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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Internacionalização






A UEM (Universidade Estadual de Maringá) está entre as três instituições brasileiras de ensino superior selecionadas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) para participar do American Council on Education (ACE), Laboratório de Internacionalização, que será realizado em Washington. As Universidades Federais do Pará e de Goiás completam o trio.

O objetivo do projeto, que abrange um ano e meio de formação e tutoria, é ajudar as instituições participantes a desenvolverem planos abrangentes e estratégicos de internacionalização, definindo áreas prioritárias, objetivos, metas e ações. Além dos encontros em Washington, estão previstas reuniões em Brasília e visitas da comitiva americana à UEM.

A assessora de cooperação internacional, Sandra Schiavi (foto acima), e o diretor de pesquisa da UEM, Luiz Fernando Cótica (foto abaixo), representam a Universidade nesta iniciativa, que teve início no começo deste mês.






Sandra Schiavi comenta que a UEM já tem um processo de internacionalização estruturado e que a busca atual é agregar ações isoladas em um projeto mais abrangente e institucionalizado, capaz de elevar o patamar da Universidade nesta área, possibilitando, inclusive, que ela se torne referência em modelo de internacionalização no Paraná. “Neste sentido o curso a participação no ACE será um importante impulsionador”, opina a assessora.

Para Schiavi é necessário ir além dos acordos de cooperação e programas de mobilidade com instituições estrangeiras. O processo de internalização deve permear, ainda segundo a assessora, o ensino, a pesquisa, a extensão e os currículos de docentes, discentes e agentes universitários, a comunicação e tantas outras áreas.  São qualificações que precisam ser feitas até como contrapartida na participação no programa americano.

A seleção da UEM ao American Council on Education tem uma relação direta com o resultado alcançado no último edital do Programa Institucional de Internacionalização (PrInt). É o que pensa Sandra Schiavi.

Criado pela Capes, o PrInt visa a fomentar o desenvolvimento de planos estratégicos de internacionalização como meio de melhorar a qualidade dos cursos de pós-graduação nacionais e de conferir maior visibilidade internacional à pesquisa científica realizada no Brasil. A assessora de cooperação internacional lembra que apesar de não ter seu projeto contemplado no programa, a UEM chegou “quase lá” o que contribuiu para carimbar seu passaporte rumo a formação oferecida pelo ACE

Instituições participantes
Além das três universidades brasileiras também participam do programa as seguintes instituições: Bethany College (WV), California State University, San Bernardino, Loyola Marymount University (CA), Mercer University (GA), Purdue University Northwest, Rhodes College (TN), Sinclair College (OH), Southern Illinois University, SUNY - The College of Brockport, University of California San Diego, University of Delaware, University of Missouri, Kansas City, University of Nebraska-Lincoln, University of North Georgia e York College of Pennsylvania.

sábado, 22 de junho de 2019

Hospitais Universitários do Paraná



Hospitais universitários atendem quase 400 mil paranaenses ao ano, além de ensinar e produzir ciência

Ligados às universidades estaduais, eles são as principais portas de entrada pelo Sistema Único de Saúde




Criados como hospitais ensino, para a formação dos acadêmicos das áreas de saúde, os quatro hospitais universitários das instituições estaduais de ensino superior do Paraná desempenham papel de destaque, prestando serviços gratuitos e de qualidade à população. Cerca de 392 mil pessoas são atendidas, anualmente, nestas quatro unidades que, seguramente, são a principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) na comunidade onde estão inseridos.

Com 123 leitos e atendimento exclusivo pelo SUS, o HU da Universidade Estadual de Maringá (UEM), por exemplo, recebe a população da macrorregião Noroeste do Paraná, com 115 municípios, onde residem 2 milhões de habitantes.  Em 2018, passaram pelo hospital mais de 60 mil pessoas em áreas como pediatria, cirurgia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia. Quando ele foi criado, em 1988, Maringá e região não dispunham de um hospital público para atendimento, o que evidencia, inclusive, sua importância histórica.

A superintendente do hospital, Elisabete Koyabashi, chama a atenção para o fato de que os Hospitais Universitários viveram diferentes formas de inserção no sistema de saúde no Brasil e ganharam maior relevância assistencial a partir da década de 1980, quando os setores filantrópico e privado tiveram uma retração na prestação de serviços ao sistema público de saúde. “Os HUs foram então reconhecidos como estratégicos tanto na formação de profissionais de saúde para a rede quanto nos atendimentos de alta complexidade”, afirma a médica.

Na região dos Campos Gerais, o HU da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) também faz a diferença, a começar pelo volume de internamentos que, nos últimos cinco anos, aumentou 440%. Em números, significa dizer que a unidade, com nove anos de existência, passou de 2,5 mil para 11 mil internamentos neste período, enquanto que o volume de consultas médicas no ambulatório saltou de 31 mil para 72 mil anuais.

"O HU mudou todo o cenário da saúde dos Campos Gerais. Pacientes que antigamente teriam que ser atendidos em Curitiba ou na região metropolitana, recebem, hoje, tratamento em Ponta Grossa", comemora a diretora geral do hospital, Tatiana Menezes Cordeiro.

Destacando que o HU também é referência em atendimento de traumas, Tatiana Cordeiro explica os acidentes de trânsito respondem por grande parte do número de procedimentos. "Ponta Grossa é o maior entroncamento rodo-ferroviário do Brasil e, em função disso, o volume de acidentes automobilísticos é imenso. Boa parte dessas vítimas é atendida no serviço de ortopedia e traumatologia do nosso hospital", diz a diretora.


Referência nacional

Em Londrina, o hospital universitário da UEL é o mais antigo em atividade entre os quatro, completando 48 anos de fundação este ano. É também a maior unidade de saúde do interior do Paraná, atuando 100% com o SUS, com oferta de 300 leitos para internações. A unidade abriga o Centro de Tratamento de Queimados, considerado como referência nacional.

O HU da UEL também é referência em outras áreas como, por exemplo, a de Transplante de Medula Óssea, Unidade de Isolamento para Pacientes Portadores de Moléstias Infectocontagiosas e Maternidade para Gestantes de Alto Risco.

Pelo hospital passam pacientes de cerca de 250 municípios paranaenses e de mais de 100 cidades de outros estados. Dados de 2018 revelam a realização de mais de 10 mil cirurgias e de quase 13 mil internações. Somente no Pronto-Socorro foram 25.642 consultas.


Parâmetro em Alta Complexidade

Os números na área de saúde pública do Estado não seriam os mesmos sem a presença do hospital da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) que responde, anualmente, por cerca de 70 mil atendimentos.

Inaugurado em maio de 1989, na época com a oferta de 85 leitos, atualmente o HU conta com 243 leitos. É referência em alta complexidade para 119 municípios e o maior prestador de serviço do Sistema Único de Saúde das regiões Oeste e Sudoeste, abrangendo cinco regionais de saúde e uma população de cerca de dois milhões de habitantes.

Parâmetro em alta complexidade nas áreas de trauma-ortopedia, cirurgia vascular e procedimentos em cardiologia intervencionista, cirurgia vascular, cirurgia cardiovascular e neurologia/neurocirurgia, o hospital ocupa um espaço de quase 38 mil metros quadrados, com uma área construída de mais ou menos 27 mil metros quadrados.

Neste espaço funciona uma estrutura que engloba Ambulatórios de Especialidades, Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidades de Tratamento Intensivo e de Cuidados Intermediários, Pronto-Socorro, Diagnóstico por Imagem, Banco de Leite Humano, Centro de Atenção e Pesquisa em Anomalias Craniofaciais e Serviço de Verificação de Óbitos Regional.

Um novo hospital pode integrar esta rede. A partir da implantação, este ano, do curso de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) criou-se um movimento em Guarapuava, com apoio de vereadores locais, para que a universidade seja gestora do Hospital Bernardo Ribas Carli, com 600 funcionários e 120 leitos.


Zero Infecções

O HU da UEPG mantém, na UTI Adulto, o projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, com resultados relevantes na redução das infecções associadas à assistência em saúde. 

As duas Unidades de Terapia Intensiva do hospital têm mantido, nos últimos seis meses, a taxa zero em infecções de trato urinário. Quanto à pneumonia associada à ventilação mecânica, outra complicação relativamente comum nas UTIs, ambas as unidades atingiram a taxa zero, em janeiro de 2019. 

A infecção na corrente sanguínea associada ao uso de cateter vem registrando decréscimos constantes e, em janeiro, foi zerada em uma das unidades do HU.

Na Maternidade, são oito partos por dia e o setor, na concepção da diretora do hospital, revolucionou o atendimento obstétrico em Ponta Grossa e região. O índice de parto natural é digno de países desenvolvidos e a humanização do atendimento obstétrico é referência na região: mais de 70% dos partos realizados no HU da UEPG são partos normais, respeitando tanto os desejos da gestante quanto as indicações médicas para cada caso.



Ampliação da capacidade


 
Com duas obras importantes em andamento HU da UEM 
pode dobrar capacidade de atendimento 


O HU da UEM também registra uma atuação importante na área de parto humanizado. Além disso, é referência em atendimentos no Ambulatório de Tratamento de Feridas e Serviço de Informação de Medicamentos, e nos serviços de alta complexidade como transplante de córnea, cirurgia bariátrica e implante coclear.

O hospital praticamente irá dobrar sua capacidade atual quando entrar em funcionamento o prédio da Clínica para Adultos, uma nova ala com mais de oito mil metros quadrados e capacidade para 108 novos leitos hospitalares. A obra, que teve início em 2016, demandou um custo aproximado de R$ 17 milhões em investimentos provenientes do governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde e do Fundo Estadual de Saúde.

O reitor da UEM, Julio Cesar Damasceno, destaca que o processo de expansão do hospital deve continuar com a conclusão de outra obra importante que é o novo centro cirúrgico, cujo projeto engloba onze salas cirúrgicas, central de esterilização, área para atendimento pós-cirúrgico e salas de aula. “Estamos em negociação com a Secretaria de Estado da Saúde para a liberação de recursos para a finalização do centro”, diz o gestor, destacando que serão necessários R$ 7 milhões para finalizar a construção.

Outro hospital que também está aumentando a capacidade de atendimento é o de Ponta Grossa. Atualmente com 168 leitos, a unidade irá acrescentar 20 novos leitos assim que construção da nova ala da Maternidade, em andamento, estiver concluída. 

Também em fase de conclusão das obras, o Centro de Hematologia, o primeiro na região de Ponta Grossa a atender pelo SUS, terá dez leitos para internamento, sete cadeiras para infusão de quimioterapia, consultório de hematologista, farmácia para manipulação de quimioterápicos e laboratório especializado em diagnóstico e pesquisa hematológica, além de adequações na agência transfusional para aférese.

A Unioeste está construindo uma nova ala, dedicada exclusivamente ao tratamento de queimados. A obra está praticamente finalizada, faltam alguns retoques finais e a cabine de gerador. A previsão é finalizar no final desse mês.


Formação profissional
  
Os hospitais de ensino são responsáveis pela formação direta de mais de 92.000 profissionais por ano no país


Os hospitais de ensino no Brasil são responsáveis pela formação direta de mais de 92.000 profissionais por ano, sendo impactante para a sustentação de vários serviços. Estes profissionais formados dentro dos HUs são aproveitados nas redes pública e privada, trazendo maior competência e qualidade de atendimento. 

Além da formação profissional nas Residências Médica, de Enfermagem, de Fisioterapia e Multiprofissionais, os quatro HUs ligados às universidades estaduais também servem de campo de estágio para os alunos de graduação em Medicina, Fisioterapia, Enfermagem, Nutrição, Fonoaudiologia, entre outros.

"Ponta Grossa é um polo educacional e nós somos campo de estágio prático para todos os cursos da área da saúde da UEPG. Também ofertamos vagas às demais instituições da região, em nível superior e técnico", assinala a diretora Tatiana Cordeiro, destacando, que muitos dos especialistas formados pelas residências continuam a atuar no próprio HU.

Vale lembrar ainda que os hospitais universitários têm outra característica de suma importância à sociedade, que é a produção científica, resultado das inúmeras pesquisas em nível de pós-graduação, traduzidas em dissertações de mestrado e teses de doutorado ou de artigos apresentados em congressos.


Eficiência de gestão
 
 
Gestão de qualidade otimiza recursos e favorece diminuição de custos


Em Maringá, o HU está implementando a gestão de qualidade e a Metodologia Lean, com foco na agilização e efetividade nos atendimentos e processos. A proposta é otimizar os recursos recebidos e favorecer a diminuição de custos. Apesar de ainda ser precoce mensurar os resultados das medidas, especialmente na redução de custos já é possível, segundo a superintendente do hospital, sentir alguns impactos. Elisabete Kobayashi explica que a redução do tempo de permanência do paciente no Pronto-Atendimento e a diminuição do tempo de espera de atendimento e exames são bons indicadores, assim como a agilização de leitos para a internação. São conquistas que o hospital vem acumulando após a implementação do método.


Complexo de Saúde


Os atendimentos realizados pelos HUs vão muito além dos leitos hospitalares. Muitos integram um complexo de saúde que dá suporte e amplia a prestação de serviços.

O HU da UEL, por exemplo, conta, além do Centro de Tratamento de Queimados, já citado, com o Hemocentro Regional, o Banco de Leite Humano, a Unidade de Transplante de Medula Óssea, o Banco de Olhos, a Unidade de Quimioterapia, o e a Central de Controle de Intoxicações.

Em Maringá também funciona o Centro de Controle de Intoxicações que dá suporte para o tratamento de quem foi picado por animais peçonhentos ou ingeriu ou inalou veneno, entre eles agrotóxicos usados nas lavouras, com registro de cerca de três mil atendimentos por ano.

Os atendimentos feitos pela Clínica Odontológica, pela Unidade de Psicologia Aplicada, pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas e a Farmácia Ensino também fazem a diferença para a população assistida. 

Destaque ainda para o Hemocentro Regional de Maringá, que faz coleta de sangue em 30 municípios, produz e distribui hemocomponentes, como hemácias, plasma e plaquetas, a mais de 30 hospitais.


Banco de Leite Humano


 
O Banco de Leite Humano de Maringá capta, processa e distribui, 
mensalmente, cerca de 300 litros de leite


Inúmeros bebês que, por diferentes razões, não podem receber o leite da própria mãe e dele necessitam como fator vital, são beneficiados pelos Bancos de Leite Humano, outro serviço que os HUs prestam.

O de Maringá, por exemplo, capta, processa e distribui, mensalmente, cerca de 300 litros de leite materno para unidades de terapia intensiva de cinco hospitais locais.

Em 2018, o Banco de Leite Humano do HU da Unioeste coletou 3.377 litros, atendendo 215 crianças de zero a dois anos. Também foram registrados 1.822 doadoras de leite humano e distribuiu 2.849 litros de leite.

 

 

 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Integração Ensino-Serviços



Paulo Pupim



Ideia é desenvolver ações que fortaleçam a saúde pública na região via SUS



Coordenadores dos cursos de Enfermagem e Medicina, da Universidade Estadual de Maringá, se reuniram, hoje (6), no Gabinete da Reitoria, com representantes da 15ª Regional de Saúde, e o reitor e o vice-reitor da UEM, Julio Damasceno e Ricardo Dias Silva, respectivamente.

Participaram do encontro, além de Damasceno e Silva, o diretor da 15ª RS, Ederlei Alkamim; servidores técnicos de departamentos da Regional; e os coordenadores dos cursos de Enfermagem, Grace Jacqueline Aquiles, e de Medicina, Roberto Esteves, ambos professores.

Os participantes discutiram a questão da integração e parcerias da UEM com a Regional de saúde para desenvolver ações voltadas ao desenvolvimento regional da saúde pública e do ensino de graduação em saúde.

Outra pauta foi a elaboração de propostas visando o fortalecimento da Educação Permanente em Saúde na região. Alguns assuntos de relevância para a saúde pública da região, como a atual crise que envolve o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), da UEM, e o Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), também estiveram na pauta.

A reunião ainda serviu para a discussão de propostas de avanços na integração da UEM com a 15ª RS e outros setores estratégicos do município e região, que resultem em ações de melhoria e consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) na região.

Com sede em Maringá, a 15ª Regional de Saúde, ligada à Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), engloba 30 municípios, incluindo o de Maringá.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Hospital Universitário




Planejamento é a palavra de ordem da nova gestão


Ana Paula Machado Velho



 
A ortopedista e docente do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Elisabete Mitiko Kobayashi, tomou posse, nesta segunda-feira (18), pela manhã, e já arregaçou as mangas para dar início oficial à administração de sua equipe, eleita para a Gestão 2019-2022, no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).

Segundo a doutora Elisabete (foco acima), a saúde pública no Brasil vem enfrentando graves problemas há anos e isso tem afetado os Hospitais Universitários, como o HUM, dificultando o acesso a essas instituições e agravando o atendimento à população. Ela lembra que, com a crise que o Brasil enfrenta, muitos usuários deixaram os planos de saúde privados e passaram a usar o Sistema Único de Saúde (SUS). O impacto desta realidade vem sendo sentido no atendimento da urgência e emergência.  

“O sistema público de saúde ainda sofre por não ter uma estrutura adequada para o atendimento global do paciente. Prova disso é a fila de espera por consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas em todo o país. Esta longa fila culmina na piora do quadro do paciente e desagua nos prontos atendimentos, seja nas UPAs ou nos hospitais públicos, que já não conseguem atender a tão alta demanda e vivem na mídia por incapacidade operacional. A prevenção, que ainda é o melhor caminho para a saúde, está deficiente. Essas ações não têm sido feitas nos ambulatórios. Se isso não funciona, há um impacto enorme nos serviços de urgência e emergência. Juntando essa realidade com a falta de políticas fortes no setor de prevenção à violência no trânsito e à violência interpessoal, o cenário se agrava e vemos faltar leitos de urgência e emergência e nas UTI”, descreve a ortopedista do HUM.


Três décadas - A nova gestora lembra, ainda, nos seus 30 anos de existência, o HUM de Maringá pouco cresceu em relação aos outros hospitais universitários, tornando–se o menor do estado do Paraná. Porém, o Hospital Universitário de Maringá é uma importante porta de entrada na região, sendo referência para os serviços de emergência do SIATE e do SAMU. Além disso, aparece nos mapas de atendimento como porta aberta para a demanda espontânea e através da regulação de pacientes pela Central de Vagas do Estado. Mensalmente, o HUM atende em torno de 6 a 7 mil pacientes no Pronto atendimento, em uma estrutura ainda acanhada.

“Não conseguimos avançar em melhorias de atendimento e estrutura física do nosso HUM. Precisamos urgentemente acabar de construir o Hospital, dando andamento, principalmente, às obras já iniciadas e, por ora, paradas por falta de recursos. O SUS é universal e o doente recebe atendimento gratuito, porém, o leito do SUS não é gratuito. O custeio de todos os leitos previsto no orçamento, muitas vezes, não corresponde às despesas reais. Fazer a boa medicina implica em custos operacionais, por vezes, maiores do que o SUS subsidia. O custo do doente-dia deve ser preocupação dominante da administração sem prejuízo do suprimento indispensável ao bom atendimento ao paciente, da boa alimentação e dos necessários cuidados médicos. Os recursos próprios do HUM, ultimamente, têm sido consumidos por uma folha de pagamento que aumenta, a cada ano, por falta de abertura de concursos públicos, o que impede novos investimentos ou reposição de equipamentos e manutenção de nossa estrutura. A falta de reposição de funcionários, seja por aposentadoria, morte ou demissões, tem se intensificado ano a ano. Estamos evoluindo rapidamente para um sucateamento do hospital, deixando de fazer diagnósticos por falta de bons equipamentos e diminuindo a qualidade de atendimento final. Necessitamos urgente de um olhar do estado para esta situação, porém, não nos eximimos de fazer o nosso dever de casa, em tornar o atendimento mais efetivo e eficaz”, alerta a doutora Elisabete.


Reconhecimento - Enfim, a superintendente do HUM destaca que é preciso resgatar a credibilidade do Hospital Universitário de Maringá junto à comunidade interna e externa. A médica prometeu trabalhar para conquistar o verdadeiro crescimento do Hospital, que vai além da assistência, deve atingir as áreas de ensino e pesquisa. Kobayashi disse vai organizar o serviço internamente, abrindo frentes de negociação e diálogo com os gestores públicos.

“O curso de medicina da UEM é um dos melhores do Brasil, temos também alunos da graduação da enfermagem, análises clínicas, psicologia, as residência médicas e multiprofissional, acabamos de abrir a pós-graduação em Urgência e Emergência, temos projetos de pesquisa de relevância clínica em andamento dentro do HUM, um Hemocentro de primeira qualidade.  Este é o HUM que a população não vê e nem a mídia mostra.  Somos formadores de profissionais para a rede de atendimento do SUS e setor privado. Nestes 30 anos de existência do curso de medicina, colocamos excelentes profissionais no mercado de trabalho de Maringá e região. A qualidade da medicina, hoje praticada em Maringá, os avanços e inovações no atendimento aconteceram com o impacto do retorno destes egressos da UEM. Isso precisa ser reconhecido”, lembrou a superintendente.






Compromisso - Segundo a nova gestora, o HUM se dispõe a aumentar a oferta de serviços, mas precisa acabar a sua construção e montar uma nova estrutura de ambulatório, para ofertar mais consultas eletivas e melhorar o local de ensino. Será possível aumentar o número de atendimentos no momento em que o HUM terminar o seu plano diretor e recompor o quadro de funcionários, através de concursos pelo Estado.

“O resultado das urnas nas eleições do HUM mostrou que os funcionários, docentes e alunos confiam na capacidade da nossa equipe (foto acima) e nossas propostas. Mostrou a confiança em um grupo técnico, com experiência e conhecimento em gestão administrativa, gestão de pessoas e gestão de processos. O nosso compromisso com todos é de uma gestão séria e competente, com transparência nas ações e mais próxima dos que aqui trabalham. Fizemos um compromisso de estarmos presentes e arregaçarmos as mangas todos juntos para reagirmos e colocarmos o HUM nos trilhos novamente. A ideia é profissionalizar o Hospital, nos próximos anos, para que a gente consiga ter uma gestão otimizada e de qualidade. Este é o compromisso desta equipe que agora assume a direção do HUM. A direção do Hospital se compromete a fazer uma boa gestão e esperamos que haja a resposta dos nossos governantes”, concluiu Elisabete Kobayashi.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Educação interprofissional




Professor da Medicina defende doutorado sobre Disciplina interprofissional da UEM








No último dia 15/02/2019, o Professor Edson Roberto Arpini Miguel do Departamento de Medicina da UEM defendeu a sua tese de doutorado “Implantação e análise de disciplina interprofissional em cursos da área da saúde”, sob orientação da Profª Angélica Maria Bicudo, como requisito  do Programa de Pós-graduação em Clínica Médica – área de concentração em Ensino na Saúde da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).




 blob:https://web.whatsapp.com/f3ced4b9-6f3c-4a7e-957e-9b37495235a6

Este trabalho avaliou a implantação da disciplina de Atenção em Saúde, estando o Prof. Edson envolvido desde a sua idealização. Este componente curricular é obrigatório e comum a 7 Cursos da saúde da UEM (Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Odontologia e Psicologia) e representa um potente articulador da integração ensino-serviço- comunidade e indutor de mudanças pedagógicas nos Cursos.

Nossos parabéns ao Professor Doutor Edson pela conquista e a todos os envolvidos, docentes, preceptores e discentes da Atenção em  Saúde pelo belo trabalho!



RESUMO



As mudanças no perfil etário da população e os diagnósticos de doenças crônicas cumulativas, exigem atendimentos, estabelecendo-se demandas em relação ao ensino nas profissões da saúde buscando a integralidade do cuidado. A reorientação da formação profissional por meio de políticas públicas ofereceu a oportunidade paraa criação de componentes curriculares, para formar estudantes que exercitem práticas interprofissionais. Este trabalho faz uma análise do contexto e implicações sobre a implantação de uma disciplina interprofissional nos cursos da saúde em uma universidade pública. Após a análise descritiva da implantação da disciplina de Atenção em Saúde e suas implicações acadêmicas, foi realizado um estudo com perfil exploratório de abordagem qualitativa utilizando-se grupos focais constituídos por tutores, preceptores e estudantes. Definidas as categorias e seus descritores foi utilizado o modelo 3P para a análise de conteúdo e dos resultados. Vale destacar a resignificação do papel docente, a percepção dos estudantes frente aos desafios do ensino interprofessional e a aproximação com o serviço de saúde. Correlacionamos na discussão geral deste texto linhas de discussão junto à assistência à pessoa, à sociologia e à pedagogia. A inovação proposta pela disciplina interprofissional de Atenção em Saúde seguiu o ideário de uma agenda internacional. Os relatos de tutores, preceptores e estudantes foram um estimulo decisivo para prosseguir avançando nas demais séries dos cursos, em atividades colaborativas e práticas interprofissionais.
Palavras-chave: Ensino interprofissional, Currículo, Metodologias ativas.