sábado, 26 de julho de 2008

Lei Seca - Ganhos ou Perdas

hospitais
A estimativa do governo do estado de São Paulo é de que o número de mortes no trânsito diminuiu 63% e o índice de atendimento a politraumatismos reduziu pela metade. Esta redução representa 4,5 milhões de reais economizados somente no setor hospitalar, e este número pode aumentar se contabilizarmos os ganhos secundários na economia brasileira. Isto quer dizer que um menor número de pessoas estará afastada por incapacidade física (temporária ou definitiva), diminuindo o absenteísmo nas empresas, e menor ônus com eventual contratação de funcionários substitutos. Quanto ao INSS, terá menor número de pessoas recebendo auxílio-doença (somente no HC-USP, houve menos 4000 acidentados no espaço de 30 dias). A repercussão é grande em todos os setores. Com este dinheiro economizado há como se ter maior investimento na saúde, com aumento no número de leitos, equipamentos, vagas para cirurgias eletivas, dentre tantas necessidades e carências deste setor.
Por outro lado, há os que lucram menos, quais sejam as indústrias farmacêuticas, empresas de materiais cirúrgicos (órteses e próteses, cateteres), e até mesmo as funerárias. Nem tudo é perfeito e nem sempre se pode ganhar infinitamente.
Esperamos que esta lei continue em vigor, protegendo vidas com a diminuição da violência no trânsito. E que o governo aplique o dinheiro economizado pela implantação da lei seca, com ações para melhorar o atendimento nos hospitais públicos.

domingo, 20 de julho de 2008

Avaliação do Curso pelos discentes

Recebi recentemente da CPA - Comissão Própria de Avaliação - o relatório sobre a avaliação discente do Curso em 2006. Em geral, a avaliação mostra vários aspectos positivos, não só mostrando virtudes mas também "pondo o dedo nas feridas".

Estou disponibilizando os dados de cada disciplina aos professores responsáveis para que estes resultados contribuam para a reflexão sobre como tornar o aprendizado ainda melhor. Basta pedir que eu mando por e-mail.

Aproveito para reforçar aos alunos que ainda não responderam à nova consulta que estes devem entrar na página da CPA com urgência para responder a avaliação das disciplinas que cursaram em 2007.

Roberto Z Esteves - Coordenador do Curso de Medicina/UEM

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Blogue como instrumento de ensino e aprendizagem


Tomei a liberdade de copiar do blog do Paulo Lotufo este artigo que achei muito interessante (http://paulolotufo.blogspot.com/).

"Ainda há aqueles que consideram que a internet é apenas mais um meio de comunicação, algo como a evolução do rádio e televisão. Os blogues ainda não foram considerados como instrumento de informação, muito menos de formação. Abaixo, o exemplo bem sucedido na escola de saúde pública Harvard. Aos professores, a lembrança de que os calouros de 2009, nasceram em 1991 com um computador em casa, quando se alfabetizaram em 1996-97, a internet já era realidade e, google-orkut-msn são instrumentos ordinários na vida deles. Caberá aos mestres, a devida atualização aos tempos modernos."
Using Seminar Blogs To Enhance Student Participation and Learning in Public Health School Classes. Rose H. Goldman 1*, Amy P. Cohen 2, Fred Sheahan 2 1 Cambridge Health Alliance, Harvard School of Public Health, Harvard Medical School2 Harvard School of Public Health Objectives. We evaluated whether "seminar blogs" enhanced learning in a large graduate-level introductory public health school class. Methods. Sixty students were divided into 6 online blog groups. Students posted their assignments (case analyses, news commentaries), prompting comments from other students. Anonymous poll surveys of students were conducted at midpoint and at the end of the course. Results. Sixty percent reported that blog participation enriched their learning quite a bit, 34% a small amount, and 6% not at all; 54% said that the blogs provided opportunities to learn from classmates. When comparing writing on the blog to speaking in class, 60% found it easier, 30% about the same, and 10% harder. About 65% said that skills attained by participating in blogs were useful for current or future work. Major criticisms involved time issues. Conclusions. Small seminar blogs offer opportunities for increased student participation, interaction, and learning. To be most effective and appealing, assignments for postings need to allow sufficient time for commentary. This educational technology has potential to expand the classroom experience and is worthy of further development and testing

PS: Para os interessados em ler a íntegra do artigo, favor entrar em contato comigo, por e-mail (bete_k@yahoo.com)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Velhos remédios, novas indicações

Grupo acha novos usos para remédios investigando bulas

RICARDO BONALUME NETO

As tediosas bulas de remédio podem ser uma inesperada fonte de descoberta científica, mostra um grupo de pesquisadores europeus. Analisando efeitos colaterais descritos nas bulas de 746 remédios aprovados e comercializados, os cientistas acharam possíveis novos usos terapêuticos para pelo menos treze dessas drogas.Achar novas aplicações para drogas existentes é algo relativamente comum, mas descobertas desse tipo em geral surgem de golpes de sorte e pesquisas não sistemáticas. O princípio ativo do Viagra, por exemplo, foi antes usado contra angina.O grupo de Peer Bork, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular, de Heidelberg (Alemanha), porém, decidiu usar um método organizado. Fez uma varredura em centenas de bulas para procurar informações sobre efeitos colaterais que poderiam dar pistas sobre se uma droga com as mesmas propriedades serviria contra doenças diferentes.Bork descobriu, por exemplo, que o donepezil, usado para diminuir a perda de memória em vítimas do mal de Alzheimer, tem um alvo comum com o medicamento antidepressivo venlafaxina, sugerindo que ela também poderia ser usada contra a depressão. Essa e outras descobertas foram relatadas em estudo na edição de hoje da revista científica "Science".A vantagem de pesquisar novos usos para drogas já usadas é encurtar o tempo de testes clínicos. A aprovação de uma nova droga pode levar até 15 anos desde sua descoberta, com testes em tubos de ensaio, cobaias e humanos.