sábado, 28 de fevereiro de 2015

Mais Médicos



Mais médicos: boom de brasileiros inscritos


CFM alerta para a necessidade de garantir condições de trabalho e os problemas no acesso à Residência Médica

Os médicos brasileiros estão dispostos e interessados em ocupar as áreas de baixa cobertura assistencial, contribuindo para a melhora do acesso aos serviços de saúde em municípios e regiões de difícil provimento. Os dados do balanço da nova etapa do Programa Mais Médicos confirmam esse cenário. Com base nos números, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ressalta o engajamento dos profissionais brasileiros e mantém sua posição com respeito à iniciativa.
Para a autarquia, além de assegurar a participação de médicos brasileiros qualificados, cabe ao Governo oferecer condições mínimas para que o atendimento seja realizado à população. O CFM também está preocupado com o desequilíbrio nos processos de seleção para Programas de Residência Médica (PRMs) no Brasil, causado pela oferta de um bônus de 10% aos que comprovarem passagem pelo Mais Médicos. Este Programa, que teve início em 2013, conta hoje com cerca de 11 mil intercambistas cubanos que nunca tiveram qualificação comprovada.
Sem preconceito
O presidente do CFM, Carlos Vital, afirma que não há preconceito quanto à presença de estrangeiros dentro do Mais Médicos. “Eles são bem-vindos, desde que com diplomas revalidados, qualificados, capacitados tecnicamente e com boa formação humanística”, enumerou. Com relação a este aspecto, o Conselho defende que o exercício da Medicina no Brasil para os que obtiveram diplomas em outros países seja possível apenas se forem aprovados pelo Revalida, exame criado pelo Governo e que mede de forma isenta conhecimentos, capacidades e competências.
A aprovação no Revalida, que avalia os candidatos de forma documental, teórica, prática e deontológica, reduz a possibilidade de que pessoas coloquem em risco a população, especialmente a parcela mais vulnerável, que depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dados oficiais
De acordo com os números oficiais, mais de 15 mil médicos brasileiros se apresentaram para preencher as 4.146 vagas do Mais Médicos, em sua nova etapa, cujo processo de seleção começou em 15 de janeiro deste ano. Atendendo ao chamado para ocupação de postos em regiões com carência de profissionais, os médicos com registro regular nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) escolheram as localidades onde atuarão e ocuparam 95% das vagas.
De acordo com o Ministério da Saúde, 50% dos municípios escolhidos estão dentro de critérios de vulnerabilidade social e econômica, como cidades localizadas no semiárido e nos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira. Dos 12 distritos indígenas que solicitaram mais profissionais, 11 também tiveram suas vagas completamente preenchidas pelos médicos com inscrição regular nos CRMs.
“Apesar de alguns afirmarem que os médicos brasileiros não querem trabalhar no interior e dessa falsa premissa ter sido utilizada para justificar a contratação de intercambistas cubanos via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), está provado que – quando há estímulo - o médico brasileiro está pronto e disposto a atuar em todas as localidades, sem distinção”, disse o conselheiro Mauro Ribeiro, 1º vice-presidente.
Mudança 
Para ele, o alto interesse dos médicos brasileiros aponta para a necessidade de rever o Mais Médicos. “Não existe mais justificativa numérica para manter o convênio com a Opas, permitindo-se a vinda de intercambistas cubanos. Há profissionais com diplomas emitidos no Brasil em quantidade suficiente para ocupar as vagas existentes”, disse Ribeiro, para quem não foi surpresa a alta adesão registrada.
O Ministério da Saúde informou que dos 15.747 médicos com registro profissional do Brasil que se inscreveram no edital, 12.580 selecionaram municípios e 3.936 conseguiram ocupar vagas disponíveis. Deste total, 2.330 médicos optaram pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de Residência Médica, caso tenha conceito satisfatório no seu percurso educacional, e outros 676 profissionais escolheram os benefícios do Mais Médicos. O restante (930) decidiu continuar atuando nos municípios onde já se encontram por conta do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab).
Tais dados são parte do resultado da primeira chamada anunciado, na quarta-feira (11), pelo ministro Arthur Chioro. De acordo com o cronograma previsto em edital, os médicos com inscrição nos CRMs terão a oportunidade de participar de uma segunda chamada nos dias 23 e 24 de fevereiro, quando poderão escolher dentre as localidades remanescentes. Há 210 vagas ainda não preenchidas e algumas das opções estão nos estados de Goiás, Santa Catarina, Maranhão, São Paulo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná. Há também quatro disponíveis em distritos indígenas – que já tiveram 31 vagas preenchidas.
Más condições
Independentemente da alta adesão dos brasileiros, lideranças do CFM alertam para dois outros pontos que devem ser corrigidos no processo. O primeiro é estrutural. “Os médicos não podem fazer milagres. É preciso que o Estado ofereça condições de trabalho adequadas para que o atendimento seja realmente eficaz. Os postos de saúde precisam de boa estrutura, equipamentos, insumos e equipes multidisciplinares que atuem de forma integrada em prol do cidadão. Além disso, os participantes precisam de apoio, com a oferta de educação continuada e a presença de tutores e supervisores para orientá-los em sua formação”, disse o presidente Carlos Vital.
Outro aspecto preocupante para o CFM é o valor da bonificação atribuída aos participantes interessados em disputar vagas em PRMs após sua passagem pelo Mais Médicos ou Provab. O CFM entende que os 10% oferecidos causa desequilíbrio nos processos de seleção dos diferentes programas de pós-graduação médica.
“Da maneira como está, instalou-se uma espécie de serviço civil obrigatório, penalizando os que não aderirem ao Provab ou ao Mais Médicos por conta da oferta de bônus, tornando-lhes quase impossível acesso aos Programas de Residência Médica pelas vias normais. É preciso rever esse parâmetro, até para que haja isonomia na forma de acesso à pós-graduação”, alertou o vice-presidente Mauro Ribeiro.
Fonte: CFM

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Animals models for Teaching



Dissecting A Frog: A Middle School Rite Of Passage

Among the Bunsen burners and petri dishes of Rob Glotfelty's life sciences lab sits a stack of curious packages: dead frogs, vacuum-sealed and piled five high.


This is a vintage frog dissection diagram. 
This is a vintage frog dissection diagram.
Flikr Creative Commons 
 
Once those seals are broken, these leopard frogs emit a pungent odor. And, even in death, they're remarkably slimy.

Which is why some of the seventh-graders at Baltimore's Patterson Park Public Charter School are seriously grossed out.

"I don't want to cut open no live animal," says student Taylor Smith, who is thoroughly hidden beneath a black smock, plastic goggles and rubber gloves. "I'm gonna throw up on it."

Taylor, like many of her classmates, doesn't want to touch, much less splay open this formaldehyde-laced frog and pick out its dark, stringy organs.









Glotfelty's goal is to get them over the squeamish hump.

"But are we really interested in how frogs' bodies work?" Glotfelty asks the class. "Have we been studying frogs? No. What have we been studying?"

The answer: Humans.

Though frogs are a step up. First, the class cut open an earthworm, then a chicken wing. In high school the animals get even bigger. Rats, cats, and fetal pigs all give insight into how our own bodies work.

"There's something visceral and important about the real thing," says David Evans, executive director of the National Science Teachers Association. "What does this particular organ feel like? How stiff is it? Is it compressible?"

Using dead animals to make these connections used to be the only option for students, whether they liked it or not. But that changed in 1987, when 15-year-old Jenifer Graham of Victorville, Calif., refused to dissect a frog in her biology class.

Graham's story was big news at the time. She took her case to court, which ultimately led to a state law that requires students be given an alternative to real animals. At least nine other states have done the same.


Melissa Torres-Gutierrez, a student in Rob Glotfelty's life sciences lab, documents dissecting a frog.
Melissa Torres-Gutierrez, a student in Rob Glotfelty's 
life sciences lab, documents dissecting a frog. 
Courtesy of Melissa Torres-Gutierrez

 
Ever since, computer-based models have been filtering their way into the classroom. The National Science Teachers Association now asks educators to give students a choice, though it also insists on the fundamental importance of dissection as a teaching tool.

Glotfelty uses both methods. The computer model helps kids understand anatomical theory, he says, but actual dissection engages them in a rare way.

"They've been looking forward to this all year. This is the thing they want to do," Gotfelty says.

And, indeed, even the faint of heart now seem eager to get started, bouncing around their dissection trays.

As for Taylor Smith, who says she doesn't like science — she's about to use tiny scissors to cut through the frog's collarbone.

"Sort of force it," says Glotfelty. "You might hear some popping and some crackling."

One by one, Taylor and her team lay the organs on a laminated sheet of paper.

"I'm not a chicken anymore," she says. "I like this."

While dissection remains a controversial practice to some, Glotfelty says Taylor's turnaround exemplifies its power: that a kid who normally doesn't even like science can get downright excited about frog guts.

Click here for the podcast.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cohort teaching



Cohort Groups Can Present Special Challenges


By Maryellen Weimer, PhD


Many of us have encountered cohort groups in our teaching, and by that I mean those groups of students that proceed together through a program, typically a professional one. They take all or most of their courses together, often in lock step. Cohort teaching happens to some degree in most courses. Students in a major at smaller institutions often end up taking many of their courses together. Sometimes there are cohort groups within a class, say a group of commuter students who went to the same high school, or students who live on campus in the same residence hall, or a group of adults taking a work-related course.



When students take all, most, or even a lot of their courses together, that student group bonds, often in a significant way. They get to know each other well—friendships develop, alliances are formed, sometimes there are cliques. Cohort groups have leaders, followers, and those who are in the group but not really a part of it. Cohorts develop "personalities." Haven't we all had those groups that pretty much whine about everything, or an uptight bunch that dithers about every detail? Some cohort groups (fewer than we'd like) are great, and are full of students who work hard and collaborate willingly.


Cohort groups can present teachers with special challenges. In every course, there's the student group and then there's the teacher, but in cohort groups, the teacher's outsider position is accentuated, especially when the group has been together for some time. The cohort has a history, a shared set of experiences, and usually a collection of inside jokes. Add to that the virtual certainty that the group has "discussed" the teacher of the current course, probably at length. The teacher has a reputation, but so does the cohort. Even though a teacher may aspire to meet the group with an open mind, she has definitely heard things about its members. Teachers and students come to every course with expectations, but they are more fixed when cohorts are involved.


It often feels as though teachers have more to prove with these groups. Respect can't be earned one student at a time. It's awarded or withheld by the group. Adversarial relationships develop more easily. The teacher announces a decision and the class is unified in its opposition. Few are willing to agree with the teacher if that calls into question their allegiance to the group. Cohort groups can make teachers feel very lonely.


If the teacher implements an instructional strategy not used by others teaching in the program, say she has students working in groups, does not share copies of her PowerPoint slides, or includes short-answer questions on multiple-choice tests, the cohort group resists. And they share that displeasure openly. To prevent whole group objections or to respond to them, teachers need to explain, without being defensive, the educational rationale that justifies use of the strategy. The objective is to select those instructional approaches that most effectively promote learning; whether students "like" them is a secondary issue.


So how do teachers forge relationships in courses taken by cohort groups? I'd say they do it by listening to the group and by not seeing every objection as a challenge to their authority. It also helps to be flexible and willing to make adjustments (which is not the same as caving in to demands). If students would rather get the teacher's notes than take notes themselves, is some sort of compromise possible? Could they post a set of class notes on the course website that the teacher responds to with questions, clarifications, and elaborations? Constructive relationships are forged when teachers are authentic and genuine, comfortable with who they are and how they teach. Teachers need to find that professional space in which they're less concerned about being "liked" by the group and more concerned with providing quality learning experiences.


Over the past several days I've been perusing my large article resource collection and I haven't found one article that addresses the issues of cohort teaching. That's a bit surprising. But I am quite certain that among the blog's readers are any number of faculty who deal with cohort groups. I invite (indeed encourage) you to share your wisdom. What have you learned? Any good resources you could direct us to?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Violência na Academia




VIOLÊNCIA E TROTE:
CARTA DA ABEM À COMUNIDADE ACADÊMICA DOS CURSOS MÉDICOS, DIRIGENTES, DOCENTES, PRECEPTORES E ESTUDANTES

Ao nos aproximarmos do início de mais um ano letivo e, tendo em vista a dimensão que a violência tem se apresentado em nossa sociedade, precisamos refletir, de forma franca e corajosa, sobre como ela está infiltrada entre nós.

Precisamos ficar atentos nas festas de recepção aos ingressantes em nossos cursos, principalmente na identificação e no combate à violência banalizada e minimizada que pode ser percebida por alguns como “normal”, parte de um “rito de passagem” ou de “nossas tradições”.

Os responsáveis pelos Cursos de Medicina devem deixar claro aos seus ingressantes que estes têm o controle sobre a recepção que recebem. Sempre que algo lhes parecer desagradável ou que venham a se sentir, de alguma forma, ameaçados, constrangidos ou agredidos, não devem hesitar em procurar as comissões de recepção, os centros acadêmicos e as suas diretorias, que devem estar preparados para tomar as providências necessárias para coibir e punir tais ocorrências.

Os veteranos devem saber que o trote é proibido dentro e fora das faculdades e campus universitários, com regras emanadas de instâncias acadêmicas e judiciais, que limitam claramente o que pode e o que não pode ser feito.

É importante lembrar que médicos, docentes ou não, e médicos residentes, que eventualmente participem de trotes violentos, assédio e constrangimentos estão passíveis, além das normas institucionais, também das averiguações éticas pelos conselhos profissionais e sujeitos as punições constantes do Código de Ética vigente.

Respeitar e acolher a todos, sempre, e em especial o colega ingressante, é um imperativo ético e profundamente humano!

Os gestores e professores não podem tolerar qualquer forma de violência. Cabe ao conjunto de pessoas da instituição e não somente aos veteranos decidir sobre o que é “tolerável”, “normal” ou “habitual” durante as recepções aos calouros. Cabe a eles, ainda, investigar toda e qualquer denúncia e punir os excessos, com rigor proporcional à gravidade dos fatos apurados.

Sabemos que não é apenas na recepção e no âmbito das faculdades e universidades que a violência se manifesta. Devemos confirmar compromisso de combatê-la em todos os ambientes e em todas as suas formas, por mais dissimuladas que estas possam ser percebidas!

"Humilhação e violência não podem ser comemorativos de momentos de vitória e de celebrações!"



CONSELHO DIRETOR DA ABEM



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Medical stereotypes


Les blagues sont des vecteurs de stéréotypes. Exemple de la profession médicale à partir de 220 blagues

The jokes are vectors of stereotypes. Example of the medical profession from 220 jokes

Damien Maurin  , Clément Pacault, Brieuc Galès


Presse Med. 2014 Dec;43(12 Pt 1):e385-92. 
doi: 10.1016/j.lpm.2014.05.013. Epub 2014 Oct 3.

Abstract

INTRODUCTION:

Sociological studies have shown the link between humor and unconscious ideas that we have of the society in which we evolve. We conducted a survey to answer the question: "What were the stereotypes of our medical profession that emerge from a transcript of jokes collected in a medical population?"

METHODS:

Recruitment of the source population (doctors and medical students) was done through different personal and professional mailing lists, Twitter, Facebook, medical press. The inclusion period was six weeks (from June 6 to July 14, 2013). Each physician recruited received the link to our blog: http://humourmedical.overblog.com which contained a link to the questionnaire. Physicians responded to the following proposition: "tell the joke involving doctors you laugh the most". Analysis of jokes was made by three investigators. Firstly, two investigators (DM and CP) and pooled of results to generate a stereotype for each joke. Then a triangulation was made with a third investigator (BG), to determine the final stereotype.

RESULTS:

Five hundred and twelve jokes have been collected on the site and 448 were included in the analysis, representing 220 jokes. The gender of respondents was 284 men (63%) and 164 women (37%), a ratio of 1.7. One hundred and fifty-six different stereotypes were classified into six themes: 46 stereotypes 'the vicissitudes of the medical profession'; 45 'hospital', the war of the block; 34 'personality traits doctor'; 14 'psychiatrist'; 12 'physician and sexuality'; 5 'medical studies and carabin woes'. Anesthetists were represented as lazy, inveterate coffee drinkers and less awakened than their sleeping patients. Surgeons were seen as megalomaniacal, tyrannical with other professions, operating without thinking, as their brain down to a neuron. Medical students appeared docile and absurd. Psychiatrists were as crazy as their patients, sometimes passing them to the consultation and looking only at their past relationship. Other stereotypes of doctors were used: the venality, the salacious, cynicism.

CONCLUSION:

We showed that the stereotypes contained in the medical jokes were quite caricatured and portrayed an unflattering picture of doctors in general. These traits were necessarily marked to emphasize the humorous effect of a joke. We have not entered into the reality of these stereotypes or their social role in the relationship between doctors.

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Résumé

Introduction

Des travaux sociologiques ont montré le lien existant entre l’humour que l’on pratique et les idées inconscientes que l’on se fait de la société dans laquelle on évolue. Nous avons réalisé un questionnaire pour répondre à la question : quels sont les stéréotypes sur notre profession de médecin qui se dégagent d’un verbatim de blagues recueillies au sein d’une population médicale ?

Méthodes

Le recrutement de la population-source (médecins et futurs médecins) s’est fait par différents médias : listes de courriels personnelle et professionnelle, Twitter, Facebook, presse spécialisée médicale, presse généraliste. La période d’inclusion était de six semaines (du 6 juin au 14 juillet 2013). Chaque médecin recruté recevait le lien vers notre blog : http://humourmedical.overblog.com qui contenait un lien vers le questionnaire. Les médecins répondaient à la proposition suivante : « racontez la blague impliquant des médecins qui vous a le plus fait rire ». L’analyse des blagues s’est faite en plusieurs temps. D’abord avec les deux investigateurs séparément (DM et CP), puis mise en commun des résultats afin de dégager un stéréotype pour chaque blague. Puis une triangulation avec un troisième investigateur (BG) à partir de ce travail, pour statuer sur le stéréotype final.

Résultats

Cinq-cent-douze blagues ont été recueillies sur le site et 448 ont été incluses dans l’analyse, représentant 220 blagues. La répartition par sexe des répondants était de 284 hommes (63 %) et 164 femmes (37 %), soit un ratio de 1,7. Cent cinquante-six stéréotypes différents ont été classés en six thèmes : 46 stéréotypes avec « les vicissitudes du métier de médecin » ; 45 avec « hôpital, la guerre du bloc » ; 34 avec « traits de personnalité du médecin » ; 14 avec « psychiatre » ; 12 avec « médecin et sexualité » ; 5 avec « études médicales et malheurs du carabin ». Les anesthésistes étaient représentés comme fainéants, buveurs invétérés de café et moins bien réveillés que leurs patients endormis. Les chirurgiens étaient vus comme mégalomanes, tyranniques avec les autres professions, opérant sans réfléchir, tant leur cerveau se résume à un neurone. Les étudiants en médecine apparaissaient dociles jusqu’à l’absurdité. Les psychiatres étaient aussi fous que leurs patients, se passant parfois d’eux pour la consultation et s’intéressant uniquement à leur passé relationnel. D’autres stéréotypes sur les médecins étaient utilisés : vénalité, salacité, cynisme.

Conclusion

Nous avons montré que les stéréotypes contenus dans les blagues médicales étaient assez caricaturaux et dépeignaient un tableau peu flatteur des médecins en général. Ces traits étaient nécessairement marqués pour accentuer l’effet humoristique de la blague. Nous n’avons pas conclu sur la réalité de ces stéréotypes ni sur leur rôle social dans les rapports entre médecins.


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Technology for Health



Google Introduces Rich Medical Content Into Knowledge Graph

Users will soon see deeper health information for more than 400 conditions.

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Google has said that “one in 20 Google searches are for health-related information.” Yet, the information available in search results can be incomplete or untrustworthy, though there are many credible sources, as well.

To improve the quality of health-related search content, Google is introducing structured and curated health information into the PC knowledge panel and info cards that appear in mobile search results. Google has tapped doctors, medical illustrators and the Mayo Clinic to develop in-depth information for more than 400 health and medical conditions.

The rollout is for U.S. English, for the time being, on the Google app (Android and iOS) and for the PC. However Google plans to expand the number of conditions and later make the information available outside the US.

The screenshots immediately below reflect current results on the PC and mobile for the search query “tonsillitis.” Soon, U.S. mobile and PC users will start to see content and imagery that look a lot more like those further below.


Current search results on PC and mobile for query “tonsillitis”


In its press materials for this release, Google is showcasing the mobile experience, which the company said is a primary use case for the information. It’s also an effort to promote and enhance the value of mobile search.

After collecting the basic factual information, Google worked closely with doctors in reviewing and verifying the information. The company said in its blog post, “All of the gathered facts represent real-life clinical knowledge from these doctors and high-quality medical sources across the web, and the information has been checked by medical doctors at Google and the Mayo Clinic for accuracy.”
Apparently, every fact presented has been reviewed by an average of 11.1 doctors. I was also told by the company that to provide this information, there was some under-the-hood reworking of Knowledge Graph.


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Google is quick to point out that the information in the health cards is not exhaustive and that the company assumes people will dive deeper into the broader internet to get more information. The hope is that when they do, they’ll be more informed and better able to select reliable information.

Remarkably, there’s still considerable ignorance and misinformation about various health conditions in the U.S. (e.g., safety of vaccines). However there are also numerous places in the developing world where people don’t have access to good health information. Though not a substitute for actual medical consultations, this information has the potential to be very helpful to many people globally.

Cynics might say that Google is moving into yet another vertical content area and usurping third-party publishers. I don’t believe this is the case. Google appears primarily motivated by a desire to show higher-quality health information and educate users accordingly.

There’s a secondary aspect to this that is very interesting. As an aside, Google told me that it hopes this initiative will help motivate the improvement of health content across the internet. The company also said that comparing its curated health content and that of third-party sites may lead to a better understanding of which publishers offer solid information.

We also discussed the possibility that educating users would enable them to then select or identify higher quality content on third-party sites. Signals from those users, such as time spent, could also give Google information about which sites are better sources.

I’m speculating about this last part. Nonetheless, it’s interesting to consider that Google could potentially use content it develops to motivate others to improve their content or to indirectly generate additional potential ranking signals.

For the time being, however, this initiative is all about providing more reliable health content and a better health-search user experience on Google — especially in mobile.


Postscript: Some people commented on Twitter that I was naive in my suggestion that Google wouldn’t be monetizing these queries. I didn’t mean to suggest there wouldn’t be AdWords spending in the health vertical. It’s a significant spending category already. I should have said that Google isn’t primarily motivated by ad revenue or seeking direct people into some new Google Health lead-gen or vertical experience.


* Greg Sterling is a Contributing Editor at Search Engine Land. He writes a personal blog, Screenwerk, about connecting the dots between digital media and real-world consumer behavior. He is also VP of Strategy and Insights for the Local Search Association. Follow him on Twitter or find him at Google+.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Leadership





This post is part of an occasional series focused on the health care industry, where escalating costs are posing unprecedented challenges, new models are upending longstanding ways of doing business and the digital age is fueling a new era of innovation.

The challenges facing the health care industry threaten to spiral out of control. The high and rising cost of health care; the convoluted, disjointed medical care system; the massive and growing burden of obesity, heart disease, diabetes and cancer; difficult ethical questions about what constitutes appropriate care; incentives to provide more care instead of better care. This potent mix of challenges keeps a lot of very smart people awake at night. Sleep, by the way, is a pretty important aspect of good health and well being.

But there are rapidly expanding pockets of change, many of them, where stakeholders are partnering to brainstorm, test and optimize solutions. One of those is at Minneapolis-based HealthPartners Health Plan, where such initiatives are growing under the guidance of Dr. Shaun Frost. He works at what has historically been a sometimes difficult point of interaction – between the doctors who provide care and the insurers who pay for it. As a practicing physician himself, Frost walks into meetings sharing common ground with other health care providers, but more than common ground is needed to foster the innovation needed in health care. The goal of these collaborations is to improve delivery of care in three areas: health, patient experience and affordability, the so-called triple aim.

Dr. Shaun Frost
Dr. Shaun Frost

In the spirit of collaboration, Frost has shared his secrets to building relationships across silos – even those with historically complicated relationships – with his peers in the industry, and here. Read on for Dr. Frost’s prescription for collaboration, which starts with four tenets of leadership, followed by some of his guiding principles for navigating the choppy waters of change.

Leadership lessons for collaborators

Differentiate adaptive from technical challenges: Any change in an organization or system will bring about technical challenges, which may be substantial but can be solved using current ways of thinking. Examples might be adapting to a new type of technology or opening a new retail interface. Adaptive challenges, though, are only solved by creating entirely new ways of thinking with everyone affected involved with developing the new mind-set. “We need to create completely different ways of problem solving and different ways of thinking about how to address these challenges,” Frost says. “Designing new problem solving methodologies is usually more complex than solving the surface-level problems themselves. It thus behooves those affected by adaptive challenges to work collaboratively on the process of thinking differently.” For example, Frost argues insurers alone should not design and deploy value-based health care innovations. “They should be produced collaboratively through joint input from everyone who has a key interest in payment reform.”

Create empathy through generative dialogue: This tenet is key as distinct parties who may have had difficult relationships in the past lay the groundwork for collaboration. Frost also calls it “listening from outside ourselves, while simultaneously listening from inside the perspective of others.” Basically, you have to recognize that all perspectives are relevant, and everyone brings their own context to a problem, a dataset, a brainstorm. “True collaboration is facilitated by the degree to which we are able to genuinely understand the perspectives of others, and how those perspectives influence the environment in which we collectively operate,” Frost says. “This results from generative dialogue during which people honestly listen so as to appreciate the validity of viewpoints that may be different from their own.”

Shared accountability: In health care, recognizing that everyone interacting with a patient bears responsibility for outcomes is what Frost calls “the glue that pulls it all together” and the tool that cuts out blame and an us-vs.-them mentality when partners are developing health care collaborations. One way this looks is shared financial gains when goals under new models are achieved, and shared losses when they aren’t, rather than one party assuming all the risk.

Compete on execution vs. innovation: This is a principle Frost acknowledges isn’t right for all industries. But in health care and other sectors built around an altruistic goal, he argues it’s important to consider. Frost works on developing value-based (versus volume-driven) reimbursement models for delivering health care, an area where many insurers, providers and other organizations are testing a variety of approaches. He explains how “we need to recognize that by changing from a pay for volume to a pay for value system, those people who possess the tools that generate value will have an economic competitive advantage. If those tools are viewed as intellectual business capital, they may not be shared freely with others in the community – which would ultimately retard progress towards enhancing value for all.” He argues health care stakeholders should agree to compete on the implementation and execution of new tools, instead of competing on the possession of the tools themselves.

Stay on track while navigating change

Recognize major change is a marathon, not a sprint: Respect the magnitude of challenges and set smaller milestones. As Frost’s organization develops collaborations, they start with early adopters – those most likely to be on board and achieve success – and they break down goals by focusing on one piece of the triple aim, developing models that initially include upside risk only (their partner benefits when things go well but has nothing to lose if they don’t).

Stay flexible: Not every arrangement needs to look the same. When HealthPartners develops metrics for success under new models of care, they are menus that allow for solutions to be customized based on the partner and the collaboration.

Data without context doesn’t do much: Health care, like many industries, is heavily focused on collecting data and using it in a meaningful way. Used optimally, health data could unlock life-saving insights into how to treat disease and promote wellness in a cost effective manner. But not all of HealthPartners’ collaborators are prepared to handle analytics and act on insights from data. So, HealthPartners provides resources to facilitate interpretation and action.

Ensure fair process: What this means at HealthPartners is everyone gets to speak their mind, through a variety of channels. There’s input from all angles before decision making and again after. Which sounds a lot like collaboration.


*  Dr. Shaun Frost is associate medical director for care delivery systems with HealthPartners Health Plan in Minneapolis. He is also a practicing physician with Regions Hospital and a clinical assistant professor of medicine at the University of Minnesota Medical School. 

* Melissa Turner is an editor on SmartBrief's health care team, handling briefs on policy, insurance, medicine and veterinary medicine. She's a former newspaper writer and copy editor and is a trained wildlife biologist with background in biotechnology. 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Ensino Superior



Avaliação no ensino superior: origens e dilemas na experiência internacional e brasileira
Elizabeth Balbachevsky
A universidade é, no imaginário brasileiro, uma instituição completa: nela, são relevantes as dinâmicas e os interlocutores internos: os seus professores, os seus estudantes e os seus funcionários. Daí a concepção arraigada de que, para democratizá-la, basta estabelecer canais que permitam vocalizar os interesses, vontades e ideais presentes no interior dessa instituição. Entretanto, essa instituição está longe de ser completa, e, cada vez mais, as pressões que vem de fora dos muros desse mundo fechado são mais fortes, não só no Brasil mas em toda parte do mundo. Daí o interesse da sociedade em saber o que acontece dentro dos muros dessa torre de marfim, e a pressão por avaliar os resultados das atividades acadêmicas e de pesquisa. Quais as razões dessa mudança profunda de atitude por parte dos governos e das sociedades do mundo atual?
 
Essas razões são múltiplas, mas duas delas se destacam. Em primeiro lugar, elas estão associadas à mudança de escala dos custos do ensino superior para as sociedades. No passado, o ensino superior era para poucos. Em todos os países, apenas cerca de um a dois por cento dos jovens, entre 18 e 22 anos, tinham acesso a esse nível de ensino. Então, qualquer que fosse o custo unitário da educação recebida por esses poucos privilegiados, o valor total de recursos públicos comprometidos com a educação superior representava apenas uma migalha nos gastos totais dos governos. Hoje, não é mais assim: o acesso ao ensino superior se massificou – em alguns países, como a Coreia, mais de 90% dos jovens estão na universidade –, e os custos para manter as universidades funcionando consomem uma fatia expressiva dos recursos que os governos arrecadam da população sob a forma de impostos. 

Em segundo lugar, os resultados das pesquisas realizadas nas universidades constituem um dos fatores mais importantes para garantir vantagens competitivas para a economia de um país, dentro de um cenário cada vez mais globalizado. A “descoberta” da importância do conhecimento para o desenvolvimento econômico é uma história longa e bastante interessante, mas que não vamos tratar aqui. Entretanto, basta assinalar que desde pelo menos meados dos anos oitenta do século passado, economistas de todas as vertentes começaram a apontar para o conhecimento, e para a capacidade diferencial do uso desse conhecimento, como um dos principais fatores que ajudam a entender as diferenças no desempenho das economias dos países. Também por essa porta, aumentou o interesse das sociedades e dos governos sobre o que acontece dentro das universidades, de que forma elas usam o dinheiro público que para lá é canalizado, e qual a qualidade dos resultados obtidos com o uso dele .

Mas a universidade é uma caixa preta. Uma instituição complexa, com um modelo de governança muito peculiar, onde a capacidade decisória substantiva tende a estar concentrada nas unidades mais baixas na hierarquia institucional, os departamentos e centros de pesquisa. Nesse ambiente, as decisões são produto da pressão cruzada entre os interesses dos diferentes grupos locais e uma obscura “comunidade de pares” que, pelo menos nos países mais maduros, controla uma parte relevante dos recursos de prestígio ligados à carreira acadêmica. Nesse ambiente, é difícil para alguém de fora avaliar o que de fato acontece dentro das universidades. Um bom ponto de referência teórica para entender essa dificuldade é o modelo da relação de delegação, aquela que se estabelece entre aquele que contrata um serviço especializado e aquele que executa esse serviço: quem contrata não tem a expertise necessária para avaliar se, de fato, contratou o melhor profissional, ou se esse profissional está levando em conta os interesses do cliente quando desenvolve seus projetos. Esse é o dilema básico da relação entre demandante-representante, ou o conhecido modelo “principal-agent”.  

Esse modelo foi desenvolvido para analisar situações em que um ator – o demandante (principal) – delega a responsabilidade por uma ação a outro ator em troca de recursos. É, portanto, um modelo que busca entender os dilemas e tensões que acompanha um tipo específico de relação social – a delegação – onde o demandante dispõe de recursos, mas não aqueles necessários para a realização de seus objetivos (por exemplo, tem dinheiro, mas não as habilidades necessárias para realizar um empreendimento). Para alcançar seus objetivos, ele precisa mobilizar outro ator – o agente (ou representante) – que aceita agir em favor do principal em troca dos recursos disponibilizados pelo principal. 

Existem dois dilemas de ação coletiva associados ao processo de delegação: o risco moral (moral hazard) e erros de seleção (adverse selection). O risco moral decorre das dificuldades que o demandante tem para garantir que seus objetivos sejam de fato alcançados por meio da ação do representante. Uma vez que o representante tem objetivos e interesses próprios, que nem sempre coincidem com os objetivos do demandante, há sempre a possibilidade de que o representante opte por priorizar seus objetivos. Os erros de seleção, como o nome indica, estão associados à dificuldade que o demandante tem para assegurar que o agente escolhido é a sua melhor opção – porque realmente tem o melhor perfil de competências e habilidades – para alcançar seus objetivos.

Ora, não é difícil visualizar que a relação da universidade com a sociedade (e com os governos) se reveste justamente dessas características. Nossas sociedades assumem que as universidades são necessárias, e que fazem algo bom, útil, e potencialmente relevante para todos. Por isso se justifica usar recursos arrecadados de todos, por meio dos impostos, para sustentá-las. Enquanto essa percepção dos resultados positivos da universidade permaneceu difusa, e os custos dessa instituição eram pequenos, foi possível preservar aquilo que alguns autores chamam de delegação cega (blind delegation), em que o governo e a sociedade – no papel de demandantes – partem do princípio de que há uma completa coincidência entre aquilo que a universidade quer e faz e os interesses maiores da sociedade (do país, do Estado etc., etc.). Daí o entendimento absoluto da autonomia universitária: a universidade faz o que mais lhe convém, porque o que lhe convém é também aquilo que melhor atende às necessidades da população e do Estado. 

Entretanto, quanto maior o custo da universidade, e mais precisas as expectativas que a sociedade tem sobre ela, maior é a dificuldade para se manter esse entendimento, até certo ponto ingênuo, sobre os benefícios advindos. Exatamente por isso, em diferentes partes do mundo, se assiste hoje à derrocada do antigo “contrato social” entre a universidade e a sociedade. Em seu lugar, diz a literatura internacional, se impõe um modelo de delegação mais complexo (e menos amistoso para a universidade), no qual essa instituição é chamada a prestar contas dos resultados de suas atividades e dos custos de sua operação. Isso é o ponto nevrálgico da assim chamada avaliação das universidades.

O formato dessa avaliação difere de país para país. Inicialmente, essas avaliações estavam focadas na qualidade dos inputs: o tamanho das bibliotecas, a qualidade dos equipamentos de pesquisa e de ensino, a qualificação do corpo docente. Nos modelos mais primitivos, essas avaliações tinham uma lógica fiscalizadora: demandavam para todas as universidades, de forma homogênea, a apresentação de um certo número de indicadores simples, tais como o número de livros nas bibliotecas, a proporção de professores titulados, o número de artigos publicados por esses pesquisadores etc. Com o tempo, alguns países elaboraram modelos de avaliação mais complexos, tendo por base contratos específicos, negociados com cada universidade, e centrados nos resultados das atividades dessas instituições: número de alunos formados e empregados, a qualidade desses empregos, o impacto das atividades de pesquisa de seus professores etc. 

Questões dessa natureza também estão presentes na experiência brasileira. Também aqui avançamos para a criação de estruturas bastante complexas de avaliação. Entretanto, na realidade brasileira, o problema da avaliação do ensino superior se mistura com a necessidade de fiscalizar o nosso imenso setor privado, responsável pela formação de mais de 70% de nossos jovens. Com isso, a avaliação do ensino superior permanece encalacrada num modelo híbrido que mistura o papel de fiscal e avaliador. De um lado, temos instrumentos bastante avançados de avaliação, por outro lado, o uso que fazemos deles é muito primário. Nossa avaliação ainda está centrada na exigência de um conjunto relativamente pequeno de indicadores, que são impostos homogeneamente a todas as instituições de ensino, sejam elas grandes universidades públicas de pesquisa, ou pequenas escolas do interior. O problema desse modelo de avaliação é que ele alimenta estratégias diversionistas, tanto nas instituições públicas como nas instituições privadas. No setor privado, ela alimenta a tendência à concentração em megainstituições, capazes de arcar com os custos de produzir os indicadores demandados sem que isso atrapalhe seus negócios. No setor público, esse modelo de avaliação não altera a configuração de forças dos diferentes interesses presentes na governança da instituição. As manobras internas para responder às demandas da avaliação terminam por contribuir para aumentar a percepção da sociedade de que essas instituições fazem menos do que poderiam, mesmo quando isso não é verdade.

* Elizabeth Balbachevsky é professora do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e pesquisadora associada ao Penses – Fórum de Pensamento Estratégico da Reitoria da Unicamp e associada ao Lees, Laboratório de Estudos em Ensino Superior, da Unicamp.