Estive em Brasília no II Seminário do Pró-Saúde e ouvi que o MS pretende estabelecer uma parceria maior com as Forças Armadas para aumentar o número de profissionais de saúde fazendo o Serviço Militar obrigatório (melhor que o serviço civil que vinha sendo proposto) e estimular a entrada nos Corpos de Saúde das Forças. Como as FFAAs estão presentes onde os civis não chegam (ou não querem chegar), trata-se de uma forma interessante de interiorizar os profissionais.
Uma outra idéia em estudo é a de tornar a Medicina uma profissão de Estado. Da mesma forma que o Ministério Público ou a Magistratura, o profissional em início de carreira iria para municípios menores, mudando para outras cidades na medida da progressão na carreira.
2 comentários:
Não tenho uma opinião totalmente formada sobre o assunto, porque ainda careço de informações melhores sobre isto. Mas não acredito que transformar em carreira federal torne mais atrativa a idéia. Imagine-se médico em uma cidade pequena sem condições de exercer a boa medicina, e que não tenha infra estrutura para acomodar a sua família é no mínimo utópico. Você teria que esperar anos a fio para ser 'promovido', o que com certeza não acontecerá de maneira rápida.
Este é o principal motivo do porquê as cidades pequenas não atraem um profissional que demorou 6 anos para conseguir o seu diploma e mais 3 a 4 anos de residência médica. Ele não vai conseguir exercer tudo o que aprendeu e tudo o que é capaz. Tem que ter um programa muito forte de interiorização, com ação social e investimento na saúde. Tem que ser mais do que um programa de cargos e salários.
Concordo com a Profª 'b_k' . Esta proposta tem que ser amadurecida para que não seja mais um projeto que acaba não funcionando.
Para dar certo precisamos investir em reforço das redes municipais, educação permanente e utilizar mais os recursos de telemedicina. Fundamental também é mudar o perfil dos profissionais formados, principalmente garantindo residência médica em quantidade e qualidade satisfatórias e com ênfase nas grandes áreas e a MFC. Na verdade, os especialistas sempre estarão onde os recursos diagnósticos forem mais apropriados mas precisamos que a "linha de frente" chegue aonde estão os doentes, seja em municípios grandes como nos rincões longínquos do país.
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