domingo, 26 de novembro de 2017

Erros de medicação



OPAS/OMS apresenta iniciativa para reduzir erros de medicação 

A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) apresentou nesta sexta-feira (17/11/2017) um panorama do 3º Desafio Global para Segurança do Paciente. A iniciativa Global Patient Safety Challenge on Medication Safety busca reduzir pela metade, nos próximos cinco anos, os danos graves e evitáveis associados a erros de medicação.




A apresentação foi feita durante o I Congresso Pan-Americano e o VI Congresso Brasileiro sobre o Uso Racional de Medicamentos, que acontece até sábado (18), em Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil. Segundo Felipe Carvalho (foto), consultor de desenvolvimento e inovação tecnológica em saúde da Representação da OPAS/OMS no Brasil, os erros de medicação, além de causarem danos ao paciente, prejudicam os orçamentos de saúde.

“Os custos relacionados a erros de medicação representam 42 bilhões de dólares [cerca de R$ 136 bilhões] por ano. E isso é o que conhecemos, a ponta o iceberg. Imagina o que não conhecemos, o que está subnotificado. Essa estimativa da OMS foi feita com base em informações de países que têm esses dados. E esses países são também os que monitoram melhor a segurança do paciente. Então, sabemos que o problema no mundo é ainda maior”, afirmou.

Além disso, estima-se que os erros de medicação causam pelo menos uma morte todos os dias. Somente nos Estados Unidos, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas são prejudicadas anualmente por esses equívocos.

Tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes podem cometer erros que resultam em danos graves, como prescrever, dispensar, preparar, administrar ou consumir a medicação errada ou de forma inadequada, o que pode resultar em danos graves, deficiência e até mesmo morte.

A maior parte dos danos advém de falhas na maneira como o cuidado é organizado e coordenado, especialmente quando vários provedores de saúde estão envolvidos no cuidado do paciente. Uma cultura organizacional que implementa rotineiramente as melhores práticas e que evita a culpa quando os erros são cometidos é o melhor ambiente para cuidados seguros.


Desafio

O Desafio Global para Segurança do Paciente, lançado em março deste ano pela OMS, convoca os países a tomarem medidas prioritárias para abordar os seguintes fatores-chave: medicamentos com alto risco de dano se usados indevidamente; pacientes que tomam múltiplos medicamentos para diferentes doenças e condições; e pacientes que passam por transições de cuidados, a fim de reduzir os erros de medicação e danos.

Esse é o terceiro desafio global da OMS para a segurança dos pacientes. O primeiro foi sobre higienização adequada das mãos (“Clean Care is Safe Care”), em 2005, e o segundo tratava de procedimentos necessários para cirurgias seguras (“Safe Surgery Saves Lives”), em 2008.

 

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