CFM contesta novas diretrizes curriculares de medicina
Pelas regras, as escolas de medicina terão até dezembro de 2018 para implementar as mudanças
O
Conselho Federal de Medicina (CFM) contesta as mudanças e a maneira
como foram determinadas as novas diretrizes
curriculares em medicina. Mauro Luiz de Britto Ribeiro,
conselheiro representante do Mato Grosso do Sul no CFM, chama
atenção que as diretrizes de 2001 foram discutidas
durante 10 anos e que as novas mudanças foram
elaboradas ao longo de seis meses. “Foi uma discussão
feita às pressas e sem debate com profundidade necessária
com as entidades médicas, academias e a sociedade. É
preciso entender que a má formação
dos médicos na atualidade decorre da abertura
indiscriminada de escolas, muitas delas sem a menor condição
de funcionamento. Não é com novas diretrizes que estes
problemas e deficiências serão solucionados”.
As novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina entraram em vigor nesta semana (23/06), com a publicação da Resolução 3/2014 no Diário Oficial da União (DOU). Pelas regras, as escolas de medicina terão até dezembro de 2018 para implementar as mudanças. No entanto, nas turmas abertas a partir de então, o novo currículo terá um ano para ser implementado.
Para o conselheiro não existe estrutura física hospitalar e de preceptora para criação de 12 mil novas vagas de graduação e, por consequência, de residência médica no Brasil. “Observamos que faltam critérios para que essas escolas funcionem. O que já encontramos são estruturas limitadas, sem laboratórios, hospitais de ensino e professores capacitados (especialistas, mestres e doutores)”, disse.
As novas diretrizes curriculares nacionais dos cursos de medicina entraram em vigor nesta semana (23/06), com a publicação da Resolução 3/2014 no Diário Oficial da União (DOU). Pelas regras, as escolas de medicina terão até dezembro de 2018 para implementar as mudanças. No entanto, nas turmas abertas a partir de então, o novo currículo terá um ano para ser implementado.
Para o conselheiro não existe estrutura física hospitalar e de preceptora para criação de 12 mil novas vagas de graduação e, por consequência, de residência médica no Brasil. “Observamos que faltam critérios para que essas escolas funcionem. O que já encontramos são estruturas limitadas, sem laboratórios, hospitais de ensino e professores capacitados (especialistas, mestres e doutores)”, disse.
Diretrizes - Entre as principais mudanças está o estágio obrigatório no Sistema Único
de Saúde (SUS), na atenção básica e no serviço de urgência e emergência. Pela
resolução, o internato deve ter a duração mínima de dois anos, com 30% da carga horária
cumprida no SUS.
A resolução ainda garante que os estudantes serão avaliados pelo governo a cada dois anos. A avaliação
será obrigatória e o resultado será contado como parte do processo de classificação para
os exames dos programas de residência médica. A prova será elaborada pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por avaliações como o Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). O Inep tem dois anos para começar a aplicar a avaliação.
Nos últimos 24 anos, o número de escolas médicas passou de 83 para 234 (aumento de 282%). Desde 2011, passaram a funcionar 57 deles (51% privados). Este quadro coloca o Brasil em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia, país com população seis vezes maior e que tem 381 escolas.
Nos últimos 24 anos, o número de escolas médicas passou de 83 para 234 (aumento de 282%). Desde 2011, passaram a funcionar 57 deles (51% privados). Este quadro coloca o Brasil em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia, país com população seis vezes maior e que tem 381 escolas.
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