Um dos maiores nomes da história do Hospital do Fundão, Clementino
Fraga Filho faleceu no dia 11 de maio, aos 98 anos. O Hospital
Universitário Clementino Fraga Filho presta toda solidariedade aos
familiares e amigos desse médico e professor.
Abaixo, confira a carta escrita por familiares do primeiro diretor-geral do Hospital.
Carta da família
Carta da família
“A vida de uma instituição depende de muitas vidas que a ela se
dedicam”. Assim, escreveu professor Clementino Fraga Filho na abertura
do livro em que narra a implantação do Hospital Universitário, um fato
histórico para a Universidade e sua Faculdade de Medicina.
Os que acompanharam sua trajetória acadêmica puderam testemunhar que tal afirmativa está em harmonia com o exemplo que ele próprio legou aos colaboradores e alunos. Sua vida pessoal se entrelaçou à vida da nossa Universidade. Nela se formou, em 1939, e a ela serviu como médico, professor e administrador no curso de quase 50 anos. O sentido de compromisso com a instituição foi constante no curso do tempo.
Eleito vice-reitor, em 1966, assumiu pouco depois a reitoria, em razão do afastamento de Raymundo Moniz de Aragão, nomeado Ministro da Educação e Cultura. Voltou a ocupar o cargo, em 1969, em virtude da renúncia de Aragão. Sua passagem pela reitoria coincidiu com o período de estudos para a Reforma Universitária, na qual teve destacada participação, e com a vigência do regime militar. Em período conturbado, soube manter com equilíbrio a intransigência na defesa da instituição e a tolerância com as manifestações estudantis.
A vitoriosa experiência no Serviço de Clinica Médica, associada à devoção à entidade e às características de líder, estará na origem da indicação unânime da Congregação da Faculdade de Medicina para dirigir a instituição e, paralelamente, conduzir os trabalhos da comissão especial para a implantação do Hospital Universitário, designada pelo reitor. Foi seu primeiro diretor e manteve-se no cargo até 1985, como a consolidar a tarefa.
Nunca se afastou da prática médica, convencido de que o exercício paralelo da atividade docente e da clínica aprimorava a qualidade de ambas. Exerceu a clínica enquanto a saúde permitiu e, após seu afastamento, não foram raros os instantes em que confessou a falta do contato e a saudade dos pacientes, que deram sentido a sua vida, que o fizeram se sentir útil.
Paralelamente aos encargos na Universidade e à prática médica, integrou, sucessivamente, a Comissão de Ensino Médico do Ministério da Educação (MEC), o Conselho Nacional de Saúde e o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP), assim como exerceu a Presidência da Associação Brasileira de Educação Médica. Tais posições lhe permitiram ampliar a ação em benefício da qualidade da formação dos médicos e da prestação de serviços em saúde.
Os que acompanharam sua trajetória acadêmica puderam testemunhar que tal afirmativa está em harmonia com o exemplo que ele próprio legou aos colaboradores e alunos. Sua vida pessoal se entrelaçou à vida da nossa Universidade. Nela se formou, em 1939, e a ela serviu como médico, professor e administrador no curso de quase 50 anos. O sentido de compromisso com a instituição foi constante no curso do tempo.
Eleito vice-reitor, em 1966, assumiu pouco depois a reitoria, em razão do afastamento de Raymundo Moniz de Aragão, nomeado Ministro da Educação e Cultura. Voltou a ocupar o cargo, em 1969, em virtude da renúncia de Aragão. Sua passagem pela reitoria coincidiu com o período de estudos para a Reforma Universitária, na qual teve destacada participação, e com a vigência do regime militar. Em período conturbado, soube manter com equilíbrio a intransigência na defesa da instituição e a tolerância com as manifestações estudantis.
A vitoriosa experiência no Serviço de Clinica Médica, associada à devoção à entidade e às características de líder, estará na origem da indicação unânime da Congregação da Faculdade de Medicina para dirigir a instituição e, paralelamente, conduzir os trabalhos da comissão especial para a implantação do Hospital Universitário, designada pelo reitor. Foi seu primeiro diretor e manteve-se no cargo até 1985, como a consolidar a tarefa.
Nunca se afastou da prática médica, convencido de que o exercício paralelo da atividade docente e da clínica aprimorava a qualidade de ambas. Exerceu a clínica enquanto a saúde permitiu e, após seu afastamento, não foram raros os instantes em que confessou a falta do contato e a saudade dos pacientes, que deram sentido a sua vida, que o fizeram se sentir útil.
Paralelamente aos encargos na Universidade e à prática médica, integrou, sucessivamente, a Comissão de Ensino Médico do Ministério da Educação (MEC), o Conselho Nacional de Saúde e o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (CONASP), assim como exerceu a Presidência da Associação Brasileira de Educação Médica. Tais posições lhe permitiram ampliar a ação em benefício da qualidade da formação dos médicos e da prestação de serviços em saúde.
Na doença, manteve comportamento exemplar. Cordato, sorriso amável,
trato cortês, sem amargura visível, sem queixumes. Manifestou, por vezes
o cansaço dos dias tornados longos pela inatividade. Na madrugada de
ontem, faleceu, serenamente, em sua casa, aos 98 anos de idade.
Dos três filhos, um seguiu-lhe o exemplo. Eduardo Gordilho Fraga é Coordenador das Atividades Educacionais do Hospital que tem hoje o nome de seu Mestre, por decisão unânime do Conselho Universitário, a título de reconhecimento e permanente homenagem.
Dos três filhos, um seguiu-lhe o exemplo. Eduardo Gordilho Fraga é Coordenador das Atividades Educacionais do Hospital que tem hoje o nome de seu Mestre, por decisão unânime do Conselho Universitário, a título de reconhecimento e permanente homenagem.
Eduardo Fraga
* Clementino Fraga Filho foi responsável
pela
inauguração do Hospital Universitário da UFRJ que hoje leva o seu nome.
Foi também titular da Academia Nacional de Medicina e presidente da ABEM
- Associação Brasileira de Educação Médica (1980-1982).
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