecturer for the Center for Leadership Education in the Whiting School of Engineering at Johns Hopkins University. https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj6N3IQzzWg_4vXhvmmgyreP4SfsgEclS7wO8jklL6EmJb4aAWyPGQpZT_e1RV4AmOAKU8_LrLoV1zzcQr4mAz11RSx6WZoCa2kVUQpSEpC-GkkVEo_o9CdsuAEJ0Ja19e3BMFCZPO-CeBmm5SGnlcYckTGCtxF=s0-d-e1-ft

domingo, 30 de agosto de 2015

Radiografia do Ensino Médico


No Brasil, número de Escolas privadas de Medicina cresce duas vezes mais rápido que o de Cursos públicos

Do início de 2003 a 2015, a quantidade de cursos particulares de Medicina no Brasil mais do que dobrou em relação ao ritmo de abertura de estabelecimentos públicos. O número de escolas privadas passou de 64 para 154, enquanto no mesmo período as unidades de gestão estatal subiram de 62 para 103. Os dados integram o levantamento Radiografia das Escolas Médicas do Brasil, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual serve como alerta para o problema do crescimento desgovernado e sem qualidade que afeta o sistema formador de futuros médicos no País. Conheça aqui a lista de escolas em funcionamento.
Ao elaborar a Radiografia das Escolas Médicas do Brasil, o CFM buscou dar mais transparência ao sistema formador de novos profissionais da Medicina. O estudo dará à sociedade condições de avaliar o processo de ensino-aprendizagem e, por outro lado, será útil aos órgãos de controle e avaliação interessados em assegurar a boa formação. Para elaborar o levantamento, o CFM levou em consideração os números mais recentes (disponíveis de maio a julho de 2015) das seguintes bases: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage) do Ministério da Saúde, Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também foram analisadas como fontes: Diário Oficial da União, documentos do Ministério da Educação (MEC) e sites especializados, como o Escolas Médicas do Brasil.
Em números totais, o volume de escolas médicas no Brasil também mais que dobrou. O volume saltou de 126 cursos (públicos e privados, grupo no qual estão inseridas instituições classificadas como municipais mas que cobram mensalidades de seus alunos) para os atuais 257, que respondem pelo preparo de 23 mil novos médicos todos os anos. No entanto, esta realidade pode mudar nos próximos meses, pois 36 municípios já foram autorizados a receber novos cursos de medicina após um processo de seleção coordenado pelo Governo. Se todos passarem efetivamente a funcionar, o País contará com 293 escolas até o fim de 2016. Além desses, existe outro edital em aberto com chamamento para outros 22 municípios, o que pode elevar o número de escolas médicas para 315.
Do total de 257 cursos em atividade no país, 69% estão nas Regiões Sudeste e Nordeste. As escolas estão distribuídas em 158 cidades brasileiras, sendo que a maioria (55%) dos cursos tem sede em apenas 45 municípios. Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram um terço das instituições. Entre as particulares, as mensalidades chegam a R$ 11.706,15, com uma média de R$ 5.406,91.
São 44 escolas distribuídas em São Paulo, sendo que dez destas estão na capital paulista. São oferecidas 4.380 vagas no estado – 3.600 privadas e com mensalidades que cobram, em média, R$ 5.833,66 de cada aluno. Já em Minas Gerais existem 39 escolas, com 3.437 vagas de primeiro ano. Do total, 26 escolas são particulares, ao custo, médio, de R$ 5.352,02 por mês.
O Rio de Janeiro segue em terceiro lugar no ranking dos estados com maior número de escolas: são 19 unidades e 2.260 vagas (valor médio das mensalidades fica em R$ 5.699,99). Em seguida, aparecem os seguintes estados: Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, com 15 escolas cada um. Nestes locais, os valores das mensalidades vão de R$ 3.185,00 a R$ 6.649,00. Nas últimas posições estão Amapá e Roraima, com apenas uma escola cada um, sendo as duas públicas.

O crescimento das escolas se acentuou muito nos anos da gestão da presidente Dilma Rousseff, considerando o início de 2011 até julho de 2015, conforme mostra o levantamento do CFM. Em menos de cinco anos, houve 79 autorizações para aberturas de escolas – uma soma de 6.190 novas vagas. Para se ter uma ideia do ritmo vertiginoso basta lembrar que no período de 1808 a 1994 foram abertos 82 estabelecimentos de ensino deste tipo. 


No entanto, o pacote aprovado pela presidente Dilma não significou uma melhor distribuição geográfica das escolas pelo País. Do total autorizado, metade se concentra nas regiões Sul e Sudeste. Das 10 abertas este ano (2015), 50% também estão distribuídas entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Também não se percebe uma política que estimule a criação de estabelecimentos públicos, pois sete dos cursos cobram mensalidades de até R$ 7.605,00.
Ao se fazer a análise das autorizações das 36 novas escolas divulgadas pelo Governo em julho, percebe-se que se mantém a mesma lógica de distribuição e de predomínio de gestão. Deste grupo, 32 (89%) delas estão concentradas nos seis estados com maior número de escolas (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul) e todas devem ser privadas.
Para o CFM, a maioria desses novos projetos não atende às necessidades atuais, às diretrizes curriculares e aos pressupostos mínimos para a formação dos médicos. “Infelizmente, o que temos visto são faculdades desqualificadas, com corpo docente despreparado, algumas não possuem nem hospital-escola. Isso resultará em médicos mal formados, o que compromete a qualidade do atendimento”, denuncia o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima. Já a conselheira do CFM representante do Distrito Federal, Rosylane Rocha, ainda afirma que "não se trata de reserva de mercado. O país precisa de mais profissionais sim, mas nossa preocupação é com a qualidade da formação".
Outros especialistas em educação médica destacam a necessidade de se priorizar a qualidade na formação dos alunos, uma vez que as vagas atuais já garantem uma expansão de médicos que ultrapassa padrões europeus. “Não há mais necessidade de nenhum curso de medicina novo no Brasil. Já houve uma expansão tão grande no número de cursos, que a falta de médicos vai ser resolvida com as escolas que já existem. O que o Brasil precisa é de médicos com formação de qualidade”, defende o professor titular de Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Milton de Arruda Martins.
  

Principais conclusões do levantamento Radiografia das Escolas Médicas do Brasil:

  • Do início de 2003 a 2015, a quantidade de cursos particulares de Medicina no Brasil mais do que dobrou em relação ao ritmo de abertura de estabelecimentos públicos.
  • O número de escolas privadas passou de 64 para 154, enquanto no mesmo período as unidades de gestão estatal subiram de 62 para 103.
  • Em números totais, o volume de escolas médicas no Brasil também mais que dobrou. O volume saltou de 126 cursos (públicos e privados) para os atuais 257, que respondem pelo preparo de 23 mil novos médicos todos os anos.
  • Do total de 257 cursos em atividade no país, 69% estão nas Regiões Sudeste e Nordeste.
  • As escolas estão distribuídas em 158 cidades brasileiras, sendo que a maioria (55%) dos cursos tem sede em apenas 45 municípios.
  • Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram um terço das instituições. Entre as particulares, o valor médio das mensalidades nos cursos particulares está em R$ 5.406,91. Contudo é possível encontrar mensalidades que vão desde R$ 3.014,00 a R$ 11.706,15.
  • No último mês (julho), 36 municípios foram considerados aptos para receber novos cursos, sendo que 32 (89%) delas estão concentradas nos seis estados com maior número de escolas.
  • Com os últimos editais do Governo Federal, a estimativa é o País chegar ao número de 315 instituições até o final de 2016, caso todas passem efetivamente a funcionar;
  • Entre 2013 e julho de 2015, 42 municípios receberam novas escolas. 60% destes municípios não atendem à exigência de no mínimo cinco leitos por aluno e 18 destes não respeitam a proporção ideal de até três alunos por Equipe de Saúde da Família (ESF).
  • Das 158 cidades com escolas médicas no país, 74 não dispõem de leitos em quantidade necessária por aluno e 68 não atendem a proporção ideal de alunos por ESF.
  • Atualmente existem 200 Hospitais de Ensino (HE) habilitados no País. Dos 36 novos cursos autorizados em julho, apenas seis possuem ou estão inseridos em Regiões de Saúde que possuem um HE.
  • Dos 158 municípios que atualmente têm escolas médicas, 89 não possuem nenhum hospital habilitado. Nestas cidades, são firmados convênios com instituições "com potencial para hospital de ensino".


Leia mais sobre o levantamento:


Workplace culture




Use assessment and reporting to build a process for making cultural change


disruptive-behaviour-medical-education

Everyone has probably witnessed disrespectful or disruptive behavior in the workplace at some point in their careers. Institutionally, however, we usually turn our heads and ignore the problem. In a survey quoted by A. Lorris Betz in his Leadership Plenary talk at this year’s AAMC Conference, 70% of participants indicated that they observe disruptive behavior each month, and 11% said they observe it every day.

Bad behavior is a symptom of a larger cultural disease. With a culture of disrespect where disruptive behavior is tolerated, a viscous cycle exists where the resulting hostile work environments lead to more bad behavior, dissatisfied patients, and an increase in malpractice suits. Worse, students and residents will take their cues from their faculty role models, and emulate those bad behaviors.

Changing workplace culture is a big undertaking, and it requires both leadership and a lot of hard work. Once you’ve decided to make a change, a great place to start is with a measurable goal – how will you know when the initiatives you put in place have succeeded? Once you have defined your goal, get started measuring how well (or not) you’re currently doing. You can do this by adding relevant questions to existing score cards, or assessment forms. For example, here are some questions you could ask in order to measure whether the change you want is happening:

  • In the past 30 days, have you been a victim of harassment on the job?
  • My department or agency works hard to create a workplace that prevents harassment. (scale of 1-5)
  • I am satisfied with the way in which my department or agency responds to matters related to harassment and discrimination. (scale of 1-5)
  • I am satisfied with the way in which my work unit responds to matters related to harassment and discrimination. (scale of 1-5)

Initially, the scores you collect might be quite a bit lower than you thought, but that’s okay – once you start measuring the problem, and seeing the results, you’ll have a baseline to judge the effectiveness of your efforts. Here are a few tips to make this process go smoother:

  1. Make the data you are collecting publicthe data should be anonymized, but you need to be transparent about how things are going. Quality improvement is a team effort, and your faculty, students, and staff will be much more likely to get on board if you’re not seeking to place blame, but trying to get everyone working together to improve results.
  2. Share the results - doing this on a regular basis can be a great motivator for everyone as they see the measurements move up or down as you try new things to implement change. If you are consistent with reporting results, your team will also see how committed you are to making this a lasting change, and will be more likely to participate in the process.
  3. Build in a little bit of competitionbreak down scores by categories such as department, or site, and share them. The people at the campus hospital aren’t going to feel good about the folks at the city hospital posting better results week after week. Use this opportunity to drive the cultural changes you want.
Creating lasting cultural change to eliminate disruptive behavior takes time, but getting started is as easy as coming up with a measurable goal and using tools like one45’s assessment and evaluation forms to start collecting feedback about how you’re doing. As you start collecting data and sharing the results with your colleagues, you will be able to measure the effectiveness of your change initiatives and get buy-in from everyone on the team. No one wants to work in a hostile environment, so make the most of the assessment tools available to you and start making a change today.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

3-D stethoscope



O Estetoscópio Impresso em 3D Custa US$ 5 e Supera os Concorrentes de US$ 200

J.M. Porup


Tarek Loubani, um médico de emergência em Gaza, no Oriente Médio, deseja aplicar os princípios do desenvolvimento de software de código-aberto para aparelhos médicos sem patentes. Seu primeiro sucesso é um estetoscópio impresso em 3D cuja produção custa somente 30 centavos e que, de acordo com os testes, apresenta uma qualidade sonora melhor do que os aparelhos industrializados.

Loubani é o coordenador do projeto Glia, formado por uma equipe de hackers e cirurgiões que elabora e verifica a eficácia de instrumentos médicos. Com o estetoscópio em questão, seus testes de curva da resposta da frequência de áudio mostraram que o dispositivo não somente supera os padrões internacionais, mas também oferece uma qualidade sonora superior quando comparado ao Littmann Cardiology 3, atual líder do mercado.

 Modelo de teste equipado com o hardware da Littmann. Crédito: Projeto Glia

E aí que entra a parte interessante, a financeira. O Littmann custa entre 150 e 200 dólares. Já a produção do estetoscópio Glia, composto do auscultador impresso em 3D, o tubo e os auriculares, custará cerca de cinco dólares.

Loubani fundou o projeto Glia depois da invasão israelense em Gaza em 2012. “Tive que encostar minha orelha no peito das vítimas porque não havia estetoscópios adequados, o que é uma tragédia, um absurdo, algo inaceitável”, ele disse a seus ouvintes em uma apresentação no Chaos Communications Camp em Zehdenick, na Alemanha.

O aparelho foi testado por meio de um processo chamado pelo grupo de protocolo “Hello Kitty”. Durante o teste, que media a quantidade de som transmitida em cada frequência, o estetoscópio foi pressionado contra um balão repleto de água antes que o som fosse transmitido por meio do balão. (A grande quantidade de balões com a marca da famosa gatinha em Gaza na época foi responsável pelo nome do protocolo.)

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Instalação do teste de som da equipe. Crédito: Glia Project

Loubani está confiante da qualidade do estetoscópio. Ele espera que o processo de revisão pelos pares seja fichinha. “Nosso estetoscópio é tão bom quanto qualquer outro no mundo e temos dados para comprovar”, Loubani afirmou.

Ele prevê um futuro em que aparelhos médicos para o salvamento de vidas, como aparelhos de diálise e eletrocardiogramas, possam ser produzidos por impressoras 3D com uma fração ínfima de seu valor original. Inspirado pelo movimento de softwares de código-aberto, ele mantém todos os códigos no GitHub e encoraja os médicos e hackers de hardware a contribuírem com o projeto. 

“Fizemos uma lista de coisas que, se pudéssemos levar à Gaza, ao terceiro mundo no qual vivo e trabalho, poderiam mudar a vida de muitos pacientes”, ele explica. 

A equipe Glia está concentrada em desenvolver os três dispositivos médicos mais gerais e caros: o estetoscópio, o oxímetro de pulso (que monitora os níveis de oxigênio no sangue) e um eletrocardiograma para pacientes cardíacos. Os dois últimos, Loubani explica, usarão “PCBs (painéis de circuitos impressos) projetados para facilitar sua produção em locais com poucos recursos por meio de métodos simples como uma transferência de toner. A instalação é impressa em 3D”.

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O gráfico de teste mostra que o modelo do estetoscópio Glia produz volumes maiores do que o padrão em uma grande variedade de frequências. Crédito: Glia Project

Ao aderir aos códigos-abertos e processos de desenvolvimento colaborativo dos aparelhos, Loubani espera revolucionar o atendimento médico no mundo em desenvolvimento.

O design do estetoscópio é completo, com exceção da peça em forma de Y, a qual Loudani ainda está ajustando. Essa peça divide o sinal de som do tubo principal conectado ao auscultador em dois sinais, que chegam aos ouvidos do médico.

Ele afirma que o design do oxímetro de pulso está finalizado, mas a calibração e o refinamento do firmware, e testes de campo rigorosos permanecem em aberto até que estejam prontos para o uso em Gaza e em todo o mundo. O design do PCB do eletrocardiograma está pronto, mas o design do firmware e do software ainda não começou, e Loudani estima que são necessários mais dois anos até que o aparelho fique pronto. 

Loubani teve a inspiração para seu projeto quando brincava com o estetoscópio de brinquedo de seu sobrinho e ficou impressionado com a qualidade do som que ouviu.

O preço dos estetoscópios permanece alto, apesar da expiração de patentes de cinquenta anos, então Loubani juntou um grupo de hackers de hardware para trabalhar no modelo Glia. 

“Entendo por que essas empresas cobram tanto”, escreveu. “Eles não têm motivos para diminuir seus lucros. Por que a 3M desenvolveria um estetoscópio tão bom quanto o seu de $200, mas por uma parte desse preço? É ai que médicos, hackers e cientistas de todo o mundo entram em ação para criar esses aparelhos novos de um modo viável e acessível.”

Loubani afirma que o desenvolvimento da versão impressa em 3D custou US$ 10.000, que ele tirou de seu próprio bolso.
Ele escreveu que vê a si mesmo seguindo os passos do movimento de software livre e que visa substituir as soluções de patentes médicas – caríssimas, segundo ele. 

“Comecei a usar o GNU/Linux em 1994”, ele escreveu, “porque aprecio o ethos dos cientistas e a abertura dos códigos. Não havia dúvidas, desde o início, de que este seria um projeto de hardware livre. O único desafio era fazer isso funcionar”.

Tradução: Amanda Guizzo Zampieri

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Telemedicine


Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde

Entre os dias 28 a 30 de outubro  acontecerá o 7° Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTms) que terá como tema “A Telessaúde para a Universalização da Saúde”. O evento será realizado na UERJ, no Rio de Janeiro.
No mundo intercomunicado em que vivemos, o progresso tecnológico tem levado a notáveis avanços, que salvam vidas e melhoram sua qualidade. A circulação intensiva de informação certamente impacta bastante em um dos setores mais dinâmicos da economia, que é a saúde. Neste mundo globalizado, a Telessaúde tem lugar de destaque: a inexistência de barreiras geográficas entre profissionais e usuários faz com que diagnósticos e intervenções possam se dar a centenas de milhares de quilômetros… Em teoria, qualquer usuário poderia se consultar com qualquer profissional do globo. Liberta das paredes físicas dos consultórios e hospitais, a interação em saúde tem um impacto notável, que pode ser de enorme benefício à sociedade, da mesma forma que a redução da assimetria do conhecimento o é. A telessaúde deve, assim, ser entendida como uma poderosa ferramenta que contribui para incrementar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde.  Aplica-se aqui a mesma lógica assistencial da medicina presencial: a atenção deve também se deslocar cada vez mais dos hospitais complexos e dos procedimentos terciários para hospitais locais, comunidades e para o próprio domicílio dos usuários. Faz sentido e se encaixa especialmente no contexto de uma Atenção Primária resolutiva, a fim de fortalecer os sistemas nacionais de saúde. Graças à ferramenta, aliada à tecnologia, penosos deslocamentos podem ser evitados, propiciando o conforto dos usuários e a otimização de recursos escassos, permitindo que sejam direcionados aonde sejam mais necessários. Não é um brinquedo sofisticado, mas sim uma ferramenta capaz de contribuir para a construção de um mundo mais
Há duas estratégias que fazem com que a telessaúde seja um elemento central para a ascensão da cobertura dos serviços de saúde. A primeira delas é a resposta terapêutica eficaz e imediata às situações relacionadas a casos clínicos que, sem essa tecnologia, só poderiam ser resolvidos em centros de maior complexidade. A segunda estratégia diz respeito à disponibilização de segunda opinião formativa, que contribui à capacitação dos profissionais em áreas remotas, incentivando sua permanência. Considerando o aumento da expectativa de vida, a imprescindível promoção de ações preventivas e os avanços na medicina – que possibilitam o tratamento de inúmeras enfermidades para as quais não haviam possibilidades terapêuticas no passado – certamente se exigirá cada vez mais investimentos em saúde nos próximos anos. Quanto mais recursos investidos de forma inclusiva e equitativa, que permitam maior qualidade no atendimento aos serviços de saúde, melhor!A Telessaúde para a Universalização da Saúde.
Francisco Campos – Presidente
Visite o site do Congresso: http://www.telessaude.uerj.br/cbtms2015/

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Gamification






5 ways games make kids smarter



By Mitch Weisburgh

Games are challenging but they’re also fun. That’s a formula worth emulating

 

Ninety seven percent of kids spend an average of ten hours a week playing video games. It’s hard work, but they keep coming back. They often fail at whatever they are trying to do, but they persist until they learn the strategies, concepts, and skills to achieve their goals. Then they set new ones and come back for more. Games lend themselves easily to collaboration, and kids often compete with each other. Playing games gives them immediate and long term feedback. And the games track what they do, where they fail, where they succeed, and what they learn.

Isn’t that the way we want education to work? So what is it about games that makes kids try harder and learn more?

1) Games are an optimal learning environment.

In their chapter Flow in Schools Revisited in the “Handbook of Positive Psychology in Schools,” Chernoff and Chikzentmihalyi (don’t ask me how to pronounce it or spell it from memory) point out that enjoyment and interest in school are good predictors of student success. They propose that an ideal learning environment, just like a game,
  • presents challenging and relevant activities that allow students to feel confident and in control
  • promotes both concentration and enjoyment
  • is intrinsically satisfying in the short term while building a foundation of skills and interests
  • involves both intellect and feeling
  • requires effort and yet feels like play

 

2) Games focus on the sweet spot for learning.

If you already know it, there’s nothing to learn, and if it’s too difficult, it’s not even worth trying. Games work in what is called the zone of proximal development; beyond what a person can already do, but not so difficult that they can’t do it with guidance, persistence, and encouragement.

Many of us waded through Lev Vygotsky’s work on the development of cognition when we were in school. Games bring his insights to life, resulting in a $100B industry, and new possibilities to advance student learning.

3) Games make people want to persist, plan, and learn.

Games are complex problems waiting to be solved in a way that is both fun and challenging. What can’t we learn when we are put into situations that require us to solve problems while having fun and being challenged?

We need to stop saying, “Let’s make learning fun.” Learning is hard work, and it is also fun. Every time we learn something, we get a shot of dopamine in our brains. What’s more fun than that? Games have crafted their challenges for maximal engagement through a quick cycle of challenge-act-learn-accomplish so that the hard work of learning is intrinsically rewarded, and the player (or student or learner) wants to continue playing and learning.

4) Games encourage trial and failure

All people who play games fail more than they succeed. Failure doesn’t mean the player failed, it just means that a particular approach failed, and game players know that if they persist, eventually there will be one or more approaches that will succeed, and then they can advance. Players don’t experience any long-term consequences for trying and failing. All that counts is that they eventually succeed, and they will only succeed if they try. They know upfront that any new task or goal may require multiple attempts.

Many games keep score and hold out rewards for success, but the reward mechanics are generally one of the least important aspects of an engaging game. Players play for the challenge and enjoyment. Perhaps we can model the way we grade in schools on the way games measure achievement and competence, and figure out a way for grades to help students become auto-didactics.

5) Games can simulate situations that are impossible or too costly to create in the real world

Can a student be a Senator in Washington? Lift a boulder on Mars? Safely experience the consequences of risky behaviors? Learn U.S. history by participating in revolutionary activities? With iCivics, a student can experience what a Congressman, Senator, or judge does while learning about rules and procedures. NASA has games that are missions to the moon and Mars. While Zoo U improves students’ social literacy through interactions in a game. Mission US is a series of games where students get to play roles at key turning points in U.S. history. These are all situations that students could only experience in a game.

No amount of computers or technology can replace a good teacher. Games give teachers the tools to engage student learning in ways that reflect what we know about motivation, achievement, learning, and the brain.

As we move from a print to a digital world, we have an unprecedented opportunity to transform education into something that works for everyone. Games need to have an integral role if we are to realize that vision.


* Mitch Weisburgh is a partner at Academic Business Advisors and a cofounder of the nonprofit Games4Ed.