Foi-se o tempo em que o médico era uma das principais figuras da cidade, junto com o padre, o prefeito e o juiz. Respeitava-se o ofício, porque as pessoas acreditavam que o médico era como Deus, com o poder de cura e sabedoria para resolver os problemas de toda a família, com conselhos interessantes a respeito de tudo.
Atualmente, ao abrir os noticiários deparamo-nos com acusações de assédio sexual ou moral, tentativa de extorsão, assassinatos, envolvimentos escusos que antes eram exceções ou raridade dentro da classe médica. Estes escândalos envolvendo tantos e tantos médicos não são porque a medicina degenerou, mas porque pessoas sem vocação e sem moral estão entrando nas faculdades e graduando-se. Podem ser alunos brilhantes, porém sem moral ou com psiquismo alterado, que em algum momento no futuro ficará em evidência. Basta que alguém tenha a coragem de denunciar.
Neste ponto, fica a pergunta: Durante o curso não foi possível detectar algo?
Blog do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá para a discussão de temas de Educação Médica, Educação das Profissões da Saúde e áreas correlatas. Blog of University of Maringá Medical School for the discussion of issues of Medical Education, Health Professions Education and related areas.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Médicos em Evidência
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Um comentário:
A questão tratada é multicausal mas decorre enormemente da crise de valores da sociedade. Família e Escola culpam-se mutuamente mas nenhuma das duas tem feito a sua parte. Podemos enxergar o problema em todas as formações mas ela fica muito patente na área médica pela Saúde ser algo tão fundamental para o indivíduo e a sociedade.
Uma saída para estancar o problema na formação médica poderia começar por uma melhor avaliação, iniciada por uma forma de acesso mais apropriada que o vestibular e por critérios mais objetivos e justos de acompanhamento durante o Curso. Na forma atual, um aluno-problema vai levando o Curso com a ajuda de colegas e a omissão dos docentes, a Escola se "livra" do problema e a sociedade fica à merçê de profissionais que terminam, mais cedo ou mais tarde, revelando as lacunas na sua formação.
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