domingo, 13 de setembro de 2009

Estudar Medicina no exterior

Com algumas exceções, os brasileiros cursando Medicina no exterior, principalmente na América Latina, buscam viabilizar seu sonho de carreira fugindo das dificuldades do nosso modelo (imperfeito) de seleção por vestibular e das altas mensalidades cobradas pelas instituições privadas.

Veja matéria divulgada pela TV Globo em Março/2008 sobre brasileiros atraídos para a Argentina pela possibilidade de cursar Medicina sem vestibular e com mensalidades mais baixas.

Atualmente temos milhares de brasileiros cursando Medicina no exterior e precisamos respeitar o desejo da maioria deles de exercer a profissão quando do retorno ao Brasil. Mas, da mesma forma que lutamos para que ninguém receba um grau de médico conferido pelas IES brasileiras sem merecê-lo, é fundamental que a população brasileira tenha a segurança de que só os bons médicos formados no exterior terão seus diplomas revalidados.
A questão da revalidação de diplomas estrangeiros de Medicina encontra-se num momento de normatização, onde buscamos uniformizar critérios de avaliação, taxas, calendários. Hoje poucas instituições estão revalidando diplomas estrangeiros e cada uma faz do seu jeito. É de interesse de todos - população brasileira, Escolas Médicas e, principalmente, dos que aguardam a sua oportunidade de regularizar a sua situação como médicos - que esta situação seja rapidamente resolvida e que possamos ter regras claras que pautem o processo de revalidação.
Neste momento, extremamente preocupante é o Projeto de Lei do Senado (PLS) 400/07, de autoria do então senador Wilson Matos (suplente do senador Alvaro Dias / PR) que estende o direito de revalidar diplomas estrangeiros às universidades e centros universitários privados. Esperamos que a matéria seja objeto de muito estudo nas comissões pertinentes para que o interesse público sempre prevaleça.

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