HUM faz balanço das conquistas de 2017
Apesar dos desafios, o empenho e o otimismo da comunidade hospitalar marcou o ano que termina
Ana Paula Machado Velho
A equipe do Hospital Universitário Regional de
Maringá (HUM) está comemorando a chegada do fim de mais um ano de
trabalho e, sob essa perspectiva, a instituição achou importante fazer
um balanço dos acontecimentos que marcaram o ano de 2017. Foram
conquistas e muitas tentativas de resolver os problemas que uma
organização pública de saúde enfrenta no seu dia a dia. Essa luta, no
entanto, é que garante o sorriso da comunidade hospitalar. A ideia é que
o Hospital possa comemorar as vitórias e se preparar para enfrentar os
desafios que virão em 2018 com otimismo e alegria.
Em 2017, foram contratados 32 médicos pelo HUM, em
diversas especialidades. Destes, 17 estão atuando no corpo médico e 15
não assumiram a vaga para a qual se candidataram (9 desistiram após a
convocação e 6 pediram exoneração). Além disso, há 20 profissionais que
estão aguardando autorização de contratação pelo Governo do Estado
(patologia, ortopedia, triador/hemocentro, clínica médica, UTI-adulto,
UTI-neo, pediatria, cirurgia pediátrica, infectologia, endoscopia,
neurologia, neurocirurgia e cirurgia vascular). Esses processos estão
suspensos em função da revogação do Decreto 1521/2015, do Governo do
Paraná.
O ano também foi de luta por arrecadação de mais
recursos. O total de verbas liberadas para a manutenção das atividades
do Hospital Universitário, vindas da Secretaria de Estado da Saúde, por
meio do Fundo Estadual de Saúde, cresceu, em relação a 2016. Ano
passado, o Hospital recebeu R$ 10.756.464,00. Em 2017, esse total
montante chegou a R$ 11.757.913,00. “Portanto, houve um incremento de
cerca de 1 milhão de reais [R$ 1.001.449,00]. Parte significativa destes
recursos [R$ 3.156.440,00] foi liberada na primeira semana de dezembro.
Com isso, o hospital tem a oportunidade de se planejar para o início de
2018”, explicou o superintendente do HUM, Maurício Chaves Júnior.
O gestor do Hospital (foto acima) também destacou
que um dos grandes desafios do HUM vem sendo encontrar formas para
aquisição de equipamentos. Segundo ele, há muito tempo a instituição vem
pleiteando a aquisição de um novo tomógrafo. Em 2015, o hospital
encaminhou a solicitação de um equipamento à Secretaria de Estado da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para viabilizar um projeto
junto ao Governo Federal, que não teve o desfecho desejado.
Por meio do Ofício nº 118/16-HUM, datado de 8 de
agosto de 2016, mais uma vez, foi feito um pedido para o Governo do
Estado. “No início de 2017, por iniciativa da 14ª Promotoria de Justiça
da Comarca de Maringá – que tem como foco apoio à saúde pública, foi
encaminhada uma solicitação de compra emergencial de um tomógrafo para o
HUM, mas o pedido foi indeferido pela justiça. No entanto, o hospital
não só continua empreendendo esforços para viabilizar a aquisição de um
equipamento novo e mais moderno, como vem suprindo as necessidades da
rotina do hospital. Os pacientes estão sendo submetidos ao exame em
outras unidades de saúde de Maringá que possuem serviços de
radiodiagnóstico, por meio do setor de agendamento do hospital”,
detalhou o superintendente.
No início do mês de outubro deste ano, o HUM
efetivou um Termo de Comodato de um conjunto de videoendoscopia, que
está instalado no Centro Cirúrgico, para dar o suporte necessário à
rotina do hospital. Esse é outro equipamento que a instituição vem
reivindicando há tempos. Além dessa cessão em comodato, o HUM conseguiu
adquirir outro endoscópio com recursos próprios, que já foi encomendado e
deve chegar em breve ao Hospital. “Encaminhamos duas solicitações, em
2015 e 2016, à Seti, que se responsabilizou em viabilizar o projeto
junto ao Governo Federal. Porém, paralelo a isso, nos planejamos e
conseguimos recursos para o comodato e para comprarmos um equipamento
moderno, que atendesse aos nossos pacientes”, comemorou Chaves Júnior.
O superintendente lembrou, ainda, que em 2017, o
hospital também adquiriu com verba própria microcomputadores para
diversos setores essenciais da instituição. Além disso, o Governo
Federal liberou recursos para a compra de um desfibrilador; dois
ventiladores pulmonares; três desfibriladores com marcapasso; 12 leitos
hospitalares; e mais oito camas elétricas. Agora, em novembro, a
instituição recebeu um aparelho de ultrassom, cedido da Secretaria
Estadual de Saúde/Funsaúde, que foi entregue pelo secretário estadual de
Saúde, Michele Caputo Neto, ao assessor de Planejamento do HUM, Edson
Moribe (foto abaixo).
Um grande desafio que o HUM enfrenta e vai levar
para 2018 é a limitação do seu atendimento às características da sua
classificação como instituição de saúde de urgência e emergência, recém
publicadas pelo Ministério da Saúde e regulamentadas pelo Governo do
Estado.
Segundo o superintendente do HUM, a Portaria nº
1.288/2017, do Ministério da Saúde, aprovou o Plano de Ação da Rede de
Atenção às Urgências e Emergências. Esse documento criou uma
categorização das instituições que atuam na área que ainda não existia. A
partir dos parâmetros propostos pelo Plano, a Comissão Intergestores
Bipartite do Paraná deliberou sobre o HUM, considerando-o: Porta de
Entrada como Hospital Geral. Com isso, ficou estabelecido que o hospital
deve possuir estrutura para realizações de média complexidade. E, na
parte de recursos humanos, deve contar com equipe 24 horas composta por
clínico geral, pediatra, cirurgião, anestesiologista, enfermeiros,
técnicos e equipes para manejo de pacientes críticos. Para dar suporte a
estas atividades, a instituição passou a receber um incentivo
financeiro adicional de R$ 100 mil mensais.
“A questão é que, muitas vezes, recebemos pacientes
que fogem do perfil da classificação que nos foi determinada. Por causa
disso, encaminhamos ofícios à Secretaria Municipal de Saúde e à 15º
Regional de Saúde, ambos datados do dia 30 de novembro, solicitando que
sejam tomadas as providências para adequação das referências da Rede de
Urgência e Emergências, o mais breve possível. Isso porque um
encaminhamento não adequado causa sérios transtornos para a rotina da
instituição e coloca em risco a vida dos pacientes. Uma pessoa pode
estar sendo encaminhada para um hospital que não possui a estrutura de
atendimento na especialidade médica que ela necessita; isto é,
especialidades que não estão previstas no Plano Operativo, que é
determinado pelas autoridades de saúde”, explicou o médico.
Segundo o superintendente, o HUM está dirigindo
seus esforços para atender urgência e emergência de sua área de
abrangência de acordo como a sua categorização como Hospital Geral, e a
assistência se desenvolverá a partir da demanda encaminhada pela rede de
saúde e pelos serviços móveis de urgência, nas especialidades
credenciadas no HUM: ginecologia e obstetrícia, pediatria, clínica
médica e cirúrgica. Além disso, “o hospital deve manter serviço de
Pronto Socorro funcionando de segunda a domingo e feriados 24 horas, com
rotina formalmente estabelecida, nas especialidades de
traumato-ortopedia, ginecologia e obstetrícia, cirurgia, clínica médica e
pediatria. Com isso, será possível aprimorar o atendimento aos
pacientes e dar melhores condições de trabalho a toda equipe de
profissionais, sem prejudicar o ensino, a pesquisa e a extensão, que
também precisam estar presentes numa instituição que é hospital-escola.
Em resumo, estamos empenhados para que HUM atenda dentro da capacidade
operacional instalada, pertinente às suas responsabilidades que foram
determinadas pelas próprias autoridades de saúde”, completou o gestor.
O doutor Maurício ainda aproveitou o balanço para
desejar à comunidade hospitalar e à população da região um ano novo de
grandes conquistas para todos e, especialmente, para àqueles que são
atendidos no ambulatório e no Pronto Atendimento do HUM.
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