Reproduzo abaixo a nota pública divulgada pela ABRASCO - Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva que procura dar o tom apropriado a respeito das notícias que circulam sobre a infecção pelo H1N1.
Nota Pública sobre a Pandemia de Influenza A (H1N1)
A pandemia de Influenza A (H1N1), originada no México em abril de 2009, vem preocupando autoridades de Saúde Pública de todo o mundo. O Brasil, logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) notificar aos países membros a ocorrência de casos humanos desta Gripe vem adotando todas as medidas necessárias e indicadas ao controle desta emergência de Saúde Pública. Para tal instalou no Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde um Gabinete Permanente composto por profissionais da área da saúde que, diu! turnamente, indicam e monitoram as ações que vêm sendo desenvolvidas. Alerta nacional foi dado tendo as Secretarias Estaduais de Saúde montado uma rede de vigilância ativa da doença que envolve centenas de Secretarias Municipais de Saúde. Equipes de triagem foram imediatamente implantadas em todos os aeroportos e portos internacionais e fronteiras terrestres, com orientação para os viajantes procedentes das áreas afetadas e pronto isolamento dos que apresentam sintomatologia compatível com esta Gripe. Informações diárias vêm sendo repassadas para a população por meio da mídia falada e escrita com transparência, de forma clara, simples e didática, incluindo a evolução clínica e epidemiológica dos casos suspeitos e confirmados, as recomendações indicada! s para proteção da população e as ! medidas que estão sendo adotadas pelo país. Dentre os cuidados indicados destacam-se: evitar contato direto com casos suspeitos, prováveis ou confirmados, evitar aglomerações em áreas/países com transmissão da doença e proceder à lavagem das mãos várias vezes ao dia. Além disso, sempre está alertando para a população não utilizar medicamentos sem orientação médica. Também foram divulgados telefones de contatos com a vigilância epidemiológica, nacional, estadual e local, e os sites, onde as informações estão sendo disponibilizadas (nacionais e internacionais). O medicamento específico contra o vírus H1N1está sendo adquirido com recursos públicos e distribuído para estados e municípios para ser utilizado de acordo com a indicação do médico assis! tente de cada caso, garantindo que só seja administrado quando de fato for necessário. Esta iniciativa visa garantir medicamento para todos os brasileiros que venham ser acometidos pela doença e evitar que o uso indevido e em larga escala do TAMIFLU seja responsável pelo desenvolvimento de resistência do H1N1 a esta droga, único antiviral que a OMS indica para tratamento desta doença.Toda a rede de serviços de saúde do país - pública (SUS), privada e conveniada - sob a orientação das equipes de dirigentes e técnicos do Ministério da Saúde está envidando esforços para atender os casos com sinais clínicos desta doença. As decisões e ações desenvolvidas estão sendo fundamentadas no conhecimento científico vigente e nos res! ultados das análises clínico-epidemiológi! cas dos dados, do Brasil e dos outros países afetados, que vêm sendo gerados no curso desta Pandemia. Fato favorável à adoção das medidas pertinentes tem sido a confiança e resposta dos brasileiros acometidos ou com suspeita da doença, que vêm aderindo às normas de isolamento e ao tratamento específico quando assim indicado. Assim, de modo equilibrado as autoridades de saúde do Brasil vêm cumprindo com responsabilidade e competência seu dever de contenção da pandemia, divulgação e democratização das informações para evitar pânico.Todos os cuidados e ações adotadas pelo setor saúde tem criado um clima de tranqüilidade e o uso racional, sob firmes bases científicas, das estratégias e ! instrumentos disponíveis para contenção da epidemia e atenção á saúde a quem necessita. Um dos resultados deste trabalho, considerado altamente positivo pela OPAS/OMS e sociedades científicas do país, é que o Brasil conseguiu retardar a circulação autóctone do vírus H1N1 no seu território por quase quatro meses. Quando esta se estabeleceu, em função da pressão da intensa circulação nos países vizinhos, de pronto divulgou e adequou as medidas necessárias a esta nova situação epidemiológica.Face ao exposto foi grande a preocupação da ABRASCO ao tomar conhecimento das notícias recentemente veiculadas que exibem matérias intempestivas e alarmistas, as quais, sem base-técnico científica adequada, anunciaram que ! o país terá de 35 a 65 milhões de casos d! a Gripe a H1N1. Este tipo de notícia traz conseqüências desastrosas para a população brasileira, pois, ao criar pânico, incertezas e inseguranças na sociedade prejudicam o trabalho dos profissionais e autoridades e não contribuem para o controle da doença. Todavia, dificultam sobremaneira o desenvolvimento de ações que efetivamente evitam casos, reduzem o tempo de doença e salvam vidas. Ademais, estimulam a promulgação de exigências de instâncias judiciais, as quais nem sempre se coadunam com reais indicações técnicas e muitas vezes são dirigidas ao atendimento de “predições” sem fundamento científico.Neste sentido, a ABRASCO consciente do seu papel enquanto sociedade científica em esclarecer e divulgar opiniões e discussões que venham a contri! buir para a redução de problemas de saúde que afetam nossa população, repudia veementemente atitudes alarmistas sem fundamento técnico-científico e conclama a sociedade brasileira para, com serenidade, continuar adotando as medidas preconizadas pelas autoridades de Saúde Pública, nacionais e internacionais, que comprovadamente podem vir a reduzir a carga de doença oriunda desta pandemia.
A pandemia de Influenza A (H1N1), originada no México em abril de 2009, vem preocupando autoridades de Saúde Pública de todo o mundo. O Brasil, logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) notificar aos países membros a ocorrência de casos humanos desta Gripe vem adotando todas as medidas necessárias e indicadas ao controle desta emergência de Saúde Pública. Para tal instalou no Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do Ministério da Saúde um Gabinete Permanente composto por profissionais da área da saúde que, diu! turnamente, indicam e monitoram as ações que vêm sendo desenvolvidas. Alerta nacional foi dado tendo as Secretarias Estaduais de Saúde montado uma rede de vigilância ativa da doença que envolve centenas de Secretarias Municipais de Saúde. Equipes de triagem foram imediatamente implantadas em todos os aeroportos e portos internacionais e fronteiras terrestres, com orientação para os viajantes procedentes das áreas afetadas e pronto isolamento dos que apresentam sintomatologia compatível com esta Gripe. Informações diárias vêm sendo repassadas para a população por meio da mídia falada e escrita com transparência, de forma clara, simples e didática, incluindo a evolução clínica e epidemiológica dos casos suspeitos e confirmados, as recomendações indicada! s para proteção da população e as ! medidas que estão sendo adotadas pelo país. Dentre os cuidados indicados destacam-se: evitar contato direto com casos suspeitos, prováveis ou confirmados, evitar aglomerações em áreas/países com transmissão da doença e proceder à lavagem das mãos várias vezes ao dia. Além disso, sempre está alertando para a população não utilizar medicamentos sem orientação médica. Também foram divulgados telefones de contatos com a vigilância epidemiológica, nacional, estadual e local, e os sites, onde as informações estão sendo disponibilizadas (nacionais e internacionais). O medicamento específico contra o vírus H1N1está sendo adquirido com recursos públicos e distribuído para estados e municípios para ser utilizado de acordo com a indicação do médico assis! tente de cada caso, garantindo que só seja administrado quando de fato for necessário. Esta iniciativa visa garantir medicamento para todos os brasileiros que venham ser acometidos pela doença e evitar que o uso indevido e em larga escala do TAMIFLU seja responsável pelo desenvolvimento de resistência do H1N1 a esta droga, único antiviral que a OMS indica para tratamento desta doença.Toda a rede de serviços de saúde do país - pública (SUS), privada e conveniada - sob a orientação das equipes de dirigentes e técnicos do Ministério da Saúde está envidando esforços para atender os casos com sinais clínicos desta doença. As decisões e ações desenvolvidas estão sendo fundamentadas no conhecimento científico vigente e nos res! ultados das análises clínico-epidemiológi! cas dos dados, do Brasil e dos outros países afetados, que vêm sendo gerados no curso desta Pandemia. Fato favorável à adoção das medidas pertinentes tem sido a confiança e resposta dos brasileiros acometidos ou com suspeita da doença, que vêm aderindo às normas de isolamento e ao tratamento específico quando assim indicado. Assim, de modo equilibrado as autoridades de saúde do Brasil vêm cumprindo com responsabilidade e competência seu dever de contenção da pandemia, divulgação e democratização das informações para evitar pânico.Todos os cuidados e ações adotadas pelo setor saúde tem criado um clima de tranqüilidade e o uso racional, sob firmes bases científicas, das estratégias e ! instrumentos disponíveis para contenção da epidemia e atenção á saúde a quem necessita. Um dos resultados deste trabalho, considerado altamente positivo pela OPAS/OMS e sociedades científicas do país, é que o Brasil conseguiu retardar a circulação autóctone do vírus H1N1 no seu território por quase quatro meses. Quando esta se estabeleceu, em função da pressão da intensa circulação nos países vizinhos, de pronto divulgou e adequou as medidas necessárias a esta nova situação epidemiológica.Face ao exposto foi grande a preocupação da ABRASCO ao tomar conhecimento das notícias recentemente veiculadas que exibem matérias intempestivas e alarmistas, as quais, sem base-técnico científica adequada, anunciaram que ! o país terá de 35 a 65 milhões de casos d! a Gripe a H1N1. Este tipo de notícia traz conseqüências desastrosas para a população brasileira, pois, ao criar pânico, incertezas e inseguranças na sociedade prejudicam o trabalho dos profissionais e autoridades e não contribuem para o controle da doença. Todavia, dificultam sobremaneira o desenvolvimento de ações que efetivamente evitam casos, reduzem o tempo de doença e salvam vidas. Ademais, estimulam a promulgação de exigências de instâncias judiciais, as quais nem sempre se coadunam com reais indicações técnicas e muitas vezes são dirigidas ao atendimento de “predições” sem fundamento científico.Neste sentido, a ABRASCO consciente do seu papel enquanto sociedade científica em esclarecer e divulgar opiniões e discussões que venham a contri! buir para a redução de problemas de saúde que afetam nossa população, repudia veementemente atitudes alarmistas sem fundamento técnico-científico e conclama a sociedade brasileira para, com serenidade, continuar adotando as medidas preconizadas pelas autoridades de Saúde Pública, nacionais e internacionais, que comprovadamente podem vir a reduzir a carga de doença oriunda desta pandemia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário