quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O que e como avaliar

O que e como avaliar?

As agências privadas de acreditação, uma realidade na União Europeia e em vários outros países da América Latina, começam a ser discutidas no Brasil

Rodolfo C. Bonventti  - Revista Educação Superior




Mira: o processo de acreditação serve para todo um conjunto na sociedade
A avaliação institucional sempre foi um tema polêmico. Mais do que fazer um diagnóstico da instituição, a avaliação emite um juízo de valor sobre a pertinência e a qualidade das atividades, dos produtos e serviços e dos profissionais que nela atuam. Para o professor José Dias Sobrinho, doutor em ciências humanas pela Unicamp e participante do Relatório 2007 - Acreditação para garantia de qualidade: O que está em jogo?, organizado pela Global University Network for Innovation (Guni), é preciso repensar os objetivos de uma avaliação. "Há necessidade de  avaliar para desenvolver a qualidade e há necessidade de avaliar e de inovar a própria avaliação." Mas ele reconhece que avaliar exige decisões difíceis de serem tomadas, pois elas envolvem diversas instâncias intra e extra institucionais como a implantação da avaliação, os critérios a serem utilizados e o que fazer com os resultados.

Vista inicialmente como um modismo, a avaliação das instituições se transformou, nos últimos anos, em um instrumento de gestão necessário para mensurar os esforços, a qualidade, a excelência e a relevância de uma instituição de ensino e mudou o foco da questão, que deixou de ser a necessidade de avaliar ou não, para o que avaliar e como e a quem cabe avaliar.

No modelo educacional brasileiro, a responsabilidade pela avaliação é do Ministério da Educação, mas o modelo tem provocado muita discussão no mercado e foi um dos temas centrais do 11º Fnesp, realizado em setembro último em São Paulo, ao abordar os instrumentos de avaliação e uma reflexão sobre seus principais pontos e o funcionamento e criação de agências de acreditação independentes, conforme modelos que já existem na Espanha, em Portugal e outros países da América Latina como  México, Chile, Venezuela e Argentina.

Na defesa pela maior autonomia das universidades, inclusive na questão do processo de avaliação, o reitor da UFMG, Almy Junior Cordeiro de Carvalho, afirma que a autonomia é urgente para que as universidades fiquem menos expostas aos humores dos governos. "Quando se muda de governo ou quando se entra em crise, a universidade entra no pacote geral."

Para a professora e pesquisadora do Departamento de Ciências Políticas da USP e do Núcleo de Pesquisas sobre Políticas Públicas, Elizabeth Balbachevsky, uma das facetas do processo de globalização do ensino superior é a ampliação de acesso por um lado e a demanda para que suas atividades de pesquisa e ensino sejam relevantes do ponto de vista das necessidades do país, de outro. "Nesse novo cenário, o ensino superior é percebido como estratégico para a sociedade e por essa razão surge uma maior pressão regulatória sobre as instituições. Questões que até então podiam ser delegadas para decisões internas passam a exigir e a mobilizar outros interesses e atores que são externos, e que normalmente encontram dificuldades em se fazerem ouvir."

Doutor em Ciências da Educação e ex-presidente do Instituto Internacional para La Educacion Superior En América Latina Y El Caribe da Unesco, Claudio Rama, um dos criadores da Agência de Acreditação Independente apresentada no Fnesp, defende uma diminuição cada vez maior da ingerência estatal, que reduz a autonomia da universidade pública e a liberdade de mercado da privada. "Os governos precisam reduzir suas regulações. Como pode haver proteção do conhecimento? Na União Europeia, por exemplo, está prevista a livre mobilidade dos profissionais, que devem ser formados por cursos com grades curriculares, conteúdo e carga horária semelhantes. É o aparecimento de uma educação sem fronteiras, em que os docentes se movem em ambientes multiculturais, viajam para dar aulas e conferências são tutores a distância, e, do outro lado, cada vez mais, os alunos se formam na educação virtual e migram para estudar."

Uma Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior é normalmente uma fundação de direito privado ou uma organização não governamental, que tem como principal fim a avaliação e acreditação das instituições e dos seus diversos cursos em todos os níveis. O principal traço do seu trabalho é a independência, quer face ao poder político, quer face às entidades avaliadas.

"A acreditação é uma certificação de que uma instituição atende a critérios e requisitos pré-definidos em termos de qualidade. Mas não existe um critério único de qualidade, portanto o ideal é que as certificações sejam diferentes e com características locais, regionais, nacionais e internacionais. O Brasil é tão grande e diversificado que não pode construir o seu sistema de ensino superior somente por meio de uma acreditação pública. Suas diversidades institucionais, pedagógicas e disciplinares permitem a criação de várias agências regionais, como o caso do México, por exemplo, que possui atualmente 27 agências", afirma Cláudio Rama.

Para a professora Elizabeth Balbachevsky, as instituições brasileiras possuem missões, perfis e pontos de qualidade muito distintos. "Um fator, aliás, muito normal quando acontece a ampliação de acesso ao ensino superior como ocorreu nos últimos anos no Brasil. Portanto, se temos estratégias e ofertas de ensino diferenciadas, não podemos ter um modelo de avaliação engessado com medidas abstratas que são empurradas goela abaixo pelo governo nas instituições, porque o efeito final acaba sendo muito perverso, acarretando apenas mais custos para as instituições. Simplesmente são exigidos quesitos que se transformam em tributos e cujo resultado para a qualidade do ensino é zero."
Jose Joaquim Mira, diretor da Agência de Avaliação e Acreditação da Espanha (Aneca) e diretor da Universidade Miguel Hernandez (UMH), também um dos palestrantes do 11º Fnesp, onde falou sobre a experiência de trabalhar em uma instituição na implementação de sistemas de qualidade e sobre o funcionamento de uma agência de acreditação, defende que a importância de qualquer processo de acreditação no ensino superior é que ele garante confiança nos alunos. "Ao mercado que emprega e dá preferência àqueles profissionais formados em cursos devidamente acreditados e à família, que é quem ajuda economicamente o aluno a realizar o seu curso e ter uma profissão. Enfim, o processo de acreditação serve para todo um conjunto da sociedade".

Mira destaca que o primeiro programa piloto de avaliação independente surgiu há 12 anos na Europa, e dele participou voluntariamente um grupo de universidades que ainda representavam um extrato muito pequeno do ensino superior naquele continente.

"Os sistemas de ensino são muito semelhantes, mas se você olhar para dentro de cada instituição vai verificar que há grandes diferenças de uma para outra. Isso explica o porquê de não recomendarmos uma única agência de acreditação no caso de várias instituições compartilharem o mesmo sistema universitário. Há um mínimo comum para todos, mas, ao mesmo tempo, há amplas possibilidades de personalizarmos ferramentas, de acordo com a realidade de cada IES, capazes de garantir um melhor sistema de acreditação em um processo de avaliação. Na União Europeia, cada país determina as condições em que prefere realizar o credenciamento e a acreditação das suas instituições de ensino."
O Sistema de Acreditação ou de Certificação nasceu na verdade nos Estados Unidos e foi uma iniciativa do setor privado para garantir um bom nível de qualidade perante a sociedade.

Segundo a professora Elizabeth Balbachevsky, para efetivamente funcionarem, os critérios devem ser negociados com as instituições. "Até porque tem de ser um processo de aprendizagem da agência em relação às instituições e destas em relação a elas mesmas. Os alunos e os professores devem poder participar livremente desse processo também."

Já na opinião do professor José Dias Sobrinho, o sistema de acreditação deveria ser controlado por regulamentos gerais estabelecidos pelo Estado, mas implementado por agências e comunidades disciplinadoras com um certo grau de liberdade. "As agências públicas estão em melhor posição porque são mais distantes dos interesses do mercado. O Estado deveria assegurar a acreditação com o objetivo de oferecer informações seguras sobre as instituições educacionais para a sociedade. As agências privadas, quando aceitas, deveriam ser acreditadas pelo Estado de tempos em tempos."

Estudo viabiliza modelo de agência independente
Especialistas de mercado criaram e apresentaram no 11º Fnesp um projeto para uma agência de acreditação nacional que utiliza a experiência conquistada na Europa ou em países latino-americanos como o México e o Chile, mas que, ao mesmo tempo, propõe uma adaptação às características das instituições brasileiras.

"A criação da Agência de Avaliação, Acreditação e Assessoria da Educação Superior no Estado de São Paulo baseia-se na necessidade de desenvolvermos um modelo de avaliação e acreditação que respeite as inúmeras diferenças regionais que temos no país e, ao mesmo tempo, acompanhe o conceito de universidade que existe hoje", diz Fábio Reis, diretor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo, que junto com o professor Cláudio Rama idealizou a Agência.

"Nosso modelo de avaliação e acreditação tem parâmetros internacionais, mas propõe um foco diferenciado, voltado para medir os eixos que realmente garantem atualmente a qualidade na educação superior, que é o enfoque na empregabilidade; na competência profissional dos professores e dos nossos formandos que chegam ao mercado; na inovação curricular; na gestão da universidade como uma empresa e na diversidade, deixando de lado os critérios exclusivamente acadêmicos em que se baseiam as avaliações oficiais hoje", acrescenta.

Para Fábio Reis, essa é uma tendência mundial e o Brasil não pode ficar distante dela. "O importante é que a agência tenha total autonomia perante o Estado, alinhamento constante com o mercado de trabalho e com as demandas que são características da nossa sociedade. Só assim ela vai poder contribuir para melhorar a qualidade das nossas instituições e até permitir um olhar mais amplo sobre as instituições de ensino por parte dos organismos públicos".

Para Cláudio Rama, a sociedade já não aceita a capacidade de uma instituição de avaliar ela própria sua qualidade e prefere organismos independentes de avaliação executando esse papel. "A nova lógica econômica requer um sistema educacional global, ou seja, que obedeça a regulações padronizadas internacionalmente." (R.C.B)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para reflexão

País do diploma

Ancelmo Gois - O Globo 21/10/2009

Acredite. Entre os inscritos para o concurso de gari da Comlurb, a estatal carioca do lixo, 45 têm doutorado; 22, mestrado; 1.026, nível superior completo; e 3.180 chegaram a cursar faculdade, mas não concluíram.
De 7 de outubro até ontem, 109.193 pessoas se inscreveram para a prova.
Mas...O concurso não exige nem ensino fundamental completo, e a prova é só de esforço físico. O salário é de R$ 486,10, mais R$ 237,90 em tíquete-alimentação e plano de saúde.

* Como vocês viram, a coisa está preta... Deixe o seu comentário!

sábado, 24 de outubro de 2009

Transdisciplinaridade

O quê é transdisciplinaridade?


Visão dos profissinais da saúde sobre Saúde e Promoção da Saúde

"It depends on what you mean": a qualitative study of Swedish health professionals' views on health and health promotion
Helene Johansson, Lars Weinehall and Maria Emmelin
BMC Health Services Research 2009, 9:191               doi:10.1186/1472-6963-9-191

Abstract (provisional)

Background

The role of health services must be re-oriented towards health promotion to more effectively contribute to population health. One of the objectives of the Swedish public health policy is that health promotion and disease prevention should be an integral part of the health care system and an important component of all care and treatment. However, the uncertainty about what the concepts of health and health promotion mean poses a challenge for implementation. Depending on how these concepts are interpreted, the attitudes of health professionals toward health promoting practices will differ. Thus, a more in-depth understanding of health professionals' views can be a starting point for a discussion about the values and attitudes that influence the current health care system and about the barriers and possibilities for future development of a health promoting health service.

Method

Seven focus group discussions (n=34) were carried out with health professionals, from different health care settings, to understand how they communicate about health and health promotion.The data were analyzed using qualitative content analysis.

Results

The analysis of health professional's general understanding of the concept of health resulted in the category; a multi-facetted concept, whilst the category; a subjective assessment describes what health means to themselves. A third category; health is about life, the whole life, describes their understanding of health as an outcome of a multiplicity of contextually dependent determinants. The health professional's multiple ways of associating health promotion to disease prevention suggest a concept that is diffuse, elusive and difficult to apply in practice. Despite a shared view of health, the health professionals described their health promotion role very differently depending partly on how the concept of health promotion was interpreted. The analysis resulted in the development of three ideal types, labelled the demarcater, the integrater and the promoter describing different strategies for handling a health promotion role in practice

Conclusion

The study suggests that different interpretations of what constitutes health promotion can lead to unnecessary misunderstandings and pose barriers to further development of a health promoting practice.


* Para ler a versão provisória na íntegra, clique aqui.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mestrado profissional

Mestrado profissional na área de saúde

Fontes: UOL educação / MEC


A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) lançou nesta quinta-feira (22) o edital para apresentação de projetos de implantação de mestrado profissional de programas de residência em saúde. O edital, com prazo para apresentação de propostas até 30 de dezembro, é a primeira chamada pública para o credenciamento de cursos de mestrado profissional após a regulamentação da modalidade em junho deste ano.

Podem se candidatar instituições que já tenham programas de pós-graduação stricto sensu na área de saúde reconhecidos pela Capes e que pretendam oferecer mestrado profissional nas áreas de administração e gestão em saúde, cuidados intensivos, cuidados paliativos, atendimento domiciliar, promoção da saúde, saúde oral, tecnologia e saúde, prevenção de agravos à saúde, reabilitação da saúde, saúde e meio ambiente e distúrbios cognitivos e comportamentais.

Também podem ser apresentadas propostas nas áreas de atuação específica da carreira médica - atendimento ao queimado, citopatologia, densiometria óssea, ecografia vascular com doppler, eletrofisiologia clínica invasiva, endoscopia digestiva, endoscopia ginecológica, endoscopia respiratória, ergometria, hemodinâmica e cardiologia intervencionista, infectologia hospitalar, medicina aeroespacial, medicina fetal, neurofisiologia clínica, nutrição parenteral e enteral, nutrição parenteral e enteral pediátrica, perícia médica, psicogeriatria, psiquiatria forense e reprodução humana.

Pró-Residência

MEC e Saúde lançam programa para oferecer 2.000 bolsas de residência médica

UOL Educação

O MEC (Ministério da Educação) e o Ministério da Saúde lançaram nesta quinta-feira (22) o Pró-Residência (Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas). A ação prevê a oferta de mais 2.000 bolsas de residência médica em especialidades e regiões prioritárias para o SUS (Sistema Único de Saúde). A oferta de residências atual é de 1.700.

As áreas prioritárias são: saúde, saúde da criança, saúde da mulher, saúde mental, oncologia, saúde do idoso e urgência e emergência. As bolsas serão custeadas pelos dois ministérios.

Os benefícios serão distribuídos a partir da apresentação de propostas a dois editais lançados pela Sesu (secretarias de Educação Superior) e pela SGTES (Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde). Podem se candidatar os hospitais universitários federais, os hospitais de ensino e as secretarias estaduais e municipais de saúde, prioritariamente das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Editais

Um primeiro edital, com prazo para apresentação de propostas até 30 de novembro, selecionará projetos de ampliação de vagas em programas já existentes ou de criação de programas que dependam exclusivamente de bolsas de residência para iniciar as atividades. Nessa modalidade, serão distribuídas mil bolsas. A divulgação dos projetos aprovados está prevista para 11 de dezembro.

Outras mil bolsas serão distribuídas entre os projetos apresentados por instituições que necessitam de investimentos em infraestrutura e formação de preceptores - profissionais médicos que fazem a supervisão de estudantes e residentes em atividades práticas. Nesses casos, os programas serão desenvolvidos em convênio com instituições de referência no país. Para esses proponentes, o prazo de apresentação de propostas vai até 31 de janeiro de 2010, de forma a permitir o desenvolvimento da infraestrutura necessária ao longo do ano e a utilização das bolsas em 2011.

Regiões prioritárias

As regiões e especialidades foram definidas a partir de levantamento realizado pela Ciges (Comissão Interministerial de Gestão da Educação na Saúde), da qual fazem parte os ministérios da Educação e da Saúde, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).

O mapeamento levou em consideração a identificação das regiões que apresentavam carência de especialistas e ausência de programas de residência médica em algumas áreas. A expansão da oferta de bolsas em áreas prioritárias para o SUS visa a contribuir para o aumento do número de profissionais nessas regiões e auxiliar estados e municípios que hoje enfrentam dificuldades para contratar profissionais da área de saúde.

* Ver o edital na íntegra.

Influência da Atitude dos Médicos na Atenção Básica

An exploration of how clinician attitudes and beliefs influence the implementation of lifestyle risk factor management in primary healthcare: a grounded theory study

Rachel A Laws, Lynn A Kemp, Mark F Harris, Gawaine Powell Davies, Anna M Williams and Rosslyn Eames-Brown
Implementation Science 2009, 4:66       doi:10.1186/1748-5908-4-66

Published:
13 October 2009

Abstract (provisional)

Background

Despite the effectiveness of brief lifestyle intervention delivered in primary healthcare (PHC), implementation in routine practice remains suboptimal. Beliefs and attitudes have been shown to be associated with risk factor management practices, but little is known about the process by which clinicians' perceptions shape implementation. This study aims to describe a theoretical model to understand how clinicians' perceptions shape the implementation of lifestyle risk factor management in routine practice. The implications of the model for enhancing practices will also be discussed.

Methods

The study analysed data collected as part of a larger feasibility project of risk factor management in three community health teams in New South Wales (NSW), Australia. This included journal notes kept through the implementation of the project, and interviews with 48 participants comprising 23 clinicians (including community nurses, allied health practitioners and an Aboriginal health worker), five managers, and two project officers. Data were analysed using grounded theory principles of open, focused, and theoretical coding and constant comparative techniques to construct a model grounded in the data.

Results

The model suggests that implementation reflects both clinician beliefs about whether they should (commitment) and can (capacity) address lifestyle issues. Commitment represents the priority placed on risk factor management and reflects beliefs about role responsibility congruence, client receptiveness, and the likely impact of intervening. Clinician beliefs about their capacity for risk factor management reflect their views about self-efficacy, role support, and the fit between risk factor management ways of working. The model suggests that clinicians formulate different expectations and intentions about how they will intervene based on these beliefs about commitment and capacity and their philosophical views about appropriate ways to intervene. These expectations then provide a cognitive framework guiding their risk factor management practices. Finally, clinicians' appraisal of the overall benefits and costs of addressing lifestyle issues acts to positively or negatively reinforce their commitment to implementing these practices.

Conclusions 

The model extends previous research by outlining a process by which clinicians' perceptions shape implementation of lifestyle risk factor management in routine practice. This provides new insights to inform the development of effective strategies to improve such practices. 

* Para ler a versão provisória deste trabalho na íntegra, clique aqui.

Congresso de Educação Médica em Maringá



Comunico aos nossos leitores que em abril 2011 sediaremos o próximo Congresso Catarinense e Paranaense de Educação Médica.


Estamos  negociando a realização simultânea de uma oficina nacional da ABEM, nos moldes do que tivemos neste ano em Chapecó (SC).


Precisaremos da ajuda de todos! 


Qualquer sugestão ou dúvida pode ser remetida ao blog ou ao meu e-mail rzesteves@uem.br .


Roberto Z. Esteves
- Administrador

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Stress entre estudantes da área da saúde

Emotional intelligence and perceived stress in healthcare students: a multi-institutional, multi-professional survey

Yvonne Birks1 , Jean McKendree2 and Ian Watt1,2
1Department of Health Sciences, University of York, York, UK
2Hull York Medical School, York, UK

BMC Medical Education 2009, 9:61 doi:10.1186/1472-6920-9-61
Published: 17 September 2009

Abstract

Background
Emotional intelligence (EI) is increasingly discussed as having a potential role in medicine, nursing, and other healthcare disciplines, both for personal mental health and professional practice. Stress has been identified as being high for students in healthcare courses. This study investigated whether EI and stress differed among students in four health professions (dental, nursing, graduate mental health workers, medical) and whether there was evidence that EI might serve as a buffer for stress.

Method
The Schutte Emotional Intelligence and the Perceived Stress scale instruments were administered to four groups of healthcare students in their first year of study in both the autumn and summer terms of the 2005-6 academic year. The groups were undergraduate dental, nursing and medical students, and postgraduate mental health workers.

Results
No significant differences were found between males and females nor among professional groups for the EI measure. Dental students reported significantly higher stress than medical students. EI was found to be only moderately stable in test-retest scores. Some evidence was found for EI as a possible factor in mediating stress. Students in different health profession courses did not show significant differences in Emotional Intelligence.

Conclusion
While stress and EI showed a moderate relationship, results of this study do not allow the direction of relationship to be determined. The limitations and further research questions raised in this study are discussed along with the need for refinement of the EI construct and measures, particularly if Emotional Intelligence were to be considered as a possible selection criterion, as has been suggested by some authors.
* Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do Professor

Em um país que teima em não dar a devida atenção à Saúde e à Educação, parabenizo a todos os que batalham resignados, contra tudo e contra todos, para melhorar o ensino médico no Brasil.
Parabéns pelo Dia do Professor!
Clique aqui. para um pequeno presente no seu dia.
Roberto Z. Esteves
Administrador do blog

Programa ESME

Desenvolvimento Docente

O Programa ESME – Essencial Skills in Medical Education foi criado em 2004 pelos professores: Mirian Friedman Ben-David, Stewart Mennin, Shaul Ben-David e Ron Harden, em colaboração com a AMEE (Association for Medical Education in Europe).

Trata-se de um curso de curta duração para o desenvolvimento docente, ou seja, indicado para professores com interesse na temática da educação médica e sem formação pedagógica específica. São abordados tópicos como: processo de ensino-aprendizagem, avaliação de estudantes e planejamento curricular. A equipe de facilitadores do ESME- Brasil será coordenada pelos professores Stewart Mennin, Ruy Souza e Regina Petroni-Mennin.

O Programa ESME tem a chancela da AMEE. Está é a primeira vez que este programa é ofertado no Brasil. Os participantes terão cinco dias de atividades durante o 47º COBEM e receberão certificação desta participação pela ABEM/ AMEE. Aqueles que desejarem poderão continuar o programa produzindo um portfolio, recebendo o certificado de conclusão do Programa ESME pela AMEE. O portfolio deverá ser realizado num período de seis meses, e será acompanhado e avaliado pelos coordenadores do curso.

As atividades do programa acontecerão no campus da Universidade Positivo, prédio da Pós-Graduação, anexo ao centro de convenções ExpoCuritiba (Rua Prof. Viriato Parigot de Souza, 5300).