Na formação de professores de ensino técnico de saúde no Haiti, a cooperação brasileira testa a sua maturidade |
Os cursos, inicialmente planejados por uma equipe de gestores,
técnicos e professores brasileiros especialistas em educação de adultos
oriundos do Ministério da Saúde, de Escolas Técnicas de Saúde do SUS e
de Universidades Federais, foram recontextualizados e estão sendo
executados por professoras da Escola Técnica do Sistema Único de Saúde
de Blumenau/SC e da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de
Santa Catarina.
O planejamento dos cursos parte do reconhecimento das singularidades
da vida social e política no Haiti e da compreensão das condições de
vida, da cultura e da situação de saúde da população. A proposta
educativa está pautada nos princípios da educação de adultos, na
perspectiva do processo de trabalho em saúde e na contextualização das
práticas como fontes de produção de conhecimentos significativos, o que
requer aproximação entre as ações cotidianas do trabalho e as
metodologias pedagógicas desenvolvidas.
Essa experiência, que não é apenas técnica e pedagógica, mas também
de gestão de conhecimento, intercultural, de investigação social e
linguística é um teste muito valioso para medir a maturidade adquirida
pela cooperação brasileira nestes últimos anos. A maturidade da
cooperação internacional brasileira é indispensável para sustentar as
aspirações da politica externa de um papel influente na reforma da OMS,
na tomada de decisões de saúde regionais e globais, que se concretizarão
na construção da Agenda da Saúde Pós 2015 das Nações Unidas.
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