Ministério da Saúde investe R$ 67 milhões em servidores para integrar dados do SUS
O Ministério da Saúde contará agora com servidores capazes de
processar todas as informações e lançamentos do SUS simultaneamente.
Foram investidos R$ 67 milhões na compra de três supercomputadores que
vão ampliar em até 10 vezes o armazenamento de dados. Essa expansão vai
permitir a unificação de todos os sistemas de informática da saúde. Com
isso, será possível integrar em todo território nacional o uso dos
recursos e o histórico de atendimento dos pacientes.
Os novos equipamentos representam redução de gastos públicos, com
manutenção dos sistemas e melhoria da gestão da saúde, e ganho para o
cidadão, que, em breve, terá atendimento mais ágil por meio do
prontuário eletrônico, do Cartão Nacional de Saúde (CNS), do Registro
Eletrônico em Saúde, entre outros serviços informatizados nacionalmente.
Atualmente apenas três órgãos públicos têm equipamentos com a mesma
capacidade: Serpro, Dataprev e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A informatização dos sistemas de saúde é uma das prioridades da
gestão do Ministério da Saúde. O objetivo é integrar o controle das
ações, promover a correta aplicação dos recursos públicos, obter dados
para o planejamento do setor e, principalmente, propiciar a ampliação do
acesso e da qualidade da assistência prestada à população, tornando o
atendimento mais eficiente. A medida ajudará também a reduzir custos,
evitando, por exemplo, a duplicidade de exames ou retiradas de
medicamentos, além de coibir fraudes.
“Os supercomputadores são uma base para a implantação do Registro
Eletrônico em Saúde, onde estarão os prontuários eletrônicos, além de
ser um controle de qualidade e avaliação dos serviços públicos de saúde
no país”, declarou Barros. Nesta quinta-feira (8), o ministro da Saúde
visitou o Centro de Informações do Datasus em Brasília, onde foi
instalado dois servidores. O terceiro começa a funcionar ainda neste mês
no Rio de Janeiro e terá a função de fazer a segurança das informações.
Capacidade
Antes da compra dos supercomputadores, a capacidade de uso de
processamento dos servidores estava em torno de 92%. Com a aquisição das
máquinas, esse número foi reduzido para uma média de 15 a 20% em
horários de pico. Desta forma, a ação permitiu um aumento da velocidade
no processamento das informações, tendo em vista a necessidade constante
de evolução para atender a demanda crescente dos sistemas de saúde com
ênfase aos prontuários eletrônicos de saúde.
A alta disponibilidade alcançada com esta aquisição é condição
fundamental para a implantação do Registro Eletrônico de Saúde – RES,
que reunirá dados como histórico das consultas, internações, dos
medicamentos indicados, resultado de exames e a aplicação dos recursos
na saúde. A implantação desta nova plataforma proporcionará uma economia
estimada de 10 a 20% dos gastos com Atenção à Saúde, ou seja, de R$ 7 a
14 bilhões por ano. A aquisição está alinhada às diretrizes ministerial
e governamental, além de atender a meta de se ter um único Registro
Eletrônico Nacional.
Prontuário eletrônico
Terminou neste sábado, 10 de dezembro, o prazo para a adoção do
prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde. Com a plataforma
digital, todos os serviços de saúde da cidade poderão acompanhar o
histórico, os dados e resultado de exames dos pacientes, verificar em
tempo real a disponibilidade de medicamentos ou mesmo registrar as
visitas de agentes de saúde, melhorando o atendimento ao cidadão. A
transmissão 100% digital dos dados da rede municipal à base nacional
permite ainda que o Ministério da Saúde verifique online como está sendo
investido cada real do SUS na saúde do brasileiro.
A plataforma digital permite o acompanhamento do histórico médico do
paciente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), oferecendo ganho
na qualidade e na gestão da Atenção Básica para o gestor, para os
profissionais de saúde e para o cidadão.
Outros avanços
Recentemente o Ministério da Saúde lançou o Conjunto Mínimo de Dados
(CMD), mais uma ferramenta voltada à otimização do fluxo de informações
dos serviços de saúde. O CMD unifica nove sistemas que fazem os
registros de atendimentos no SUS em um único layout. Essa ferramenta
facilitará o envio e abastecimento de dados, reduzindo o tempo de
inserção das informações e tornando sua alimentação mais ágil e prática,
evitando repetições e qualificando as informações registradas.
O CMD será fundamental ainda para a economia de recursos dos gestores
locais e estaduais de saúde. Além disso, menos usuários terão de ser
capacitados para a utilização dos diversos sistemas.
Outro importante avanço é a adoção do Sistema Eletrônico de
Informações (SEI), com módulos e funcionalidades que promovem a
eficiência na administração. Processos e documentos vão circular apenas
por meio eletrônico no âmbito do Ministério da Saúde e órgãos
vinculados. O sistema vai evoluir para que gestor e cidadão possam
acompanhar o andamento do processo e solicitar informações. Com informações da Agência Saúde.
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